AMMA alega questões ambientais e de saúde para juízes não voltarem a trabalhar até as 18h

A Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) não gostou nada da decisão do novo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Paulo Velten, de restabelecer o horário de funcionamento ordinário do Poder Judiciário do Maranhão, e também de atendimento ao público, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, a partir do dia 16 de maio de 2022.

Em ofício encaminhado ao chefe do Judiciário, pedindo a rejeição a pedido da OAB-MA pela adoção de horário normal de funcionamento, a entidade representativa dos juízes maranhenses alegou aumento de gastos com energia elétrica – apontando que “o aumento do consumo […] atenta contra a Responsabilidade Socioambiental” -; “dispersão de recursos humanos”; “redução da qualidade de vida dos servidores e magistrados”, dentre outros.

Ainda segundo a AMMA, a mudança não traz nenhum indicativo de que possa acarretar aumento da eficiência ou produtividade, porque, ainda de acordo com a associação, “a demanda de advogados ou partes no turno vespertino é bastante reduzida”.

Para a associação, o ideal era que fosse mantido o horário de 8h às 13h.

Apoio

Em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Yglésio Moyses (PSB), apoiou a medida adotada por Paulo Velten, e fez duras críticas ao ofício da AMMA.

“Primeira justificativa é o aumento do consumo de energia elétrica. É desinformação demais, porque o Judiciário tem cada vez mais investido em energia solar”, destacou.

O parlamentar comentou a discrepância salarial entre magistrados e outras categorias que têm cargas de trabalho maiores.

“O salário, hoje, de entrada de um juiz, um magistrado, é R$ 30 mil. Eu não tenho nada que falar do salário dos outros, mas eu tenho que falar que um técnico de enfermagem ganha um salário mínimo para fazer plantões extenuantes de 12 horas, e nem por isso há preocupação com o ambiente de trabalho deles”, completou.

9 pensou em “AMMA alega questões ambientais e de saúde para juízes não voltarem a trabalhar até as 18h

  1. Só ir no período da tarde na praia, que tá cheio de juízes e promotores em suas atividades esportivas… dentre as preferidas o Kit Surf

  2. Esse Deputado deviria primeiro conhecer a realizada do Judiciário para poder falar sobre funcionamento das unidade Judiciária

  3. Esse judiciário é uma “beleza”, o chefe do poder tem que lembrar os subalternos a exata jornada de trabalho e eles ainda contestam ??? E quanto aos juízes TQQ, aqueles que só trabalham TERÇA, QUARTA E QUINTA-FEIRA ??? Se fizerem uma fiscalização em comarcas como …, JAMAIS ENCONTRARAM qualquer juiz morando nessas cidades…

  4. Debate para funcionamento do forum.
    É muita loucura mesmo. Só no Brasil.

    É lógico que tem que funcionar até as 18:00h.
    Difícil vai ser encontrar algum servidor atendendo nesse horário.

  5. Parabéns pela iniciativa, Yglésio!Embora você seja muito chato, prepotente e arrogante, mas desta vez a razão não lhe foge. Sou advogado militante e o que mais vejo no Fórum Sarney Costa por meio de suas Varas, bem como Juizados da Capital e dos interiores é a ausência tanto de Magistrados, quanto dos próprios servidores.
    Por exemplo: na 5ª feira passada, dia 05 fui ao Fórum e fui em 5 Varas e para a minha não surpresa: o Magistrado não estava presente, bem como mal havia um auxiliar judiciário. Ou seja, aonde estavam os técnicos, os analistas e o secretário judicial? Provavelmente estavam em “home office”. SQN!
    A título de sugestão: caso queiram manter o horário de trabalho das 08h às 13h, perfeito! Então sugiro também que aja a redução de seus vencimentos(tanto magistrados, quanto dos servidores), por questão de economia. É bem simples e justo com o dinheiro oriundo dos impostos dos cidadãos.

  6. O caro deputado não entende de nada a ver seu discurso. O judiciário funcionava das 8h às 15h com ferramentas que permitem que o judiciário funcione 24h/dia, 7d/semana. O caro deputado deveria estudar antes de falar abobrinha. Não estamos mais em 1500, ano em que Vossa Excelência nasceu.

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