Governo acata proposta de Yglésio e garante adicional de 40% a profissionais da saúde

O aumento do adicional de insalubridade de 40% para os profissionais de saúde é uma briga de classe que intensificou com a chegada da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Da portaria à UTI, os profissionais estão expostos aos riscos de um vírus desconhecido. Nesta sexta-feira (08), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou que aumentará de 20% para 40% o adicional de insalubridade aos profissionais da rede estadual com salário de até R$ 2.500. O cálculo de insalubridade é em cima do valor do salário mínimo.

A pauta, justa inclusive, foi levantada pelo deputado estadual Dr. Yglésio (PROS). O parlamentar, que é médico, explicou que “tal medida se faz necessária porque a própria exposição repetida ao coronavírus aumenta o custo de vida desses profissionais em suas casas e com suas famílias”, disse.

Em suas redes sociais o deputado comemorou a conquista. “Foi uma discussão que nos iniciamos junto ao governo do estado e a gente feliz com o atendimento dessa demanda pelo governador e o secretário de saúde.”, disse o parlamentar em vídeo. O secretário estadual de saúde, Carlos Lula, confirmou que é importante essa conquista para os trabalhadores. “Mesmo com a extrema dificuldade que o executivo estadual tem enfrentado em razão da crise causada pelo coronavírus, esta foi uma forma de mostrar nosso compromisso com todos que têm se esforçado e dedicado bravamente para salvar vidas todos os dias”, disse Carlos Lula.

A medida, assim como proposta pelo deputado Dr. Yglésio, contempla profissionais da Portaria, Higiene e limpeza, Rouparia, Farmácia, Serviços gerais, Nutrição, Psicologia, Fonoaudiologia, Transporte (motoristas), Técnicos em Laboratório, Técnicos em Enfermagem e Auxiliares de enfermagem, Fisioterapia, Recepção, além dos trabalhadores da Copa e Cozinha. A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), por meio do Núcleo Jurídico, informou que o valor é para quem ainda não recebe 40% de insalubridade.

“O pagamento contempla trabalhadores em efetivo exercício nos meses de maio, junho e julho, e deverá ser realizado nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano. É um ganho significativo às categorias, que poderão também se sentir encorajadas e valorizadas”, disse a chefe do setor, Lídia Schramm. Funcionários de empresas terceirizadas também receberão o valor.

3 pensou em “Governo acata proposta de Yglésio e garante adicional de 40% a profissionais da saúde

  1. É lamentável, porque muito mais medidas tem sido implantadas em outros países para valorização da classe da saúde. Uma vez que somos nós que estamos salvando vidas e que muitas vezes somos nós mesmo que estamos sendo hospedeiro para nossa própria família. Esquecem que temos familia também. Querem apenas serem salvos. Mas, na realidade nunca se preocuparam com nossa jornada trabalhista com o estado de vida de cada um e muito menos com nossas perdas. Se somos a classe de frente, temos mais possibilidades de sermos infeccionados. Mas, isto jamais será avaliado, e até quando houver pessoas dedicadas como o Sr. Deputado, por conhecerem o estado crítico de saúde mental e física que vivemos por esgostamento de jornadas sobrecarregadas de horas trabalhadas, jamais serão escutados. E para de fato obterem respostas satisfatórias terão que lutar muito. Pois, o governo só aplica medidas que não venham perder fundos de garantia para sustentação dos seus próprios propósitos. Sou enfermeira do sistema penitenciário, e no minimo que deveriamos era apresentarmos nossas carteiras nos ônibus e não termos que pagar as passagens diarias, principalmente para descolamento para o nosso próprio trabalho. Esse era um projeto que nos ajudaria muito…Mas, tudo que envolve colaborar com classe da saúde significa investir tempo sem retorno. Espero que um dia Deus nos ajude na mudança desse quadro lastimável.

    • Só espero que possam enchergar os agentes comunitários de saúde que por sua vez também tem um papel muito importante nesse quadro, e que também arriscam suas vidas para salvar outras através da informação ao seu psf

  2. Quer dizer que os profissionais que ganham acima de 2500 não receberão a insalubridade? Será que quem ganha acima de 2500 não se expõe da mesma forma ou até mais ? Irão garantir isonomia gerando mais desigualdade? Sabe se os médicos que não recebem via CLT e nem mantém veículo empregatício receberão a insalubridade mesmo trabalhando na linha de frente?

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