Por Joaquim Haickel
Já faz 8 anos que eu escrevi um texto abordando um assunto parecido com esse, sobre esse mesmo personagem, o ex-juiz federal, ex-presidente da EMBRATUR, ex-Deputado Federal, ex-Governador do Maranhão, ex-Ministro da Justiça, ex-Senador da República e atualmente Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, meu confrade na Academia Maranhense de Letras.
Há 8 anos escrevi dizendo que iria dar um prazo de 180 dias para só então me pronunciar sobre o que FD estava fazendo no comando do governo do Maranhão. Como pouco ou nada foi feito neste intervalo de tempo, dei a ele crédito e prorroguei o prazo por igual período. Depois de um ano de gestão me manifestei dizendo que mudaram os nomes, os personagens que ocupavam os cargos, que mudaram até algumas práticas políticas, mas que de modo geral as coisas continuavam iguais ao que acontecia antes, era um governo de amigos.
Não era possível desconhecer, no entanto, que aconteceram algumas boas mudanças, da mesma forma que era impossível não dizer que depois de muitos anos, as práticas vitorinistas haviam voltado a existir em nosso Estado.
A história dirá que Flávio Dino interrompeu 50 anos de hegemonia de Sarney e seu grupo político no Maranhão, e isso é verdade, mas também dirá que guardadas as devidas proporções, o tempo que separa as duas gestões e o fato de Sarney ter governado o Maranhão por apenas quatro anos e Flávio por oito, os avanços alcançados pelo primeiro, superam em muito tudo que foi feito pelo segundo.
Já em comparação com Roseana Sarney e os quatorze anos em que ela governou o Maranhão, pode-se dizer que os oito anos de Flavio, disputam em pé de igualdade.
Mas deixemos o passado para os historiadores profissionais, que no futuro certamente se debruçarão sobre esse tema. Vejamos o presente.
Flavio Dino é, sem a menor sombra de dúvida, o político mais articulado, mais culto, mais preparado, que apareceu no Brasil nos últimos 20 anos. Isso não quer dizer que eu concorde com seus posicionamentos ideológicos, nem com suas práticas políticas, mas é impossível para qualquer pessoa de bom senso não reconhecer as qualidades diferenciadas de Flavio, mesmo que alguns de seus defeitos sejam igualmente fáceis de se identificar.
Como já disse, Flávio é muito culto. Como orador, existem hoje pouquíssimos que se igualam a ele. Articula bem as palavras e os pensamentos, portanto é um grande sofista, naquilo que o termo grego tem de bom e de pejorativo também. Sua capacidade intelectual cobre um vasto campo e ela só é limitada por sua ideologia que restringe muito o incrível potencial que ele tem.
Se Flávio fosse um moderado, mesmo sendo um esquerdista, tenho certeza de que seu sucesso seria maior do que realmente é. O fato de ser um taurino, que precisava superar outro taurino, fez dele um verdadeiro Minotauro ou seria melhor dizer, um Dinotauro: Forte como um touro e astuto com Flávio Dino.
Ocorre que depois de desbancar o sarneysismo no Maranhão, se o que ele realmente deseja é conquistar o Brasil, ele precisaria ficar mais “light”, o que é difícil para alguém de seu temperamento.
Mas voltemos ao título de meu texto de hoje: “O que esperar de Flávio Dino como Ministro do STF”. EU, particularmente, espero que ele se reinvente, que se torne mais “light”, mais leve, sem nenhuma alusão ao seu corpanzil. Espero que ele seja menos, muito, muito menos polêmico, que não tente ser engraçado, que seja menos radical, que se torne um juiz salomônico, apaziguador, que se lembre da espada de Dâmocles, mesmo que use com muita parcimônia e sabedoria a espada que Alexandre, o grande (não o pigmeu careca), aquela espada que o macedônio usou para “desatar” o nó Górdio.
Eu espero que Flávio Dino se redima dos equívocos que por acaso tenha cometido durante seu tempo na política partidária e ideológica e saiba que como juiz de nossa suprema corte, neste momento conturbado da história de nosso país, ele pode se tornar apenas mais um infame, ou ao contrário do que grande parte das pessoas imagina, se transformar no sustentáculo de nossa cambaleante democracia, que vem sendo vilipendiada de forma absurda pelas más ações advindas do poder executivo, pela inação criminosa do poder legislativo e pela tirania abjeta praticada pelo poder judiciário.
Testemunhar a redenção de FD será uma das maiores satisfações que eu terei em minha vida, aristotelicamente política, socraticamente filosófica e platonicamente ideológica.
Espero do fundo de minha alma que Flavio Dino possa permitir que eu diga, no fim de minha vida, que fui seu adversário ideológico, seu confrade na Academia Maranhense de Letras e seu admirador pelo trabalho que realizou no STF, ao ajudar a restaurar e estabilizar o estado de direito e a democracia em nosso país e assim, quem sabe, ele possa mais uma vez abandonar a magistratura e retornar, nos braços do povo para a política, para ser aquilo que parece ser seu objetivo: Presidente da República.
Esse me parece ser o melhor, o mais curto e o mais garantido caminho.
Gilberto, não fiquemos criando expectativa em torno de uma pessoa para resolver os problemas do País, seja em que segmento for das nossas instituições democráticas que são frágeis, não por deficiência da democracia mas por vícios do sistema político brasileiro. Os três poderes são deficientes porque as autoridades, lá, cuidam mais dos seus interesses do que dos interesses públicos, e a população não tem consciência coletiva de cidadania. Então, Flávio Dino por mais competente que seja, as suas decisões vão fazer parte de um colegiado heterogênico, é importante que seja assim, porém o judiciário como um todo, e o STF não é diferente, é moroso, arcaico e não interage com os interesses sociais da coletividade.
Se for tão “eficiente” o quanto foi como Governador do Maranhão, vai contribuir para fazer do STF terra arrasada, pois, no Maranhão, conseguiu levar o Maranhão ao pódio de o Estado mais miserável da Nação; se for capaz de fazer no STF o que fez no Maranhão quando da pandemia, vai justificar a compra de materiais diversos em lojas de vender produtos de Maconha, pagar e não receber e ainda fiar se arrotando de “onesto”.
Esse cara é a imagem da indecência, assentada no lombo do jumento Luis Ignácio.
Antes dele o Estdo era o mais rico? Nem 100 anos de governo vai conseguir tirar a mísera que a família Sarney deixou.
É mais ele não mencionou que no período que Sarney e Roseana governaram teve uma enxurrada de verba federal vindo para o estado e no período de Flávio Dino a verba da União foi escassa…
Verba escassa Mauro?; voce vive onde mesmo?, pra não ser rigido com voce, vou a creditar na sua igenuidade pra não ofender voce.
Falar em escarces de verbas nos dois mandatos de Flavio Dino, voce so pode esta de brincadeira!!!!
Hora, esperar a subserviência ao seu chefe Lula assim como os outros. Ou vcs acham mesmo que ele vai agir em prol da justiça? Sério mesmo querer que acreditemos que ele chegará lá e irá revolucionar. Claro que não. Irá agir como os outros em prol do seu chefe maior e pronto. A primeira medida será liberar das acusações o deputado aqui do Maranhão que é réu e vai ser julgado ou melhor absolvido por ele. Sério.
Motel em presidio