A juíza Patrícia Marques Barbosa, da 4ª Vara Criminal de São Luís, autorizou a abertura de inquérito por corrupção passiva contra o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, e contra a ex-assessora especial do Palácio dos Leões Simone Limeira, ambos do PCdoB.
A magistrada atendeu pedido da promotora Moema Viana Pereira, da 3ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade, depois de uma representação dos deputados Sousa Neto (Pros) e Andrea Murad (PMDB) ter sido encaminhada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao MP estadual (veja aqui).
A apuração está sob os cuidados da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor).
Limeira foi acusada pelo líder indígena Uirauchene Soares, de Grajaú, de haver cobrado propina para liberar pagamentos a uma empresa ligada a ele, que trabalha com transporte escolar indígena na região (reveja).
À época da denúncia, em julho de 2015, Soares comprovou dois depósitos de R$ 4 mil em uma conta da comunista. Ela disse que o primeiro depósito referia-se a um patrocínio para o carnaval de Grajaú (saiba mais) e que só tomou conhecimento do segundo depósito após o estouro do escândalo.
Jerry foi acusado, também por Uirauchene, de ter oferecido dinheiro pelo fim das manifestações de índios que acamparam em frente aos Palácio dos Leões e na Assembleia Legislativa em protesto contra os atrasos no pagamento do transporte escolar (relembre).
Ao Blog do Gilberto Léda ambos disseram já haver prestado esclarecimentos e negaram as acusações.
“Já prestei todos os esclarecimentos provando minha absoluta inocência diante das acusações feitas pelos deputados Sousa Neto e Andrea Murad”, destacou Simone Limeira.
Ela disse que também processou Uirauchene Soares. “Ajuizei ação penal por calúnia e difamação perante a Justiça Estadual contra o Sr. Uirauchene”, completou.
Márcio Jerry, por outro lado, considerou “absurdas” as acusações feitas pelos parlamentares, “baseadas em postagens de blogs”.
“O processo corre em segredo de Justiça. Já fui ouvido e demonstrei clara e cabalmente tratar-se de uma acusação absolutamente infundada, despropositada e absurda”, declarou.
(Com informações do Atual 7)
Se, por acaso, a magistrada tirar férias o processo muda de rumo. Isso é tradicional no TJ.
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