Investigação contra Fernando Furtado esbarra no corporativismo da AL

fernandoUma nota oficial emitida pelo presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado Fábio Macedo (PDT), é a prova cabal de que os parlamentares utilizarão de corporativismo para livrar a pele do suplente de deputado  Fernando Furtado (PCdoB), formalmente denunciado por entidades ligadas aos direitos humanos após chamar índios de “bando de veadinhos” e atacar a Igreja Católica (reveja).

No comunicado emitido hoje (16), o pedetista diz “que até o momento não tramita nesta comissão, nenhuma representação de quebra de decoro parlamentar ou quaisquer denúncias que possam atentar contra a ética dos deputados desta Casa”.

É verdade.

As duas representações protocoladas contra Furtado – uma da lavra do grupo Gayvota e outra da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) junto com entidades ligadas à Igreja – estão na Mesa Diretora, e apenas após análise do presidente da Assembleia, deputado Humberto Coutinho (PDT), poderão (ou não), ser encaminhadas à Comissão de Ética.

Ao emitir nota informando que não há qualquer denúncia contra o comunista, portanto, Fábio Macedo apenas joga para a plateia, como se nada houvesse que depusesse contra Furtado.

Há!

As denúncias são gravíssimas.

O problema é que dependem de uma intrincada burocracia – criada por deputados, para proteger deputados – antes de ser efetivamente investigadas.

Até que se chegue a termo neste caso, então, é bem capaz que Fernando Furtado já nem no mandato esteja mais.

É o corporativismo em sua mais degradante versão…