Assembleia pode ter R$ 21 milhões a mais no Orçamento de 2015

De O Estado

plenárioO novo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Humberto Coutinho (PDT), pode ter um reforço de caixa de R$ 21,3 milhões se conseguir convencer o Governo do Estado a repassar ao Legislativo superávit orçamentário do exercício 2014 que já foi devolvido ao Executivo.

Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem) disponibilizados no Diário Oficial da Assembleia do dia 29 de janeiro, penúltimo da legislatura comandada pelo ex-deputado Arnaldo Melo (PMDB), apontam que o peemedebista deixou de gastar R$ 21.322.233,56 no ano passado.

Esse recurso é obrigatoriamente devolvido ao Orçamento do Estado, mas pode ser “recuperado” sob a forma de crédito suplementar. Para isso, o presidente da Assembleia deve formalizar pedido ao governador Flávio Dino (PCdoB), que é quem decide se libera ou não a verba.

“Nós tivemos uma gestão baseada na austeridade. Foram muitos os cortes de gastos, por isso terminamos o ano com esse superávit”, avaliou Arnaldo Melo, em entrevista a O Estado no início da atual legislatura.

Na ocasião ele deu a senha para que o seu sucessor consiga reaver os valores. “Isso pode voltar ao Orçamento da Assembleia, como crédito suplementar”, declarou.

Disponibilidade

O Demonstrativo de Disponibilidade de Caixa divulgado pelo poder Legislativo informa que, ao fim do exercício financeiro de 2014, havia sobras de mais de R$ 25 milhões.

O valor acabou sendo reduzido em virtude da inclusão de restos a pagar no balanço financeiro, totalizando aproximadamente R$ 3,8 milhões.

Em 2014 o Orçamento Geral da Assembleia Legislativa foi de R$ 282.394.165,00, dos quais R$ 261.071.931,45 foram efetivamente realizados.

Para 2015, o Orçamento é de 317.583.855,00, mas se conseguir transformar o superávit de R$ 21.322.233,55 em crédito suplementar, o presidente Humberto Coutinho terá, então, R$ 56,5 milhões a mais que o seu antecessor para gerir a Casa.

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Um comentário em “Assembleia pode ter R$ 21 milhões a mais no Orçamento de 2015

  1. Amigos servidores da ALEMA me falaram dessa austeridade. Foi tamanha que Arnaldo bradava aos quatro ventos não ter dinheiro para reajustar os vencimentos dos cargos efetivos (servidores concursados) e dos estáveis. Até mesmo o sindicato deles alegava terem sido os servidores vítimas de um drible, pois havia uma promessa de aprovar as novas remunerações e a promessa não foi cumprida.

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