Seis anos depois de ser exonerado do cargo de secretário-adjunto de Administração Penitenciária do Estado do Maranhão suspeito de participação na execução de um detento, Carlos James Moreira Silva volta a um posto de comando no Sistema Penitenciário estadual.
Ele foi nomeado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para assumir o cargo de diretor-geral da Unidade Prisional de Ressocialização de Presidente Dutra.
A prisão era antes uma delegacia regional, mas o Estado assumiu sua carceragem e a integrou ao sistema prisional.
A nomeação foi efetivada no dia 28 de dezembro.
Inocentado
Carlos James foi inocentado em 2010, após responder a inquéritos por suposto envolvimento na morte do ex-presidiário Marco Aurélio Paixão da Silva, o Matosão, ocorrido em julho daquele ano.
Matosão havia sido condenado por tráfico de drogas e, depois de três anos e quatro meses cumprindo pena em regime fechado, conseguiu liberdade condicional.
Ele foi morto apenas duas semanas depois de deixar a cadeia e denunciar a existência de um organização criminosa em Pedrinhas. A teia do crime, segundo ele, teria a participação de autoridades públicas, agentes penitenciários e até agentes da Polícia Federal.
Um dos citados pelo traficante havia sido Carlos James, segundo relato feito ao então presidente da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Luís Antônio Pedrosa, e a outros órgãos similares e de investigação.
Pedrosa, aliás, foi um dos que sustentou durante muito tempo a necessidade de se apurar não apenas essa, mas várias outras denúncias contra Carlos James – alguns dos processos simplesmente prescreveram por excesso de prazo.
Por conta do ativismo do advogado no caso, ele acabou sendo processado pelo ex-adjunto da Seap – agora diretor de unidade prisional (saiba mais).
Sou ex-agente penitenciário e agora advogado. Conheço o sr. Carlos James há mais de 12 anos e nunca vi ou soube de algo (de verdadeiro) que desabone sua conduta como servidor público e como cidadão de bem. Nada do que foi “inventado” a seu respeito foi provado. Foi investigado pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil e nada de errado encontraram. Tudo não passou de uma armação do advogado Pedrosa e de um delegado que saiu “corrido” do Sistema Penitenciário, mas agora eis aí a resposta! Parabéns Carlos James, você é um homem honrado!
O tempo trouxe a verdade a tona. Uns mostraram que tinham apenas ambições politicas e queriam se promover e os inquéritos contra Carlos James foram arquivados por insuficiência de provas.
Conclui-se que todas aquelas falácias contra o sr. Carlos James foram apenas armações políticas para tira-lo do cargo, nunca conseguiram provar nada contra ele, e o sr. Pedrosa se tornou candidato.