O presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA) anulou hoje (9) o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ele acatou um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) que na semana passada já suscitava a nulidade alegando que o próprio STF admitira que Cunha “usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse público”.

“A decisão do STF é uma prova muito importante no sentido de que ele usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse público, como aconteceu no caso do impeachment”, disse Cardozo, após o afastamento de Cunha.

Ele ainda acusou o peemedebista de haver pressionado a presidente a conseguir votos contra seu processo no Conselho de Ética.

“Cunha ameaçou a presidente da República de que abriria o processo do impeachment se o PT não desse os votos para salvá-lo no Conselho de Ética. O que o Supremo decide hoje é exatamente a demonstração do seu modus operandi”, afirmou.

Cunha foi afastado sob a acusação de usar o cargo para “constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações” da Operação Lava Jato, da qual ele é alvo.