O ex-prefeito de São Bento, Luiz Gonzaga Barros (PCdoB), reuniu pelo menos 2 mil pessoas, segundo aliados, em um ato realizado no sábado (23), apenas dois dias depois de ele deixar o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O comunista, que é pré-candidato a prefeito da cidade nas eleições deste ano, foi preso pela Polícia Federal, na terça-feira (19), durante a Operação Vínculos. Ele foi solto na quinta-feira (21) – reveja – e saiu da cadeia direto para organizar o evento político.
Segundo a Força-Tarefa Previdenciária, integrada pela PF, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e pelo Ministério Público Federal (MPF), Luizinho integrava um esquema que funcionava a partir da criação de pessoas fictícias e sua consequente contratação para prestação de serviços pela Prefeitura de São Bento na gestão Luizinho.
Depois disso, os “fantasmas” tinham suas mortes forjadas em um cartório em Palmeirândia – um ex-funcionário da serventia foi preso. A partir daí, supostos dependentes desses funcionários davam entrada em pedido administrativo de auxílio por morte, que era concedido com a conivência de um funcionário da Previdência – também preso na operação. Num dos casos, o pedido foi negado, mas a quadrilha conseguiu garantir o benefício na Justiça.
De acordo com as investigações foram identificados 11 desses casos e o prejuízo inicialmente identificado aproxima-se de R$ 1,5 milhão.
O comunista, que é pré-candidato a prefeito de São Bento – cidade que tentará administrar pelo terceiro mandato -, nega as acusações. Pessoas próximas garantem que houve falsificação de suas assinaturas e que, nos depoimentos, todos os outros envolvidos inocentaram o ex-prefeito.
O delegado federal Dhiego Job, no entanto, garantiu na semana passada que a participação do ex-prefeito de São Bento foi comprovada pelas investigações, bem com a de escritórios de contabilidade, um cartório e um escritório de advocacia.
“Nós comprovamos o envolvimento do ex-prefeito de São Bento, responsável por firmar esses contratos de prestação de serviço com essas pessoas inexistentes, escritórios de contabilidade que prestavam serviço para a Prefeitura de São Bento, um ex-tableião do cartório de Palmeirândia foi o responsável pela emissão das certidões de óbito desses 11 benefícios”, declarou.
Será esse o tipo de politico que queremos? Acorda povo de São Bento.