Ainda secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Cappelli (PSB) recebeu um convite do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), para integrar o primeiro escalão do governo municipal. A área específica de atuação no governo ainda não foi determinada.

O convite foi confirmado pelo próprio prefeito Paes à CNN. Cappelli, em resposta, afirmou que só tomará uma decisão sobre seu futuro profissional após um período de férias.

“Neste momento, estou focado nas minhas férias. Ao retornar, conduzirei a transição no Ministério da Justiça e, em seguida, definirei meu futuro”, declarou Cappelli.

A aproximação entre Paes e Cappelli ficou evidente recentemente, quando o prefeito utilizou as redes sociais para alertar Cappelli sobre uma organização criminosa que estaria extorquindo dinheiro da empreiteira responsável pela construção do Parque Piedade, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“Uma organização criminosa está exigindo dinheiro da empreiteira. Ameaçam paralisar as obras se o pagamento não ocorrer. Obviamente, não aceitaremos”, comunicou Paes pelo Twitter.

Cappelli respondeu à mensagem também via rede social, destacando que outros prefeitos do Rio enfrentam situações semelhantes. Ele condenou a ação do crime organizado, afirmando que é inaceitável esse estado paralelo e prometeu agir contra esses criminosos.

Quanto à sua saída do Ministério da Justiça, Cappelli planeja retornar a Brasília no final da segunda quinzena de janeiro para conduzir a transição na pasta. Com a confirmação de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça, Cappelli anunciou que não permanecerá no cargo. Apesar do apoio de Flávio Dino, que defendeu sua permanência, Lewandowski optará por formar sua própria equipe para ocupar posições-chave no ministério. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao anunciar Lewandowski como titular da Justiça e Segurança Pública, enfatizou ter dado total autonomia ao novo ministro para formar sua equipe.