Max Barros consegue criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Terrenos Interiores da Ilha

Com votação unânime do Plenário, a Assembleia Legislativa aprovou, na manhã desta terça-feira (23), o Projeto de Resolução Legislativa nº 010/2013, de autoria do deputado Max Barros (PMDB), que cria a Frente Parlamentar em Defesa dos Terrenos Interiores da Ilha de São Luís.

foto5Ao fazer a defesa do projeto na tribuna, o deputado Max Barros afirmou que esta Frente Parlamentar fará uma grande mobilização para fazer valer a Emenda Constitucional N° 45, aprovada em 2005 pelo Congresso Nacional, que transferiu a propriedade das Ilhas Costeiras da União para os Estados.

Segundo Max Barros, a Superintendência de Patrimônio da União (SPU) no Maranhão, diferentemente do que acontece em Florianópolis (SC) e Vitória (ES), insiste em descumprir a lei ao afirmar que as glebas Itaqui-Bacanga, Tibiri/Pedrinhas e Rio Anil permanecem sendo de propriedade da União e, portanto, continua cobrando o laudêmio e o foro.

“O Congresso aprovou que a Ilha Costeira não era mais da União, e sim do Estado. Por isto, apresentei uma Emenda à Constituição do Maranhão, que foi aprovada por unanimidade, que assegura que essas terras que vieram a ser do Estado passavam automaticamente para as pessoas que já ocupavam essa propriedade”, explicou.

De acordo com Max Barros, é um absurdo que o parecer jurídico do SPU valha mais do que uma Emenda Constitucional. “Representei junto ao Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual entrou também com uma ação civil pública, foi julgada a liminar em primeira instância dando direito aos moradores da Ilha de São Luís, foi julgado o mérito e a União perdeu em todos. Só que como ainda não transitou em julgado, ou seja, ainda cabe recurso, eles não querem implantar”, frisou.

sao-luis_782882122Para Max Barros, quando a SPU diz que está  regularizando a questão fundiária em São Luís é um engodo, pois pode até estar diminuindo ou isentando o pagamento dos foros ou do laudêmio, mas não está dando o título de propriedade porque a propriedade continua com a União.

“Hoje, em termos de Brasil, já não se fala mais dos terrenos interiores. O que os outros estados já estão lutando é para extinguir o terreno de marinha, porque já não faz mais sentido, uma vez que essas áreas tinham um sentido de defesa, à época do Brasil Colônia”, assinalou o deputado, na tribuna.

“Então, eu peço a esta Casa, que já teve um papel muito forte na aprovação da Emenda Constitucional, que tirou as Ilhas Costeiras da União, que se engaje nessa Frente Parlamentar para que se acabe com esse abuso de cobrar foros e laudêmio e não titularizar aquelas pessoas que moram na Ilha de São Luís, particularmente nas Glebas Tibiri/Pedrinhas, Itaqui/Bacanga e Rio Anil’, propôs Max Barros.

Durante seu discurso, Max Barros ganhou, em apartes, manifestações de apoio dos deputados Manoel Ribeiro (PTB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Magno Bacelar (PV), Zé Carlos (PT), Hélio Soares (PP), Jota Pinto (PEN), Gardênia Castelo (PSDB) e Eliziane Gama (PPS).

Jornalismo maranhense e falta de companheirismo

Lamentável – para dizer o mínimo – o posicionamento de alguns jornalistas do Maranhão no episódio do reajuste do auxílio moradia aos deputados estaduais maranhenses.

De uma hora para a outra, simplesmente porque dois dos parlamentares reagiram às reportagens exibidas na TV Mirante, chamando os profissionais da emissora da “picaretas”, alguns colegas esqueceram o ponto central do debate.

Como encontraram uma chance de criticar a “TV do Sarney”, reforçaram os discursos de Tatá Milhomem (PSD) e Manoel Ribeiro (PTB) e amplificaram a tentativa de desqualificação.

