Júnior do Nenzim é preso em Barra do Corda

A polícia prendeu na manhã de hoje o ex-candidato a prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Souza Júnior, o Júnior do Nenzim (PV).

Ele é acusado da morte do pai, o ex-prefeito Nenzim. O crime ocorreu na quarta-feira (6) e tem relação, segundo a policia, com venda de gado (saiba mais).

A prisão estava decretada desde ontem (7) e a polícia se preparava para capturá-lo após uma missa de corpo presente – em homenagem ao líder político morto – mas o principal acusado pelo assassinato soube que detido e fugiu antes do fim da cerimônia.

Júnior foi levado a prestar depoimento na delegacia de Barra do Corda.

Nenzim estava indo conferir gados quando foi assassinado

O ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Souza, o Nenzim, estava indo conferir gados quando foi assassinado.

Segundo o delegado regional de Barra do Corda, Renilton Ferreira, uma venda de animais, feita pelo filho dele, Júnior do Nenzim (PV), foi o motivo do assassinato.

O negócio teria sido concretizado sem o conhecimento do patriarca, para o pagamento de dívidas de campanha.

Ao dirigir-se a uma fazenda para conferir as cabeças, Nenzim acabou sendo morto, segundo a polícia, a mando de Júnior.

Filho de Nenzim é o principal acusado da morte do pai

O ex-candidato a prefeito de Barra do Corda Júnior do Nenzim (PV) é o principal acusado de ter planejado a morte do próprio pai, o ex-prefeito Manoel Mariano de Souza, o Nenzim.

O crime ocorreu na manhã de ontem (6).

No início da noite de hoje (7) chegou-se a noticiar a prisão dele, o que acabou não se confirmando.

Foram presas duas pessoas, apontadas pela polícia como responsáveis diretos pelo assassinato e pela ocultação de provas.

Segundo o delegado regional de Barra do Corda,  Renilton Ferreira, a morte do ex-prefeito tem relação com a venda de gado da família por Júnior do Nenzim.

Justiça revoga prisão de Paulo Marinho

O desembargador Teófilo Caetano, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, revogou hoje (7) a prisão do ex-deputado Paulo Marinho.

O político estava em prisão domiciliar, depois de ter sido detido no dia 20 de outubro (reveja).

Ele responde a uma ação judicial na qual uma ex-companheira cobra dívida de pensão alimentícia de mais de R$ 1,2 milhão.

Ao decidir pelo relaxamento da prisão, o magistrado entendeu que o fato de Marinho já ter pago algumas parcelas do débito “denotam o intento do obrigado honrar a obrigação alimentícia”.

O desembargador também considerou que o fato de a dívida ser muito alta retira dela a “natureza de verba alimentar”.

No despacho, Caetano destaca que a revogação da prisão tem efeito até a realização de novos cálculos para que seja determinado o valor exato devido por Paulo Marinho.

Veja abaixo o trecho final da decisão.

STF decide: assembleias não podem derrubar prisão de deputados

Do Correio Braziliense

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (7/12) que parlamentares estaduais não têm as mesmas prerrogativas de deputados federais e senadores, que somente podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e com aprovação da Casa Legislativa a que pertencem. O resultado, no entanto, é provisório, uma vez que o julgamento não foi encerrado.

Apesar do resultado obtido na votação, o julgamento foi suspenso para aguardar os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski, ausentes na sessão de hoje. Para a finalização do julgamento seriam necessários seis votos contra a imunidade para encerrá-lo.

Com a decisão, a Corte valida a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que mandou prender deputados estaduais investigados pela Polícia Federal, após a assembleia estadual ter derrubado a decisão por meio de votação no plenário da Casa. O mesmo entendimento será aplicado em casos semelhantes no Mato Grosso e no Rio Grande do Norte.

O placar de 5 a 4  foi obtido com voto de desempate da presidente, Cármen Lúcia. Durante seu voto, a ministra disse que a “corrupção está sangrando o país” e que o sistema jurídico impõe a ética no serviço público. No entendimento da presidente, as assembleias não podem revisar decisões judiciais que determinem a prisão de deputados estaduais.

“É preciso que os princípios constitucionais digam respeito a higidez das instituições, aos princípios democráticos, mas não permitem, no entanto, que a imunidade se torne impunidade.”, disse a ministra.

Durante os dois dias de julgamento, os ministros Marco Aurélio, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram a favor da imunidade. Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármem Lúcia se manifestaram contra o benefício. Luís Roberto Barroso, em viagem acadêmica, e Ricardo Lewandowski, de licença médica, não participaram da sessão.

“Apenas especulação”, diz delegado sobre participação de filho na morte de Nenzim

Júnior do Nenzim com o pai, ex-prefeito Nenzim, na campanha de 2016

O delegado Lúcio Reis, titular da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa SHPP), descartou hoje (7) a possibilidade de participação de um parente do na morte do ex-prefeito Nenzim, de Barra do Corda.

