O sistema de transporte público de São Luís sempre foi alvo de debates pelos mais diversos fatores.
Agora, mais um problema veio à tona: a emissão dos cartões de meia passagem estudantil, de acordo com matéria na edição do dia 26 do mês passado pelo jornal O Estado.
Segundo apurou o Blog do Gilberto Léda, até o momento milhares de estudantes ainda não receberam o cartão que lhes garante o benefício. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís ( SET) informa que não está responsável pela emissão dos cartões. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Transporte ( SMTT) não se posiciona sobre o assunto.
Pelo que o blog teve conhecimento, uma empresa de Fortaleza (CE), a BitCard, está sendo responsável pela emissão dos cartões, porém, os cadastros não ficaram prontos a tempo de atender aos estudantes. Um detalhe: esta empresa é a mesma contratada pelas entidades estudantis – MEI e AMESU – para a emissão do cartão de meia entrada, que é pago.
Ainda conforme foi apurado, os estudantes estão sendo obrigados, pela dificuldade criada pela BitCard, a pagar pelo cartão – que deveria ser gratuito – para ter acesso à meia passagem ( ou meia entrada). Ou seja: a BitCard, com posto de atendimento no bairro Apeadouro, fatura com o cartão da meia entrada.
E mais: estão sendo cobrados valores altíssimos dos estudantes, tanto da rede pública como a privada. O valor cobrado do secundarista é de R$ 16 e universitários R$ 26. Mas o que impressiona são os valores movimentados pelas entidades. Só no ano passado, o montante faturado foi da ordem de R$ 1,2 milhão. E qual o benefício desse dinheiro para os estudantes?
Portanto, é importante o Ministério Público investigar onde está esse dinheiro e quanto é o valor do contrato das entidades com a BitCard, porque serão mais milhões de reais sem transparência.
Situação extremamente delicada, muito sensível, espero que tudo seja bem resolvido e possa trazer beneficiamento para com os estudantes.