Esquecem os nobres colegas, que, digam o que disserem os parlamentares, será sempre o discurso de quem mora em São Luís e mesmo assim recebe R$ 2.850,00 de auxílio moradia, contra o de quem (no caso a TV Mirante) mostrou esse absurdo ao país inteiro.

Ou seja: ao ajudar a atacar a Mirante, esses jornalistas mostram que pouco se importam com a denúncia em si. Não dão a mínima se o trabalhador comum “rala” o mês inteiro para receber R$ 678,00, enquanto Tatá Milhomem e Manoel Ribeiro, que já recebem R$ 21 mil por mês, ainda recebem quase R$ 3 mil para ajudar a pagar o “aluguel” de uma casa que já é deles.

Nada disso importa. Porque o caso veio à tona devido a uma reportagem da “TV do Sarney”, então não pode.

Mas, se chega a doer no coração a falta de companheirismo em momentos como esse, é um alento poder saber, desde já, com quem se pode contar (e com quem não se pode) quando a coisa ficar séria de verdade.

Em SP, MP agiu e Justiça suspendeu pagamento de auxílio moradia a deputados

plenárioO juiz da 13.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Luís Manuel Fonseca Pires, determinou em fevereiro deste ano, a “imediata suspensão” do pagamento de auxílio moradia a todos os 94 deputados estaduais daquele estado, ao julgar ação civil do Ministério Público do Estado. A informação é do Estadão (veja).

“Há ofensa ao princípio da legalidade na medida em que o artigo 1.º da Lei 14.926 não se mostra suficiente, logo, é inconstitucional, a justificar o pagamento indiscriminado desta verba porque não há qualquer suporte fático à indenização”, decidiu o magistrado.

Fonseca Pires argumentou à época que “não há suporte fático porque inexiste diferença entre o parlamentar que reside em imóvel próprio ou alugado, próximo ou distante da Assembleia Legislativa, como ainda não há o condicionamento do pagamento à comprovação de gastos com a moradia”.

No Maranhão, este blog revelou no início da semana que a Assembleia Legislativa não apenas paga a regalia a 41 dos 42 deputados estaduais – o deputado Bira do Pindaré (PT) abriu mão de receber o auxílio -, como a reajustou para R$ 2.850,00.

A revelação mexeu com os brios dos parlamentares, que passaram a atacar a imprensa (veja aqui e aqui).

Seria bom que o caso paulista mexesse também com os brios do Ministério Público do Maranhão…

AL discutirá Estatuto do Educador e mediará acordo para evitar greve

othelinoA Assembleia Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (18), requerimento de autoria do presidente da Comissão de Administração Pública, deputado Othelino Neto (PPS), que propõe uma audiência pública, que já acontecerá na próxima segunda-feira (22), às 9h, no Plenarinho, para discutir o impasse sobre o projeto do Estatuto do Educador.

Outro objetivo será mediar um acordo entre o Executivo e representantes de professores do Estado para evitar a greve geral, marcada para terça-feira (23) e motivada por desentendimentos relativos a mudanças no texto que regulamentará as atividades da categoria.

A Comissão de Administração Pública, Seguridade Social e Relações do Trabalho convidou para a audiência pública o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro; os secretários estaduais de Educação, Pedro Fernandes; de Gestão e Previdência, Fábio Gondim; de Planejamento e Orçamento, Roberto Bringel, e o promotor da Educação, Paulo Avelar.

A primeira pauta tratará sobre o Estatuto dos Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Ensino, unificado com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Segundo Júlio Pinheiro, as diversas reuniões realizadas, em 2012, com técnicos e o ex-secretário de Educação, João Bringel, criaram expectativas na categoria pelo posicionamento do próprio então auxiliar de governo, que se comprometeu, à época, em encaminhar a proposta ao Legislativo desde o ano passado, o que não aconteceu.

“Depois de quatro meses mantendo o Estatuto engavetado, o governo do Estado chamou o sindicato para apresentar uma proposta diferente da que foi negociada com a entidade”, explicou o presidente do Sinproesemma.

