Um grupo de trabalhadores rurais da comunidade São Benedito dos Colocados – área reconhecida como terra quilombola -, em Codó, acusou ontem (23) o ex-prefeito Ricardo Archer de estar usando um pistoleiro para ameaçar as famílias instaladas no local.
O homem seria um condenado pela Justiça e, portanto, deveria estar preso.
Em coletiva de imprensa realizada ontem na sede da Cáritas Brasileira, entidade vinculada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os quilombolas deram detalhes das ameaças.
“Como é que você vai perguntar onde mora uma pessoa segurando na arma? É ameaça, ou não é?”, questiona Waldivino Silva.
No total, são 74 as famílias ameaçadas de morte. Eles vivem e trabalham em uma área de 544 hectares de terra que Archer reivindica para si.
Para os trabalhadores, o Instituto de Terras do Maranhão (Iterma) já poderia ter resolvido a questão, mas é omisso.
Presente à coletiva, o secretário Gerson Pinheiro (Igualdade Racial) prometeu conseguir uma audiência dos camponeses com o secretário de Segurança, Jeferson Portela. A Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) também foi convidada para a reunião, mas não enviou qualquer representante.