De O Estado
A ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), Kátia Santos Bogéa, negou ao jornal Estadão haver sido indicada para o comando do órgão pelo ex-presidente da República, José Sarney (MDB).
A informação da suposta indicação circulou nos bastidores após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter assinado a exoneração de Bogéa do posto.
Ela ocupava o cargo desde 2016, quando foi nomeada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
“Minha relação com o presidente Sarney é de amizade. Não tem nada a ver que sou indicação política dele. Pelo contrário, sou técnica e não trabalho para governo, mas para o Estado brasileiro”, disse.
Kátia também afirmou não ter considerado desrespeito a sua exoneração e se disse aliviada por ter sido substituída por Luciana Feres.
“Foi um alívio a indicação da Luciana. Ela é do ramo”, disse e completou: “Não [desrespeito]. Acho que foi uma deselegância. Foram três anos e meio que me esforcei muito pelo país. No mínimo, deveria ser chamada, conversar”, pontuou.
Kátia rechaçou o discurso de que houve perseguição ao seu trabalho, mas lamentou a forma como foi exonerada do posto.
“Não. Governo novo, com outro pensamento, quer colocar suas pessoas. Acha que sou de outro governo e eu não sou de outro governo. O que choca é que todos pediram pela minha permanência. Foi um movimento diferenciado e isso não foi acolhido. É um governo que sempre pregou ética e transparência. E esse é o meu perfil. Se ele não encaixa, tem algo que não bate bem nisso”, concluiu.
Se foi indicada ou não ela tem a sua competência e eu nunca vi envolvida em escândalo ,são estas coisas que me deixa abismado com a incompetência das pessoas jogam sujo puxam o tapete para depois mostrar a realidade
Ela foi indicada por João Alberto, com aval de Sarney. É técnica, mas a indicação é política. Todos os cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão são políticos.
Correm rumores que um dos motivos da exoneração da presidente do Iphan, a competente historiadora Kátia Bogéa, seria para evitar o aparelhamento do Estado brasileiro uma vez que a nomeação da ex-gestora na presidência da Casa fora por indicação de José Sarney ao então presidente Temer! Este hoje teria feito um “acordo politico/comercial” com o seu arqui-inimigo, o governador do Maranhão Flávio Dino, para ambos fazerem oposição ao Governo Bolsonaro. Fato este que teria ficado insustentável a permanência da mesma no 2.° escalão do Governo Bolsonaro. Tudo a meu ver tem sentido e é possível.
Acho que quem perde com a saída dela e as loucuras de Flávio Dinossauro e o Maranhão.