A Polícia Federal definiu como “ainda mais estarrecedor” o esquema de desvio de recursos públicos da Saúde do Maranhão após avançar com as investigações da Operação Pegadores.
A constatação está incluída em novo relatório anexado ao inquérito original da ação policial.
Os dados dizem respeito, basicamente, a análises preliminares de um “dossiê” – assim batizado pelos federais – encontrado na residência de Antônio Aragão, presidente do Idac (reveja).
“O dossiê ainda está sendo analisado, mas as primeiras informações apontam que o esquema é ainda mais estarrecedor do que já se encontra relatado”, destaca a autoridade policial.
Documentos
Segundo os documentos obtidos pela PF – e dos quais o Blog do Gilberto Léda revelou a existência ainda em novembro (reveja) -, há fortes indícios de que havia negociação de propina dentro da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“Todas as negociações são realizada na ante sala (sic) do gabinete, encaminhadas à jamilly (sic) que conduz a propina para repartição”, diz o relatório da PF.
As anotações contêm citações a uma “Pirâmide SES”, com nomes como “Dr Mariano”, “Lula/Karla”, “Jamilly/Lidia/janyr/Sormani” e “Egidio/Marina”. Não há detalhes sobre quem seriam especificamente estes citados, embora haja suposições dos próprios investigadores.
O dossiê reforça, ainda, a tese de que Mariano de Castro, ex-assessor da pasta, era quem comandava o esquema, recebendo recursos públicos não apenas como servidor da saúde estadual, mas também como fornecedor, por meio de laranjas.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) diz que “os fatos mencionados jamais aconteceram no âmbito da SES” e que “adotará providências administrativas e judiciais contra essa versão dos fatos”. Para o órgão do governo, a divulgação do caso atende a “interesses político-partidários”.
Quero ver os depoimentos de curado e cia ltda….