O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, negou há pouco – em contato por telefone com o blog – a apreensão de documentos na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) na tarde de ontem.
De acordo com o titular da SSP, houve uma “reunião de trabalho” com o juiz Ronaldo Maciel e com membros do Gaeco. ” Apenas isso. Não existe essa questão de apreensão. Isso nunca houve”, afirmou.
Questionado sobre o tema da reunião, o secretário não entrou em detalhes. Ele disse ainda que não esteve presente.
Portela é acusado pelos delegados Tiago Bardal e Ney Anderson de usar a estrutura da pasta para “espionar” adversários políticos do Governo do Maranhão.
O gestor está pressionado, mas tenta manter os ares de naturalidade no cargo.
Videoconferência
A seguir, notas da Polícia Civil e do juiz Ronaldo Maciel sobre o caso.
Nota de Esclarecimento
A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia Geral, vem a público esclarecer a respeito de falsas notícias veiculadas em meios de comunicação online, desta capital, que tratam sobre a apreensão de documentos, na tarde de quarta-feira (3), na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais – Seic, no Bairro de Fátima, por parte de representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário do Maranhão.
A Polícia Civil do Maranhão informa que, de fato, houve a visita à Seic, por parte do Promotor de Justiça Marco Aurélio Fonseca, representante do Ministério Público do Maranhão e do Juiz de Direito Ronaldo Maciel, na data e turno mencionados, ambos, da 1ª Vara de Combate ao Crime Organizado; porém, eles foram a convite da própria Superintendência, a fim de tratar, exclusivamente, sobre a instalação de uma sala de videoconferência na Seic.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação à informação divulgada no blog do jornalista Gilberto Léda, dia 04.07.2019, com o título “Documentos que podem comprovar espionagem na SSP são apreendidos na SEIC”, o juiz titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, Ronaldo Maciel, esclarece:
- Que não foi à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), na quarta-feira (03.07), apreender documentos, como divulgado no blog, até porque não é atribuição do magistrado fazer busca e apreensão. O juiz apenas determina a realização das mesmas, quando for o caso;
- Que não há qualquer determinação judicial de busca e apreensão em relação à SEIC;
- Que, junto com o promotor de Justiça Marco Aurélio Ramos, que atua na 1ª Vara Criminal, foi à SEIC para conhecerem a estrutura onde será instalada uma sala de videoconferência para oitiva de delegados e policiais civis da Superintendência, quando forem testemunhas em processo que tramitarem na 1ª Vara Criminal, unidade judiciária com jurisdição em todo o Estado do Maranhão e competência para processar e julgar crimes de atividades e organizações criminosas. A instalação da sala de videoconferência visa a agilizar a instrução processual e evitar que delegados e policiais da SEIC precisem se deslocar até o Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), em São Luís, para os depoimentos, tendo que, muitas vezes, permanecerem no Fórum, manhãs ou tardes inteiras, ficando impedidos de suas atividades normais na Superintendência.
- Que o juiz fará, nesta quinta-feira (04), visita semelhante ao Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, com o objetivo de conhecer a estrutura onde também será instalada uma sala de videoconferência para oitiva de policiais militares, quando testemunhas em processos em tramitação na 1ª Vara Criminal de São Luís.
Vergonha.
Já começou a interferência do secretário nas investigações
Reunião de trabalho que foi agendada somente após a ida dos delegados na câmara federal..kkkk
Muito estranho.