Os deputados estaduais Edilázio Júnior (PV) e Andrea Murad (PMDB) reagiram hoje (6) à declaração do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre o não pagamento de emendas.
Em recente entrevista ao jornalista Jorge Vieira, o comunista mandou um duro recado aos parlamentares, que têm obstruído votações para tentar forçar o governo a garantir os recursos indicados a suas bases.
“Eu não posso quebrar o Estado para atender um segmento, qualquer que seja ele. Isso vale desde as emendas parlamentares, como vale para as reivindicações salariais dos servidores públicos”, declarou Dino (reveja).
Para Edilázio – que citou algumas das suas emendas já apresentadas – “o governador Flávio Dino é descompromissado com a classe política”.
“Eu indiquei 600 mil reais para o Município do Paço do Lumiar, onde fui por duas vezes o deputado estadual mais votado, para as ruas do Maiobão. E o Prefeito de lá é aliado dele, é do PSDB. Se ele tiver curiosidade de ir lá e fazer campanha para Domingos Dutra em Paço do Lumiar, que ele não vá de helicóptero, que ele vá pelo chão e passe lá pelo Maiobão. Se ele não cortar uns dois pneus de viatura lá, eu mudo meu nome. Mandei para o Município de Santo Amaro 270 mil reais em calçamento, e mandei calçamento também para o Município de Presidente Sarney. Em ambos os municípios eu fui o Deputado Estadual mais bem votado. Mandei para o Município de Ribamar Fiquene, onde o Prefeito é do PCdoB, é partido aliado dele”, exemplificou.
Em outro discurso, Andrea Murad lembrou os gastos do governo com viagens aéreas e a denúncia que formalizou no Ministério Público.
“Ele disse que não pode pagar emendas dos deputados, mas sabe gastar dinheiro com aviões, inclusive essa daqui foi a representação que fiz, a denúncia para que o Ministério Público apure os gastos dele para Brasília, ir lá brincar de apoiar Dilma e dar aquele vexame nacional. Ele não tem dinheiro para mandar para os municípios, mas tem dinheiro para gastar com farra em jatinho, e trata os deputados desta Casa com esse desrespeito. E aí é que eu digo e repito e vou repetir sempre: se tivéssemos feito desde o ano passado o que eu, deputado Edilázio, deputado César Pires tanto falamos sobre a Emenda Impositiva, não estaríamos nessa situação, ele podia até não pagar, mas não estaria essa situação tão humilhante”, disse.