No momento do assassinato, o líder político estava com Júnior do Nenzim, seu filho.

Ao blog O Informante, na noite de ontem (6), o secretário de Estado da Segurança, Jefferson Portela, disse a que a polícia investigava a hipótese de participação dele, acrescentando que “está tudo muito estranho” para ser um crime de pistolagem (saiba mais).

Em entrevista ao jornalista Domingos Ribeiro, da Mirante AM, Lúcio Reis classificou a tese de “apenas especulação” e disse que polícia não tem elementos, por ora, para afirmar se houve participação do filho do ex-prefeito no crime.

“Não há, ainda, elementos quaisquer, substanciais, para se afirmar isso. Apenas especulação, por ora, em redes sociais”, comentou.

Apesar disso, ele acrescentou que essa linha de investigação não foi descartada. “Mas ela não é a principal”, concluiu.

Pedido da Famem, Senado aprova aumento de FPM; projeto vai à Câmara

O plenário do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (6), Proposta de Emenda à Constituição nº 29/17 que garante as prefeituras brasileiras aumento do valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A PEC, de autoria do senador Raimundo Lira, foi aprovada em primeiro e segundo turnos e já seguiu para apreciação da Câmara Federal, que também deverá aprova-la de maneira unânime.

A votação da proposta foi uma das reivindicações feitas pelo prefeito e presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Cleomar Tema, em recente agenda de trabalho realizada em Brasília, este mês.

Tema e outros prefeitos estiveram, inclusive, com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o maranhense Edison Lobão, pleiteando a aprovação do dispositivo.

A PEC 29 garante as prefeituras o aumento em 1% do valor do FPM, passando dos atuais 24,5% para 25,5% a partir de setembro do ano que vem.

Este reajuste oferecerá aos 217 municípios do Maranhão, que enfrentam forte crise financeira ocasionada pela queda de recursos e de transferências constitucionais, um incremento de recursos superior a R$ 157 milhões.

“Trata-se de uma grande vitória para o movimento municipalista no país, em especial no Maranhão. O aumento destes recursos beneficiará, e muito, as prefeituras de nosso estado, que operam praticamente no vermelho e ainda convivem com o corte permanente de recursos”, avaliou Cleomar Tema.

Wellington comenta reprovação de homenagem à Polícia Federal

“Acredito na imparcialidade da Polícia Federal e defendo o combate à corrupção”. Foi partindo dessa afirmativa que o deputado estadual Wellington do Curso (PP) defendeu e apresentou moção de aplausos à superintendente da Polícia Federal do Maranhão, delegada Cassandra Parazi, pela condução dos trabalhos da Operação Pegadores. Na opinião de Wellington, por articulação do Governador Flávio Dino, no entanto, os parlamentares da Base Governista da Assembleia Legislativa impediram a aprovação e, consequentemente, a homenagem à PF.

Ao ver a articulação por parte do Governo do Estado contrário a mensagem de aplausos à Polícia Federal pelo trabalho de combate à corrupção na saúde do Maranhão, o deputado Wellington disse repugnar tal comportamento e reafirmou o seu posicionamento.

“Eu não entendo a razão para se impedir que a Assembleia Legislativa reconheça a importância do trabalho de investigação que tem sido desenvolvido pela Polícia Federal. Por que? Seria, por um acaso, porque tem pessoas da Secretaria de Saúde do Estado envolvidas no desvio de mais de R$ 18 milhões que seriam destinados a saúde? Só por que tem aliados ao Governador? Só por que a Polícia Federal está investigando aliados ela não merece reconhecimento pelo brilhante trabalho que está sendo desenvolvido? Eu acredito na imparcialidade da Polícia Federal e defendo o combate à corrupção. Essa ‘rejeição’ da moção de aplausos não impede que eu deixe claro as minhas felicitações a quem, assim como eu, não concorda com essa política suja que tem feito com que pessoas padeçam em filas a procura de atendimento”, disse Wellington.

A operação da Polícia Federal tem investigado desvios de mais de R$ 18 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) no Governo do Estado do Maranhão.

Pistolagem no MA: 12 execuções por motivação política em três anos

De O Estado

A morte do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Marino de Sousa, o Nenzim, chama atenção para os crimes com motivação política no Maranhão. Em levantamento feito por O Estado mostra que nos últimos 36 meses 12 assassinatos foram registrados e investigados como crime de execução por motivação política.

Desse total de crimes com característica de pistolagem (crime encomendado) cinco foram contra vereadores do interior do Maranhão. Três ocorreram contra blogueiros e um contra um secretário municipal, um contra um candidato a vice-prefeito além do assassinato do ex-prefeito Nenzim.

Na conta da violência do Maranhão estão as mortes por execução dos vereadores Evilásio Roque Ramos, o Evilásio do PAM de Caxias. Ele foi encontrado morto dentro de casa com dois tiros na cabeça. A polícia seguiu a linha de investigação de que o crime foi de pistolagem.

