Para Joaquim Haickel, união Sarney/Dino ‘sacramentaria de uma vez a eleição’

Sobre 2022

Por Joaquim Haickel

Um empresário amigo meu me ligou pedindo que eu comentasse sobre os possíveis caminhos que a política do Maranhão pode tomar, e resolvi postar aqui hoje, o que eu disse pra ele naquela ocasião.

Falei-lhe sobre alguns dos cenários que poderão se materializar em 2022, me abstendo de dar minha opinião pessoal e valorativa em relação a qualquer uma das possibilidades ou a política em si.

Primeiro busquei enxergar as coisas do ponto de vista do grupo do governador Flávio Dino.

Acredito que a melhor opção para Flávio seria ele ser candidato a vice de Lula, fato que é bastante plausível. Neste cenário Brandão seria candidato a governador e Weverton indicaria os candidatos a senador e a vice de Brandão.

Porém há uma variável neste contexto. A montagem de um cenário ainda maior, algo mais monumental, que resultasse em uma ampla coalisão, que envolvesse também o grupo Sarney, o que sacramentaria de uma vez a eleição de todos, sem que muitas forças, políticas e financeiras fossem despendidas.

Neste caso a vaga ao senado ser oferecida ao grupo Sarney, cabendo a Weverton aceitar indicar o suplente de senador e o vice-governador.

Essa arquitetura seria digna de um Oscar de melhor direção de arte.

Outra boa opção para Dino seria ele ser candidato a senador, Brandão a governador e Weverton indicar os candidatos a suplente de senador e vice-governador.

Aqui também pode haver a troca do parceiro de chapa. No lugar de se compor com o grupo de Weverton, Flávio poderia se compor com o grupo Sarney!

Há, porém, um outro cenário que pode acabar se materializando. Seria Flávio concorrer ao senado com a mulher de Jerry na suplência, Brandão disputar o governo com Felipe Camarão de vice, o que iria rachar seu grupo e faria com que o resultado ficasse completamente imprevisível, principalmente se outros candidatos ao senado e ao governo entrarem na disputa.

Agora vejamos as coisas do ponto de vista do grupo do senador Weverton Rocha.

Fazer acordo com o governador Flávio Dino, não é de todo mal para Weverton, desde que ele possa indicar o suplente de Flávio e o vice de Brandão.

Caso isso não aconteça, a melhor opção para Weverton é ceder a vaga de senador e de vice-governador em sua chapa para quem possa oferecer a ele forças suficientes e necessárias para vencer seus adversários, no caso, Dino e Brandão. Essas forças seriam Roseana Sarney, Eduardo Braide, Roberto Rocha, Josimar de Maranhãozinho, Lahesio Bonfim e Edvaldo Junior.

Por fim, imaginando agora um cenário visto com os olhos dos outros atores desse enredo, algo pouco provável, mas factível de acontecer, caso seja possível haver algum tipo de acordo entre lideranças de temperamentos e posicionamentos tão diversos.

Roseana Sarney, Eduardo Braide, Roberto Rocha, Josimar de Maranhãozinho, Lahesio Bonfim e Edvaldo Junior, só precisariam esperar que o grupo comandado pelo governador Flávio Dino se divida, para unirem forças formando uma chapa capaz de concorrer de igual para igual com as outras, inclusive, quem sabe, até garantindo uma vaga no segundo turno das eleições.

Até pelo fato de ser detentor do poder de mando e ter maior possibilidade de montagens de uma boa chapa, o grupo do governador Flávio Dino, tem a vantagem nesta disputa. Mesmo assim o grupo do senador Weverton Rocha é mais aguerrido e mais bem estruturado politicamente, uma vez que o grupo governista passou oito anos dando pouca atenção aos políticos. Quanto aos outros grupos, ou eles se esfacelaram ou nunca existiram efetivamente e para existirem de fato, precisariam se entender.

Resumo da ópera: No que diz respeito ao senado, os cenários são favoráveis a Flávior, caso não tenha um concorrente que possa motivar a latente reação subterrânea que há contra todo detentor de poder que age como ele.

Quanto a disputa pelo Governo do Estado, o cenário mais provável é aquele com pelo menos quatro candidatos. Brandão, Weverton, Edivaldo e Lahesio.

Sobre o resultado… Eu nunca fui de prever resultados. Já disse e repito, eu analiso cenários. Quem quiser que tire suas próprias conclusões.

A mim só resta repetir o que dizia o grande Lister Caldas, “Quem viver verá”!…

10 pensou em “Para Joaquim Haickel, união Sarney/Dino ‘sacramentaria de uma vez a eleição’

  1. Esqueceu de um detalhe importante, o ELEITOR, o fiel depositário, aquele que sai de casa para votar. No passado você tinha reduto eleitoral, hoje o eleitor tem celular na mão, internet e não é mais besta! Maior exemplo disso foi a eleição de Bolsonaro!

  2. Esse escriba fez um esforço do diabo no único intuito de tentar ressuscitar o nome dos Sarney e ainda bajular o comunista Flávio Dino, os dois vão perder nestas eleições. A oposição toda unida é imbatível mesmo o comunista apoiando ou não Weverton Rocha na hora H e preterindo Brandão. É inegável que a brevíssima era Dino acaba em 31/12/2022 e a de Sarney acabou em 31/12/2014.

  3. Só me permito dizer uma coisa: Palavra de quem sabe o que está dizendo e suficientemente humilde para não se ensoberbecer. Parabéns Joaquim. Você é mestre na palavra, no pensamento e na ação.

  4. Parabéns pela análise do cenário atual da política maranhense. Uma análise abrangente em que foram colocados no tabuleiro todas as peças (atores) das mais diversas correntes.
    Prognósticos de resultado não é competência para quem faz análise de cenário.
    PS: Alguém criticou o autor da análise pelo fato de ter colocado o presidente Sarney, como não colocar?
    Quer queiramos ou não, tem que passar por ele…..

  5. Fico de cara é com essas análises que ignoram o principal ator do processo eleitoral, VOSSA EXCELENCIA O POVO, um feixo de corruptos que há décadas usurpa o dinheiro público e alimenta as estatísticas, como prêmio ostentam os piores indicadores sociais do país, deveriam ter vergonha no mínimo, quem viver verá, nosso Maranhão livre dessa abutres, ou melhor dessa carniça.
    Estamos com vc Lahesio Bonfim.
    Estamos com Bolsonaro.

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