O preço da violência
Da Coluna do Sarney
Durante o tempo em que estava no Senado fiz vários discursos e apresentei alguns projetos dizendo que diante da violência cotidiana – o domínio do crime organizado, a impunidade dos homicidas, a faculdade do assassino defender-se solto, o aumento das mortes violentas, tanta falta de respeito à dignidade humana – o povo brasileiro não se revoltava mais e estava se transformando num povo frio, sem capacidade de reagir e de se sensibilizar com os crimes mais hediondos.
Isto começou a consolidar-se depois que a Constituição de 88 deu muito melhor tratamento ao criminoso do que à vítima. O criminoso passou a ter direito a pensão mensal, assistência social, garantias à sua família etc. A vítima só tem a perda do seu futuro, as necessidades geradas pela sua ausência, o sofrimento de sua família, a orfandade de seus filhos, a viuvez de sua esposa e as lágrimas de sua família, pais, irmãos.
Eu posso falar, como dizia Camões, de experiência vivida. Malherbe dizia na Consolation à M. Du Périer que: “A morte tem rigores que a nada se assemelham […] E a Guarda que vela nas barreiras do Louvre / Nem mesmo defende nossos reis.”
O Brasil apresenta a maior quantidade de homicídios do mundo. Temos 12% das vítimas – e somos menos de 3% da população. E o pior ainda é que as estatísticas mostram que os jovens estão sendo assassinados e são jovens que estão matando.
Em nossa família já fomos atingidos brutalmente, porque, como disse, ninguém escapa da violência; já perdi três sobrinhos-netos, vítimas do desprezo pela vida que assola o país. O primeiro, Augusto, sobrinho da minha mulher, filho do meu cunhado Cláudio Macieira, assassinado quando roubaram sua motocicleta, no dia em que ia receber o seu diploma de engenheiro – e quando eu era presidente da República. Ele tentou resistir e foi abatido com um tiro na cabeça. A segunda, minha sobrinha Mariana, quando hediondamente foi asfixiada. E o terceiro, esta semana, Diogo, filho de minha sobrinha Concy, covardemente morto com um tiro à queima-roupa, quando tentou falar com o motorista de um carro que o trancara. O assassino não deixou nem que ele se aproximasse. De dentro do carro sacou uma arma e o matou com um tiro no pescoço.
O que restou a todos nós: suas mães, seus pais, seus filhos, seus avós, seus irmãos, seus tios, seus primos, parentes, amigos colegas? Lágrimas dor intensa saudade que não passará.
Diogo, jovem rapaz, com um futuro pela frente, cheio de vida, da alegria de viver, mergulha na eternidade, sem o conforto nem duma morte cercado pela ternura de sua mãe e dos seus, para cair no asfalto escaldante, deixando para trás seu maior dom: a vida.
Pela misericórdia divina, minha mãe Kiola o receberá no Céu, o acolherá em seu colo pela eternidade e o levará à presença de Deus.
Parabéns sarney velho. Descobriste a pólvora. Estás sentindo na carne o que o brasileiro comum sente sendo vítima da violência e tendo que encarar a inustiça e impunidade além da perda. Onde os papéis se invertem: o criminoso é vítima e o vítima culpada. Deem bolsa presídio, ressocialização, indultos aos criminosos e bananas para as vítimas, afinal de contas o criminoso é uma vítima da sociedade.
E tu estiveste na constituinte, velho e não fizeste nada. Uma tragédia anunciada crescia a olhos vistos e agora vem com este papo furado. Inês é morta, agora é chorar o leite derramado.
O código penal brasileiro é muito brando, qualquer homicídio de maneira fútil e latrocínio devia ter como pena a prisão perpetua, pois o bem maior do homem é sua vida, segundo sua liberdade, de modo que quem tira a vida deve ter sua liberdade tirada até a morte.
Bem feito pra esse VELHO carcará, ele é um dos culpados por ajudar a elaborar a tal constituição cidadã…toma VELHO babaca!!!
Concordo Plenamente com o Sarney e olha que ele fala com propriedade porque é justamente por causa da Constituição de 1988 que ele nunca foi preso🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Com todo respeito ao Ex-presidente e a Vítima e seus familiares… O que dizer da pessoa presa injustamente se ñ fosse o contraditório da Constituição Federal de 1988. Respeito sua Dor Presidente mais ñ posso concordar que a Constituição Federal do Brasil seja um privilégio pra proteger bandidos é a Constituição Federal de 1988 um Instrumento pra Proteger os menos favorecidos dos Abusos do Estado. Deus conforte o Coração da Família e que a Polícia prenda o verdadeiro criminoso e o faça pagar nos Limites da Lei.
Nunca pensei que algum dia diria: -concordo com Sarney… pelo menos no que diz respeito ao ponto de vista colocado neste texto.
Pois é, agora a cf/88 não presta!
Durante 30 anos – criada no governo do próprio, que hoje reclama,Sarney- foi tida como a constituição “CIDADÔ. Sabida pelos verdadeiros patriotas , que hoje , ainda, vivem perseguidos pela ditadura da toga, governadores e prefeitos, o quão maléfica foi e é essa atual constituição.
E digo, os ” guardiães ” dessa porcaria, caminham para a escravização do povo de bem sob o controle dos criminosos.
Publique os comentários meu Nobre ñ seja o primeiro a calar a Voz do Povo vc tenho certeza que deseja uma Impresa livre
A Constituição não deu. Ela dá. É uma pena ter que admitir essa verdade. Infelizmente, quem faz lei pensa em si próprio. Por isso a Constituição é êsse lixo que espera ser removida, para dar lugar a outra, na qual se defenda propriedade, família , puna os criminosos.