A taxa de isolamento social no Maranhão caiu a patamares de antes da decretação do bloqueio total de atividades na Ilha de São Luís.
Os dados são da In Loco, startup brasileira que monitora a movimentação de 30 milhões de celulares por geolocalização. Com isso, alcula-se o chamado Índice de Isolamento Social (IIS).
Antes do lockdown, no dia 3 de maio, um domingo, o ISS do Maranhão chegou 48,25%. Um dia depois, caiu para 43,98%.
No primeiro dia de bloqueio, em 5 de maio, o índice chegou 49,62% e manteve-se acima dos 49% nos dois dias seguintes.
Depois disso, voltou a cair ontem (8) – para 45,99% -, quando o governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu anunciar rodízio de veículos na capital para a próxima semana (reveja).
Infelizmente, mesmo com a implantação do lockdown, os índices de isolamento social no Maranhão são inferiores a dias anteriores a adoção dessa medida e, também, menor em relação a outros Estados que não adotaram.
Desperdiçar a essa medida extrema, com falta de uma fiscalização efetiva, que não quer dizer prender e encarcerar, mas acima de tudo orientar, conscientizar, dar alternativas, estar presente nos bairros, adotar uma rede logística de distribuição de alimentos e de apoio aos que mais precisam sem aglomeração e em último caso, tomar as ações coercitivas necessárias, será lamentável.
Começar um lockdown, dizendo que não vai fiscalizar, tirando uma de bonzinho, é o presságio do fracasso da medida.
Não falar a verdade, mentir sobre os fatos, adotar uma posição ufanista para fazer propaganda do governo é abjeto.
O lockdown é o remédio mais amargo, mais extremo e o único na situação atual para diminuir a propagação do vírus, se for mal administrado e utilizado para ganhos políticos, implicará em perdas de muitas vidas, infelizmente.