Flávio Dino diz que troca de cargos por apoio é “necessidade histórica”

dinoO governador Flávio Dino (PCdoB) sustentou ontem (6), em entrevista ao portal de notícias Uol, pelo menos dois argumentos polêmicos em relação ao atual momento de crise por que passa o país, política e economicamente.

Inicialmente, o comunista disse concordar com a manutenção do loteamento do governo pela presidente Dilma Rousseff (PT) a novos aliados após a saída do PMDB.

Segundo ele, essa é “uma necessidade sociológica e histórica do país”.

Veja abaixo.

Uol – As primeiras notícias após o desembarque dão conta de que poderia haver uma distribuição dos maiores cargos para PP e PR. Esta saída é válida para barrar o impeachment ou isso pode derreter ainda mais o apoio popular do PT?

Flávio Dino – Creio que está claro hoje para a esquerda política brasileira que é preciso fazer um duplo movimento que se complementa. Ou seja: de um lado você tem de acelerar um projeto de mudanças sociais, de programas sociais, como a recente inauguração da fase três do Minha Casa, Minha Vida, que sinaliza para a continuidade de um programa de distribuição de renda. De outro lado, um segundo movimento, que complementa este, é buscar segurança institucional que tenha programa com essas características.

Neste sentido, não vejo incomodo na esquerda política de um modo geral em relação à política de alianças que confira estabilidade ao governo da presidente Dilma. Acho uma medida acertada neste momento, sobretudo considerando a gravidade da crise econômica e também o peso dos ataques feitos ao governo, que exigem naturalmente que ele esteja resguardado. Quanto mais aliados se somarem a essa tese, acho positivo.

O jornalista Fernando Notari, que conduzia a entrevista, aparentemente se assusta com a resposta do governador do Maranhão, e insiste no tema.

“Mas estamos falando do PP, um dos partidos que tem mais nomes envolvidos na Lava Jato. Dar mais protagonismo ao PP no governo não pode incomodar a base social do PT, justamente no sentido de inviabilizar uma reeleição em 2018?”, questiona.

E Flávio Dino emenda mais uma pérola da sua já folclórica e intransigente defesa da presidente.

“Na verdade, não é possível colocar a participação na Lava Jato como critério para nada, porque infelizmente você tem denúncias, acusações contra políticos de todos os partidos, inclusive os da oposição. Não é um referencial válido. A separação do joio do trigo é necessária, mas não tendo em conta o critério de ter pessoas deste ou daquele partido envolvidas. A questão central é seguir apoiando as investigações, apoiar o trabalho, desde que constitucional e legal, que seja feito pelo Ministério Público, pela polícia e pela Justiça. E que quem cometeu erros e crimes que os paguem”, disse.

10 pensou em “Flávio Dino diz que troca de cargos por apoio é “necessidade histórica”

  1. Afundar o país é uma necessidade histórica? para o governador sim, o problema é quem estar no poder que se manter a qualquer custo em vez de de ter o bom senso de renunciar e deixar o Brasil respirar, o governador mais uma vez perdeu a chance de ficar calado, porque quem fala muito se perde.

  2. KKKKKK….Esse é um louco, ele esta tão aflito que ja não fala coisa com coisa.
    E ainda vai ficar mais biruta ainda com a notícia de que o Gilmar mendes agora é o presidente do TSF

  3. A esquerda nacional tem se notabilizado ao longo do tempo pelo canalhismo do discurso que prega a justificação dos meios pelo alcance dos fins. Não é à toa que os petistas endeusam Dilma (que já foi guerrilheira e sequestradora), assim como Stédile e outros companheiros-bandidos que pregam que em nome do que eles consideram socialmente justo, qualquer barbárie está justificada. Dino reproduz o mesmo discurso em busca de apoio. Lamentável!

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