Em nota encaminhada ao Blog do Gilberto Léda na tarde desta quarta-feira (11), a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) informou que já cobrou do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), a devolução de dinheiro pago a ele – que é professor do quadro efetivo da instituição – irregularmente (saiba mais).
Segundo a universidade, foram identificados pagamentos entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2016 – enquanto ele exercia mandato parlamentar.
Após isso, segue o comunicado, o próprio parlamentar solicitou informações sobre o montante a ser devolvido. Mas ainda não ressarciu o erário.
Veja abaixo a íntegra da nota.
A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) vem a público, em respeito à sociedade e, particularmente, à comunidade universitária, esclarecer que:
1) O deputado federal Waldir Maranhão Cardoso é professor do quadro efetivo desta Universidade, pertencente à classe de professor adjunto e lotado no Departamento de Patologia do Centro de Ciências Agrárias;
2) O referido professor encontra-se em exercício de mandato parlamentar desde fevereiro de 2007, quando iniciou seu primeiro mandato como deputado federal, estando, portanto, afastado desde então de suas atividades docentes com fulcro no art. 168, inciso I, da Lei n. 6.107/94;
3) Esta Universidade, agindo de oficio, com base nas normas legais vigentes e por meio de procedimentos administrativos de praxe, identificou pagamentos de salário em nome do professor Waldir Maranhão, no período de fevereiro de 2014 a janeiro de 2016;
4) Adotou, por conseguinte, providências de bloqueio do referido pagamento junto à Secretaria de Estado de Gestão e Previdência, bem como de comunicação ao professor acerca da obrigação de devolver ao erário estadual os valores recebidos no período acima assinalado;
5) Em março de 2016, a partir das providências adotadas por esta Universidade, o professor Waldir Maranhão requereu o cálculo atualizado do valor a ser ressarcido, bem como a forma de proceder a referida devolução, informações que lhe foram disponibilizadas;
6) A UEMA aguarda a efetiva reparação ao tesouro estadual, providência que, quando adimplida, restabelecerá a regularidade na forma de afastamento a que tem direito o professor.
7) Esta Universidade reitera seu compromisso com a lisura e a responsabilidade na gestão da coisa pública, tendo agido prontamente nesse caso, como de regra, no sentido de zelar pelo fiel cumprimento dos preceitos legais e normativos.
São Luís, 11 de maio de 2016.
Demorou, né!
Correta e decente a conduta da UEMA, fez o que devia ser feito. Agora é cobrar a devolução.
Joaquim Barbosa RECEBEU todos os salários enquanto “lecionava” na URFJ mesmo sendo ministro do STF e SEM DAR AULAS.
Edson Vidigal da aulas?
Flávio Dino dá aulas? Recebe os salários?
Hoje, somente nas universidades federais existem pelo menos 2000 professores que estão na mesma situação, a USP é responsável por 30% dessas sinecuras.
O resto é babaquice.
E a cunhada de Pavão não vai devolver o dinheiro? e a Mirante não vai mandar a reportagem para Globo ou o pau que dar em Chico não dar em Francisco?
Não existe só o filho do Dep. Waldir Maranhão, “fantasma” no TCU do MA, por ex. o auditor de estranho nome Blecaute também é professor na UEMA e assim como o Deputado e seu filho, se encontra em São Paulo há mais de 02 anos a pretexto, também de uma especialização, porém, recebendo seus proventos integralmente pelo TCU e UEMA.
mas nesse caso ele não estaria fazendo uma especialização na área em que trabalha? problema é que quando surge uma denúncia querem colocar todos na vala comum. tenho certeza que no TCE há muitas pessoas honestas e honradas trabalhando. já fui várias vezes por lá e esse Blecaute foi um dos que já vi trabalhando. entre os entendidos do assunto, aliás, ele é tido como sumidade em análise de contas
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