Othelino Neto multiplicou seu espaço político em 2019

Repórter Tempo

2019 entra para os registros como um ano em que a política maranhense concluiu o desenho do um cenário no qual novas lideranças, que saíram fortalecidas das eleições de 2018, se consolidaram, pisando firmes para dar as cartas na disputa pelo poder estadual nos próximos tempos. Um dos exemplos mais expressivos e emblemáticos desse contexto é o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), que aos 43 anos preside a Assembleia Legislativa. Ele ocupa o terceiro lugar na cadeia sucessória estadual e vem ampliando seu espaço político de tal modo que, dependendo dos movimentos do xadrez a ser jogado pelo governador Flávio Dino para 2022, poderá ser candidato a deputado federal, senador, vice-governador ou governador. Atualmente, o parlamentar é apontado por pelo menos 38 dos 41 colegas de Assembleia Legislativa como um presidente eficiente no aspecto administrativo, confiável e inovador no plano legislativo, e já exibindo sinais fortes de liderança na seara política.

A ascensão política de Othelino Neto – que, é bom lembrar, iniciou sua trajetória no movimento estudantil – deu uma grande guinada nos últimos cinco anos. Em 2015, quando se tornou 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto começou a se movimentar com inteligência, ousadia e precisão no complicado escorregadio tabuleiro da política estadual, ampliando o seu raio de ação na complexa e movediça seara parlamentar, surpreendendo a cada passo. Reelegeu-se 1º vice em 2016 numa eleição antecipada da Mesa, sucedeu ao presidente Humberto Coutinho (PDT) – falecido em janeiro de 2018 -, reelegeu-se deputado em 2018 com a quarta maior votação, elegeu-presidente para os quatro anos da atual legislatura, após arquitetar e colocar em prática um amplo acordo envolvendo todas as correntes da Assembleia Legislativa, inclusive a Oposição.

A condição de presidente pelos próximos quatro anos o colocou no epicentro do poder político estadual. Para começar, saltou de uma posição discreta para o centro das decisões do PCdoB. Depois, seus movimentos o credenciaram a se tornar um dos principais interlocutores políticos do Maranhão. Ele já atua fazendo, como chefe do Poder Legislativo, ponte eficiente com o Poder Executivo e o Poder Judiciário, tornando-se, nesse ambiente, um negociador confiável, acreditado principalmente pelos deputados. No plano externo, presidiu o ParlaNordeste, o fórum dos presidentes das Assembleias Legislativas dos nove estados da região, posicionando-se com firmeza nos embates políticos dos líderes nordestinos, entre eles o governador Flávio Dino, com o presidente Jair Bolsonaro. Até agora, atuou no plano institucional com desenvoltura e sem cometer erros, o que tem reforçado seu crescimento no plano político.

Membro atuante de uma geração que vem se firmando numa realidade de plena liberdade política e que no Maranhão comanda uma grande transição liderada pelo governador Flávio Dino, o deputado Othelino Neto tem agido para consolidar a nova ordem com ousados movimentos de inovação. Pessoalmente, quebrou a redoma em que sempre se encastelaram os chefes do Poder Legislativo e tem saído para o debate público com um podcast semanal no qual diz o que pensa sobre os mais diversos temas em voga no Maranhão e no País. No campo institucional, tem levado a Assembleia Legislativa para mais perto do cidadão por meio de uma série de ações, entre elas a Assembleia em Ação, que já aconteceu em várias regiões e alcançou representes políticos de mais de 1,5 milhão de maranhenses.

Claro que o espaço político que multiplicou tem a ver com a presidência da Assembleia Legislativa. Mas é claro também que seu mérito está exatamente no fato de ter alcançado o cargo pela via da articulação, enfrentando concorrentes, que em determinados momentos agiram como adversários. É igualmente óbvio que o status alcançado é fruto permanente do que há de mais verdadeiro na política: a luta pelo poder. A essas alturas, o deputado Othelino Neto sabe que seus próximos passos políticos serão difíceis e decisivos. Mas a julgar pelo desempenho político que alcançou em 2019, poucos duvidam de que tem condições de chegar a 2022 com força para uma disputa majoritária.

7 pensou em “Othelino Neto multiplicou seu espaço político em 2019

  1. O Maranhão merece mais, velhas raposas da política nova, só mantém as velhas maneiras de se locupletar dos impostos suado dos maranhenses.

  2. Por isso que o Maranhão anda igual caranguejo, um político como esse camarão vermelho que amplia seu espaço politico, é uma desgraça para o Maranhão. Desperta meu Maranhão, nossa bandeira não é vermelha.

  3. Léda, como um simples jornalista, filho de pais pobres e que vive só de política consegue ter o patrimônio absurdo que esse rapaz tem?
    Mora em apto de R$ 8 milhões, com um padrão de vida altíssimo para quem ganha somente os cerca de R$ 25 mil como deputado.
    Tenho muitos amigos mais velhos que ele, que ganham cerca de R$ 100 mil por mês e não tem um terço do patrimônio explícito deste rapaz…
    Todo mundo sabe e ninguém responde…
    Me explica aí?

      • Gilberto, estamos num tabuleiro Eu, D. Maria, Seu João, Seu Firmino, D. Cotinha e sua neta de 3 anos que passa necessidades, jogando diariamente contra esses políticos ladrões. É sabido que nós mais simples iremos perder a partida. Não temos força nenhuma pra evitar um aumento de imposto; Não temos a capacidade de evitar uma licitação direcionada na Secretaria de Meio Ambiente, por exemplo. Vc, Gilberto, tem! O primeiro passo é ficar do nosso lado. Vc tem uma ótima visão do jogo, pode nos ajudar a mexer nas peças e dar-nos não a vitória (impossível) mas amenizar o sofrimento de D. Cotinha e sua neta, denunciando inclusive, como surgiu o patrimônio desse ou daquele político e nesse caso aí, não é difícil. Seu trabalho é esse! Esse seu comentário, me fez questionar sobre de que lado vc realmente está!

        • Meu amigo, entenda. Noticiar a evolução patrimonial de um político, ok. Isso fazemos corriqueiramente, com vários deles, quando eles declaram seus bens para fins de disputas eleitorais. O que eu não posso (e foi isso o que eu disse) é explicar essa evolução. Quem deve explicações é o político.

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