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O nome do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB) aparece em delações da Odebrecht que deram origem à “lista de Fachin”. Segundo delatores, o grupo político do peemedebista se beneficiou de contratos na execução da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás.
O nome de Sarney aparece três vezes em inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, sobre o deputado federal Milton Monti (PR-SP). As informações sobre Sarney, passadas pelos delatores da Odebrecht, foram encaminhadas à Justiça de Goiás.
Os advogados de José Sarney negam o pagamento de propina e dizem que o ex-presidente não é citado diretamente, mas apenas uma pessoa que seria ligada a ele. Por meio de nota, Monti informa que sempre agiu de acordo com a lei e que todas as doações das campanhas eleitorais foram feitas legalmente: “É bom que se apure porque assim a inocência dele será comprovada”.
O inquérito 4.456 investiga Milton Monti e o ex-parlamentar Valdemar da Costa Neto. De acordo com os delatores Pedro Augusto Carneiro Leão Neto e João Antôno Pacífico Ferreira, Monti e Costa Neto atuaram para garantir ao Grupo Odebrecht participação na construção na Ferrovia Norte-Sul, em Goiás. As obras foram conduzidas pela empresa pública Valec, que foi a responsável pelas licitações.