Outro vereador assassinado foi Paulo Baiano, de Cidelândia. O crime ocorreu em 2016. O parlamentar foi encontrado morto dentro de um carro na cidade de Vila Nova de Martírios. O corpo estava com marcas de balas.

Em Godofredo Viana foi executado o vereador César da Farmácia também em 2016. Ele tinha acabado de receber o diploma de vereador eleito e quando chegou a farmácia de sua propriedade, foi surpreendido por dois homens que tiraram três vezes contra o parlamentar.

O primeiro vereador assassinado foi Esmilton Pereira dos Santos. O crime ocorreu em governador Nunes Freire, em 2016. Ele foi morto com 15 tiros.

O último crime contra vereador ocorreu em 2017. Miguel do Gogó, vereador de Anajatuba, foi surpreendido por um homem que tirou a queima roupa três meses na cabeça do parlamentar, que estava em uma festa junto com a esposa e um filho pequeno. Miguel do Gogó vinha sofrendo ameaças e chegou a pedir proteção na Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).

Nos cinco casos, o crime de pistolagem ficou evidente já que pertences não foram roubados e os assassinos chegaram, atiraram na cabeça ou nas costas das vítimas.

Assim como ficou evidente a execução de três blogueiros no Maranhão. Um em 2016 e outros dois em 2015. O primeiro foi Ítalo Eduardo Diniz Barros, que foi executado a tiros no município de Governador Nunes Freire. No mesmo ano, Roberto Lano, de Buriticupu, foi executado por dois homens que chegaram em um moto.

Em 2016, a vítima foi o blogueiro Manoel Bem-hur de Grajaú. Nos três casos, a Superintendência da Polícia Civil no interior trabalhou com a linha de investigação de crime de pistolagem com motivação política já que nos blogs das vítimas, o destaque era sempre as notícias relacionadas a denúncias contra políticos.

Também relacionado a política é o assassinato do sargento da Polícia Militar, Emídio de Sena Batalha Filho. Ele foi morto com quatro tiros nas costas no momento que participava de um comício na cidade de Centro Novo do Maranhão durante a campanha eleitoral de 2016. Dois homens em um moto chegaram e atiraram contra o policial e depois fugiram.

Mais

Na conta dos crimes de pistolagem no Maranhão também aparecem o caso do secretário adjunto de Agricultura de São Raimundo do Doca Bezerra, José Almir Mendonça, o Branco. Ele levou três tiros na cabeça e o corpo foi jogado em um lixão da cidade. Também consta na lista de execução por motivação política a morte do ex-candidato a vice-prefeito de São Domingos do Maranhão, José Carlos Rodrigues Carvalho.

Othelino lidera comitiva em visita de solidariedade a familiares de Rigo Teles

O presidente em exercício da Assembleia,  deputado Othelino Neto (PC do B), esteve em Barra do Corda, na tarde desta quarta-feira (6), acompanhado pelos deputados Edilázio Júnior (PV), Ricardo Rios (PEN), Rogério Cafeteira (PSB) e Rafael Leitoa (PDT), para prestar solidariedade e condolências ao deputado Rigo Teles (PV) e familiares pelo assassinato do ex-prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, vítima de crime supostamente de encomenda.

Na oportunidade, o deputado Othelino Neto disse ao deputado Rigo Teles e demais familiares que pediu ao secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, uma rigorosa e ágil apuração do crime. “O secretário Jeferson Portela deslocou-se imediatamente para Barra do Corda logo que foi comunicado do lamentável fato e já tomou todas as providências para que se elucide, o mais rápido possível, esse bárbaro crime”, informou.

O ex-prefeito de Barra do Corda foi assassinado por volta das sete horas da manhã, no Residencial Moradas do Rio Corda, com dois tiros na nuca, quando saia do carro em que se encontrava com seu filho Júnior. Ele recebeu os dois disparos quando estava descendo do carro.

“Meu irmão disse que não viu e nem ouviu nada. Ele só viu nosso pai com a cabeça caída sobre a porta do carro, e achou que ele estivesse passando mal e pediu socorro. Pouco depois que percebeu que ele estava sangrando pelo ouvido. Ele levou nosso pai, imediatamente, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Corda e depois para o Hospital Macrorregional de Presidente Dura, mas ele não resistiu. Meu pai nunca sofreu ameaça”, relatou Sandra Teles, a mais velha das três filhas mulheres.

Manoel Mariano de Sousa, conhecido por “Nenzim”, tinha 79 anos, deixou seis filhos (três homens e três mulheres) e a viúva Francisca Teles. Nenzim era o mais velho dos cinco irmãos, sendo três mulheres.  Governou Barra do Corda por três vezes, nos períodos de 1996 a 2000, 2004 a 2008 e de 2008 a 2012. Seu filho, Júnior, conhecido por “Vaqueiro da Barra”, perdeu as últimas eleições para o prefeito Eric Castro (PC do B). Ele decretou luto oficial por três dias na cidade.