O deputado César Pires cobrou mais proatividade do governo Flávio Dino no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Maranhão. Para o parlamentar, as medidas sanitárias de combate ao coronavírus têm sido adotadas tardiamente pelo governo estadual, o que favorece a contaminação no estado.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, César Pires lembrou que a cepa indiana foi detectada desde outubro de 2020, mas os portos do Maranhão continuaram recebendo navios estrangeiros sem barreiras sanitárias, assim como todas as demais portas de entrada no estado – aeroviárias e terrestres também. E só agora, quando a Organização Mundial de Saúde começa a ver essa variante do coronavírus como algo muito agressivo, de alto nível de contaminação, é que o governo Flávio Dino começa a agir.
“Foi preciso que a nova cepa indiana chegasse ao Maranhão para que o governador voltasse a atenção para os aeroportos, portos e terminais rodoviários. Há muito tempo deveriam ter instalado barreiras sanitárias na rodoviária, que recebe ônibus de outros estados. Nos aeroportos, não havia nenhuma vigilância. Como sempre, preferem culpar só o governo federal, nesse caso a Anvisa”, destacou o deputado.
Citando o caso dos 38 indianos que estão hospedados em um hotel de São Luís e só agora foram descobertos, César Pires questiona por que não há nenhum tipo de controle sobre a rede hoteleira. Para o parlamentar, é inaceitável que o governo estadual não consiga se antecipar e tomar medidas preventivas mais eficazes, em vez de ficar sempre transferindo responsabilidades.
Vans
Por outro lado, César Pires pediu ao Governo do Estado mais atenção ao transporte feitos por vans, de São Luís para municípios próximos. Ele ressaltou que centenas de pessoas utilizam esse meio de transporte diariamente, muitas até sem máscaras, dentro de veículos lotados e sem a devida higienização.
O deputado concluiu dizendo que o governador precisa contar com um conselho científico, para ser proativo e se antecipar aos problemas, em vez de ir a reboque dos acontecimentos. Ele também pediu que a Secretaria de Saúde tome providências em relação às vans, que instale barreiras sanitárias na saída do aeroporto, onde há praticamente um semiterminal, ou próximo do Estreito dos Mosquitos, para vacinar todos os motoristas de vans e testar os passageiros desses veículos.
“Se agora adotarão medidas sanitárias com relação a ônibus e ao ferryboat, que é aberto, precisa controlar também as vans. Ou só vão tomar providência quando alguém adoecer dentro de uma van? A construção civil, por exemplo, está liberada desde o ano passado, mas só agora resolveram vacinar os trabalhadores. Este é o pecado do Governo do Maranhão: se dá certo, são os responsáveis; se algo dá errado, culpam os outros. Se a vacina vem porque o prefeito pede, o governo diz que foi ele e quer tomar conta”, finalizou César Pires.
[…]