O dirigente disse que as últimas alterações feitas no projeto do Estatuto, sem a participação do sindicato, comprometeram o sentido da proposta negociada e levaram os trabalhadores à aprovação, em assembleias regionais, de greve por tempo indeterminado, a partir do próximo dia 23 de abril. “As modificações realizadas no Estatuto acabaram causando revolta na categoria, que decidiu aprovar greve geral”, explicou Júlio Pinheiro.

(As informações são da Agência AL)

Após escândalo do auxílio-moradia, deputado chama imprensa de “picareta”

milhomemO deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) desistiu hoje (18) de tentar debater com seriedade o pagamento de auxílio-moradia de R$ 2.850,00 aos parlamentares maranhenses.

Em discurso rápido na tribuna da Assembleia Legislativa, ele preferiu atacar a imprensa, que revelou o valor da regalia – reajustada esta semana – e chamou jornalistas de “picaretas”.

“Não podemos coexistir com esta picaretagem que está ocorrendo por alguns órgãos de imprensa”, declarou.

Nesse caso, melhor perguntar aos leitores: quem é picareta nessa história?

Extinção

O presidente da Casa, deputado Arnaldo melo (PMDB), segue argumentando que a decisão local foi tomada com base em resolução da Câmara dos Deputados. Ele admite que não há obrigação de que as assembleias sigam à risca o que determinam os deputados federais em termos administrativos, mas argumenta que a maioria da AL decidiu por reajustar o auxílio e as verbas de gabinete.

“Essa é uma Casa da maioria e a maioria quer assim. Se algum deputado quiser apresentar um projeto para extinguir o auxílio, levaremos o assunto ao debate. mas, repito, a decisão é sempre da maioria”, ressaltou.

Resta saber quem será o primeiro a propor o fim do penduricalho.

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Após aumento de verbas, deputados reagem à imprensa

Deputados aumentam auxílio-moradia para R$ 2,8 mil por mês

Após aumento de verbas, deputados reagem à imprensa

plenarioA revelação feita por este blog de que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa publicou ontem (16) resolução administrativa para aumentar os valores da “Ajuda de Moradia”, da “Verba Indenizatória de Exercício Parlamentar” e da “Verba Indenizatória de Ajuda de Gabinete” (leia aqui) provocou reações de deputados contra a imprensa.

O primeiro deles foi Stênio Rezende (PMDB). Ao ser abordado por uma equipe da TV Mirante que foi à Casa apurar o caso, ele não quis falar e ainda colocou a mão sobre a lente da câmera.

Já o deputado Manoel Ribeiro (PTB) – que disse achar justo o pagamento de auxílio-moradia porque ele possui 18 imóveis – afirmou que a AL virou “caixão de pancada” da Globo e criticou os jornalistas por não denunciar, por exemplo, auxílio igual instituído no TCE – sobre isso, meus leitores podem falar por mim.

“Acho justo porque todos os Poderes têm. O Tribunal de Justiça tem, o Judiciário tem, por que eles não falam do Judiciário? O Tribunal de Contas tem. E a Assembleia Legislativa é o caixão de pancadas da Globo agora, meus senhores?”, questionou.

E ainda mandou um recado desaforado aos jornalistas. “Aqui fica o recado para aqueles que têm raiva do Poder Legislativo. Um aviso: na ditadura, vocês não estariam aqui”.

Nem Vossa Excelência, deputado Manoel Ribeiro. Já que sua presença em plenário se deu por eleição direta e democrática, algo impensável numa ditadura.

Deputados aumentam auxílio-moradia para R$ 2,8 mil por mês

moradiaA Mesa Diretora da Assembleia Legislativa publicou ontem (16) resolução administrativa para aumentar de R$ 2,2 mil para R$ 2,85 mil o valor da “Ajuda de Moradia” aos deputados estaduais maranhenses.

Na mesma resolução, de nº 383/2013, aumentam-se, também, os valores da “Verba Indenizatória de Exercício Parlamentar”, de R$ 15 mil para R$ 16.261,95; e da “Verba Indenizatória de Ajuda de Gabinete”, de R$ 17.894,67 para R$ 19.400,16. Total dos reajustes: R$ 3.417,44.

