A ex-deputada estadual Gardeninha Castelo (PSDB) negou hoje (17), em entrevista ao Blog do Gilberto Léda, que tenha recebido R$ 200 mil da Odebrecht, por meio de caixa dois, para campanha do pai, João Castelo (PSDB), em 2008.

A acusação foi feita por Raymundo Santos, ex-funcionário da Odebrecht, em depoimento à força-tarefa da Lava Jato (saiba mais).

“Não sei quem é Raymundo Santos Filho, não conheço, nunca recebi R$ 200 mil como foi delatado e lamento profundamente que esse tipo de gente, de forma leviana e irresponsável use meu nome”, reagiu.

Segundo ela, a eleição de Castelo naquele ano foi “muito difícil” em termos financeiros. Gardeninha destacou, ainda, que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

“Em 2008 a campanha foi muito difícil, o primeiro turno foi dificílimo, com muito pouco recurso. E todo o recurso que entrou foi oficial. Não teve caixa dois de campanha. Foi uma campanha limpa e as contas de campanha foram aprovadas”, declarou.

O ex-deputada também defendeu a passagem do pai pelo comando da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), órgão que comanda o Porto do Itaqui. De acordo com o delator, foi nessa condição que João Castelo pediu dinheiro à Odebrecht para a campanha eleitoral, valor que teria sido entregue, ainda de acordo com o ex-funcionário da empreiteira, a sua filha.

“A passagem de João Castelo pelo Porto [do Itaqui], de janeiro de 2007, quando Jackson Lago era governador, até abril de 2008, quando ele deixou o cargo, foi uma passagem transparente e inclusive ele teve as contas de gestão do Porto do Itaqui aprovadas pelo TCU sem nenhum problema”, ponderou.