A Polícia Civil do Maranhão prendeu hoje (19) a ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Barros. Ela é alvo da segunda fase da Operação Imperador, desencadeada na madrugada desta quinta-feira. A prisão é preventiva.

Esta é a segunda vez que ela é presa em pouco mais de um ano. Em março do ano passado ela foi para a cadeia em virtude do desencadeamento da Operação Imperador (reveja).

Uma pessoa teria também sido presa em Imperatriz.

A ação investiga esquema de agiotagem e fraudes em licitações na cidade de Dom Pedro. O filho da ex-prefeita, Eduardo Costa, o “Imperador” também tem mandado de prisão em aberto, mas ainda não foi localizado.

Segundo a polícia, mais de R$ 5 milhões foram desviados pela gestão Arlene Costa, entre 2009 e 2012. Só para a conta pessoal de “Eduardo DP”, ainda de acordo com as investigações, foram desviados mais de R$ 3,6 milhões.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Carlos Eduardo Coelho de Sousa, da Comarca de Dom Pedro, após denúncia oferecida pelo promotor Marcos Valentim Pinheiro Paixão, do Patrimônio Público e Probidade Administrativa.

Além de Arlene Costa, foram presos um sobrinho dela, identificado como Rodrigo Barros Amâncio, e a empresária Débora de Oliveira.

Em Dom Pedro, a ex-prefeita faz ferrenha oposição ao atual prefeito, Hernando Macedo, que é do PCdoB e filho do empresário Dedé Macedo (PDT), um dos financiadores da campanha do governador Flávio Dino (PCdoB).

A operação de hoje, por sinal, ocorre depois de o comunista haver garantido, no fim de semana, “agir duramente” no combate ao financiamento de campanhas por agiotas nas eleições deste ano.

“Nós, Governo do Estado, vamos agir duramente e quero contar com Ministério Público e Justiça. E não vai ter financiamento de agiota. Isso não pode contaminar a política. Isso estava acontecendo no Maranhão e não vai acontecer se depender de nós”, disse.