Curiosamente, a medida é tomada pouco mais de um mês após os parlamentares extinguirem, na base da pressão, o 14º e o 15º salários. Com aquele corte, cada deputado saiu perdendo aproximadamente R$ 42 mil por ano.

Agora, sabe o caro leitor quanto cada um recupera anualmente com os reajustes propostos pela mais nova resolução?

Acertou quem disse R$ 41.009,28. (Basta multiplicar os R$ 3.417,44 que receberão a mais por 12.

Apesar disso – e de este blog já haver antecipado que, com o fim dos dois salários extras, os deputados seriam compensados de outra fora (reveja) , o presidente da Assembleia, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), garante que os fatos não têm qualquer relação.

“O que fizemos foi adequar os valores ao que é praticado na Câmara dos Deputados. Nossos subsídios e auxílios correspondem a 75% do que é pago lá. Como eles reajustaram essas três verbas, nós também reajustamos aqui”, disse.

Então tá.

Em tempo: ainda teve deputado que achou pouco e reclamou numa reunião de líderes. Mas isso é assunto para outro post.

Cadê os 6% dos servidores da AL, Arnaldo Melo?

Arnaldo-Melo2Servidores da Assembleia Legislativa do Maranhão estão revoltados com o presidente da Casa, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB).

Eles cobram do peemedebista a concessão de reajuste de 6% nos salários – na verdade, nem reajuste é, porque trata-se apenas de reposição de perdas inflacionárias.

O benefício já foi concedido pelo Governo do Estado, pelo Tribunal de Justiça e pelo Ministério Público. Nos três casos, o pequeno aumento salarial ainda precisa ser aprovado pela própria AL.

O que só faz aumentar a responsabilidade de Arnaldo Melo com os funcionários da Casa.

TSE aprova alteração da composição das bancadas na Câmara

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou agora à noite, por maioria de votos, a alteração da composição das bancadas dos Estados na Câmara dos Deputados.

O julgamento ainda não terminou, mas quatro ministros já se manifestaram a favor da proposta. Um votou contra.

A Petição (PET) 95457, que está em discussão, é de autoria da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que pede a redefinição do número de deputados federais por Unidade da Federação e, como consequência, a adequação da composição das Assembleias Legislativas e da Câmara Distrital. A mudança deve atingir 13 das 27 unidades da federação.

De acordo com Marco Aurélio Mello, oito estados perdem representação: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; os que ganham, segundo o ministro, são Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pará e Santa Catarina. São Paulo mantém o mesmo número de parlamentares.

Othelino cobra fiscalização do Ibama contra desmatamentos no Maranhão

othelinoO deputado estadual Othelino Neto (PPS) cobrou do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta terça-feira (9) ações de fiscalização contra desmatamentos que vêm acontecendo na Amazônia Legal do Maranhão.

Segundo o parlamentar, 72% das florestas do Maranhão já foram desmatadas e,  em contrapartida,  a fiscalização diminuiu.

“Percebe-se que, por alguma razão que não foi explicada ainda, a fiscalização por parte do Ibama, nos últimos dois anos, se reduziu bastante. Não percebemos mais aquelas operações realizadas em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e com a Polícia Federal, que faz o trabalho de inteligência para identificar de que forma e quem está beneficiando o comércio ilegal de madeiras. Temos observado que essas ações deixaram de acontecer”, assinalou Othelino Neto.

Para o popular-socialista, o pior impacto disso se percebe na qualidade de vida das pessoas. Nas cidades onde mais se desmatou, os indicadores sociais são piores do que nas demais.

“Fica provado que o desmatamento, em especial o ilegal, não promove distribuição de renda. Ele causa, ao contrário, um grande desequilíbrio ambiental e provoca também pobreza em cidades. Posso dar o exemplo aqui de Amarante do Maranhão, que tudo que tinha de floresta foi desmatado. Só ficou a área indígena com muito mais dificuldade. A cidade hoje vive, praticamente, da renda que circula do Bolsa Família, de aposentados e de funcionários públicos da ativa”, comentou Othelino.