PF deflagra ação contra extração ilegal de madeira; políticos e empresários envolvidos

A Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Maranhão, através de sua Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Histórico – DELEMAPH, deflagrou no dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2018, no município de Zé Doca/MA, localidade Nova Conquista, a Operação Ka’apor, a fim de fazer cessar a extração ilegal de madeira das reservas indígenas Alto Turiaçu e Awá-Guajá, assim como paralisar e interditar quatro serrarias de grande porte e um pátio de depósito de madeira, que funcionavam de forma clandestina, sem autorização de nenhum dos órgãos de fiscalização do meio ambiente. A apreensão de madeira totalizou 508,6728 metros cúbicos de madeiras nobres, como piquiarana, mirindiba, cupiúba, barrote, tatajuba, timborana, barrote e jatobá, a maior parte em forma de toras in natura, havendo ainda madeira já beneficiada.

A Operação Ka’apor foi deflagrada com o apoio do IBAMA, da FUNAI, do ICMBio e da Polícia Militar do Estado do Maranhão (BPA), com a participação de 30 policiais federais das Superintendências do Maranhão e do Pará, 1 servidor administrativo da PF, 17 servidores do IBAMA, 6 servidores da FUNAI, 11 servidores do ICMBio e 12 Policiais Militares do BPA, totalizando 77 servidores públicos.

A investigação foi iniciada no início de 2018, e serão indiciados por crimes ambientais, além de furto de madeira da União, receptação na forma qualificada e formação de quadrilha, pelo menos 7 pessoas. O inquérito apura ainda o crime de exportação clandestina de produtos florestais, crimes contra a Administração Pública e crime de lavagem de dinheiro, todos relacionados com crimes ambientais. A investigação prosseguirá, haja vista haver indícios do envolvimento de diversas outras pessoas, incluindo possivelmente empresários e políticos do Maranhão e de outros estados.

A Operação foi batizada de Ka’apor em referência a uma das etnias indígenas existentes no Maranhão. O termo “Ka’apor” significa “pegadas na mata”.

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  1. Eu gostaria tanto que está Operação viesse a Grajaú, onde temos coisa pior no contrabando de madeira e cerrarias clandestinas. No Bairro Extrema, onde resido tem uns cinco cerrarias que passam a noite inteira um movimento intenso de caminhões descarregando madeiras e cerrando logo em seguida. As paredes de minhas casa estão todas rachadas devido ao impacto da madeira sendo lançadas dos dos caminhões ao chão.
    Peço que nos Socorro com urgência.

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