César Pires questiona novo pedido de empréstimo do governo Flávio Dino

O deputado César Pires (PV) criticou o projeto de lei 129/2019 em que o Governo do Estado pede autorização à Assembleia Legislativa para contrair um empréstimo no valor de R$ 623 milhões. Para o parlamentar, falta transparência na proposta que, se aprovada, vai gerar mais uma dívida milionária para a população maranhense.

“No projeto, em nenhum momento o governo informa qual será a instituição credora, qual o tipo de operação de crédito e sequer a taxa de juros que será paga pelos maranhenses. Apenas informa que vai pedir emprestado R$ 623 milhões para pagar precatórios, porque o Estado não está reservando mensalmente os recursos que deveria destinar ao pagamento desses débitos com organizações e pessoal”, destacou o deputado.

César Pires também questionou se, legalmente, o governo pode contrair empréstimo para pagar precatórios a pessoas. “Essa operação é vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E não há maiores informações sobre essa operação de crédito. Falta transparência do governo, e o Legislativo não pode dar uma carta branca para aumentar o endividamento do Estado”, enfatizou.

O deputado lembrou que o Fundo Estadual de Pensões e Aposentadorias (FEPA) já está deficitário, e que o atual governo também retirou R$ 150 milhões do Fundo de Benefícios (Funben) do servidor estadual.

“O governo já utilizou o dinheiro do FEPA e do FUNBEN, e também da EMARP. E agora está querendo pagar precatório com empréstimo, quando deveria ter recolhido um doze avos da receita corrente líquida para esse fim, e não o fez. Operação de crédito não vai resolver uma dívida que só cresce. Não podemos simplesmente aceitar essa situação”, finalizou.

Um comentário em “César Pires questiona novo pedido de empréstimo do governo Flávio Dino

  1. O que César Pires questiona faz sentido, a ALEMA não pode se furtar a descer aos pormenores de mais este malfadado empréstimo e suas consequências. Tudo tem que ser esmiuçado, sim, em todas as suas condicionantes. Afinal, é a população que vai arcar com o seu pagamento. Mas Dino em um belo e cativante discurso político de campanha em 2014, dizia que o MA não iria precisar mais disso, pois bastava o rico Estado do Maranhão se desvencilhar de uma oligarquia anacrônica, patrimonialista e que vivia mancomunada com uma elite empresarial, também patrimonialista, eternamente dependente dos bafejos do Governo, que sobraria dinheiro pra tudo. Rsrs

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