O Globo
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), viu sua base se dividir no segundo turno da eleição para a prefeitura de São Luís. Parte de seus aliados decidiram apoiar Eduardo Braide (Podemos), candidato da oposição, mesmo após o governador sair da neutralidade para apoiar Duarte Júnior (Republicanos) no segundo turno. Entre os motivos, desavenças pessoais e movimentações para a eleição pelo governo do estado em 2022.
No começo da eleição, eram sete candidatos da base do governador da disputa e, por isso, ele optou por não apoiar ninguém até a definição do segundo turno, quando declarou apoio a Duarte. Mas dois dos candidatos derrotados decidiram apoiar agora o oposicionista Braide e há dissidência até no partido de Dino.
O apoio mais importante recebido por Braide no segundo turno foi do deputado estadual Neto Evangelista (DEM), ex-secretário de Dino, que teve 16,2% dos votos. Ele afirma que o endosso ao nome da oposição não interfere na sua relação com o governador e ataca Duarte Júnior.
— Ele não se dá bem geralmente com quem convive com ele, na Assembleia tem problema com a maioria absoluta da casa. Por onde ele passa deixa rastros negativos — afirma.
O deputado estadual Yglésio (Pros), oitavo no primeiro turno, usou o mesmo argumento para apoiar Braide. Em resposta, a campanha de Duarte afirmou que o candidato “é querido pelos servidores” e que Yglésio e Neto “seguem com campanha de ódio”. A lista de nomes que não seguiu o governador inclui ainda o deputado estadual Carlinhos Florêncio, que é do PC do B.