Justiça nega novo recurso e prefeita de Monção pode ser afastada do cargo

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) negou nesta semana, por unanimidade, provimento a um recurso interposto em agravo de instrumento pela prefeita de Monção, Klautenis Nussrala, mais conhecida como Cláudia Silva (PSDB), na ação que determinou a suspensão do cronograma de pagamentos de diversos contratos irregulares daquela Prefeitura, bem como estabeleceu a indisponibilidade dos bens da gestora municipal no valor de R$ 3,9 milhões.

Na prática, está mantida a decisão que impede a prefeita de continuar realizando pagamentos em contratos relativos a reforma de escolas, utilizando recursos do Fundeb, por conta de diversas irregularidades nos processos licitatórios que culminaram com as contratações das empresas denunciadas.

Com isso, a prefeita teve mais uma derrota no processo que pode determinar o seu afastamento do cargo. Um dos problemas que acabaram por deixar a gestora de Monção nessa demanda judicial foi a negociação fraudulenta mantido com a empresa A de M Araújo, que possui com a prefeitura de Monção, o Contrato nº 226/2019. O referido contrato teve seus pagamentos suspensos por decisão judicial, mas Cláudia Silva simplesmente desrespeitou a decisão da Justiça, realizando pagamentos e ainda turbinou os seus valores, através

Situação delicada

A situação da prefeita é extremamente delicada e há quem diga que ela deverá ser afastada dentro de pouco tempo. No mês de abril, o desembargador Jorge Rachid Maluf deferiu a liminar que bloqueou os bens da prefeita Cláudia Silva, numa decisão que também alcançou a secretária de Educação, Célia Costa dos Santos (reveja).

Elas continuam sendo investigadas pela Polícia Federal, sob suspeita de usar “alunos fantasmas” para inchar os dados do censo escolar e conseguir mais recursos do Fundeb. No despacho, o magistrado destacou que os documentos que instruem o processo são “fartos” e comprovam processos licitatórios irregulares para uso da verba federal. Ele também determinou a suspensão do cronograma de pagamento de todos os contratos com suspeitas de irregularidades.

“Os fartos documentos que instruem a inicial, onde se destaca a contratação de empresas através de processos de licitação irregulares desde o ano de 2017, a inserção do nome de pessoas no censo escolar, bem como a não execução de obras licitadas, são questões graves que evidenciam grande probabilidade da ocorrência de desvio de dinheiro público, evidenciando assim o risco da demora, em decorrência da possibilidade de manutenção de eventuais pagamentos indevidos pela administração municipal. Logo, é indispensável a suspensão do cronograma de pagamentos dos contratos mencionados na inicial da ação, de modo a impedir mais danos ao erário, cessando novos repasses até que o feito esteja mais bem instruído”, destacou o magistrado em seu despacho de abril.

De lá para cá, Cláudia Silva vem interpondo recursos e mais recursos, todos negados pela Justiça. Daí a possibilidade do Judiciário do Maranhão decidir pelo seu afastamento dentro de pouco tempo, de acordo com especialista em Direito Administrativo.

Outro lado

O Blog do Gilberto Léda procurou a Prefeitura de Monção, via Ouvidoria, e aguarda retorno.

2 pensou em “Justiça nega novo recurso e prefeita de Monção pode ser afastada do cargo

  1. Pura perseguição de Otelino Neto, pois seu pupilo o candidato sem votos chamado jeziel. Com letra minúscula mesmo. É pretenso prefeito ganhando no tapetão. Ocorre, que o povo de Monção aprova o governo de Cláudia com louvores. Pode até ter tido algum problema formal na licitação. Porém, o que importa mesmo que é a construção das escolas bem como, os reformas foram feitas. Pois é, se Otelino e jeziel gostassem de Monção não continuavam nessa saga de perseguições.

  2. Pingback: Juiz afasta prefeita de Monção por fraude com recursos do Fundeb - Gilberto Léda

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