Sobrou até para Flávio Dino em protesto anti-Dilma no Maranhão

Depois de classificar de “golpe” os movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff (PT) – reveja -, o governador Flávio Dino (PCdoB) foi alvo de duras críticas dos manifestantes que foram às ruas neste domingo (16) em São Luís.

Na Avenida Litorânea, o médico Allan Garcês discursava quando pediu respeito ao comunista – em quem declarou voto -, e emendou: “Não somos golpitas”.

“O governador do Estado do Maranhão chamou o povo maranhense de golpista. Ele disse que o que a gente tá fazendo hoje aqui é um golpe […]. A gente tá aqui pelo amor que a gente tem pelo país. A gente tá aqui por causa dessa corrupção que tá acabando com a família brasileira. A gente não é golpista, governador. Nós somos cidadões (sic!) brasileiros”, declarou.

O profissional criticou a ofensa proferida pelo governador.

“Você respeite, principalmente, o maranhense que votou em você e que hoje você chama de golpista. Eu mesmo digo: eu votei no senhor, Flávio Dino. E mandei muitos colegas meus, médicos, incentivei a votar no senhor. E nós não somos golpistas. Nós somos trabalhadores”, completou.

Veja a íntegra do discurso no vídeo acima.

Artilharia

Nas redes sociais, a artilharia anti-Dilma também se voltou com força para Flávio Dino.

Na sua página pessoal no Facebook, o governador comentou as manifestações, e avaliou que elas, agora, são insuficientes para levar ao impeachment. E defendeu “Justiça Fiscal” para justificar a criação de mais impostos.

Os comentários, em sua esmagadora maioria, não foram os mais afáveis.

Veja alguns:

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No MA, Dilma diz que crise é temporária e manda recado à classe política

A presidente Dilma Rousseff (PT) mandou uma espécie de recado à classe política, hoje (10), ao falar sobre a crise econômica por que passa o Brasil.

No Maranhão pra a entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida e inauguração do Tegram, ela disse que a crise é “uma situação temporária”.

“Essa é uma situação temporária e vai passar rápido. É uma travessia e não estamos parados”, disse a presidente.

Para emendar em seguida, claramente dirigindo-se à classe política e ao que classificou como “torcida do quanto pior, melhor”.

“Quanto pior, melhor. Mas melhor para quem? Pensem primeiro nele [no Brasil], depois nos seus partidos e em seus projetos pessoais”, completou.

Em meio à crise econômica, Dilma passa também por problemas com a base no Congresso. Ela tem encontrado dificuldade para aprovar projetos de interesse do Executivo, e também para barrar as chamadas “pautas bomba”.

O recado, portanto, tem endereço certo.

Flávio Dino assume defesa de Dilma Rousseff temendo Sarney

dilmaNão é só por companheirismo à presidente Dilma Rousseff (PT) que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem assumido a frente da defesa institucional do mandato da petista – para usar o termo de que ele tanto gosta.

O comunista sabe que uma possível queda da presidente, em caso de impeachment, seria o passo inicial para o fortalecimento do seu principal adversário político, o senador José Sarney (PMDB).

Explica-se: se Dilma for declarada impedida de governar, ao contrário do que pensam alguns incautos, não é Aécio Neves (PSDB) – segundo colocado na eleição de 2014 – quem assume. Mas o vice-presidente, Michel Temer, que é do PMDB.

Com os peemedebistas no poder, Sarney volta a uma posição privilegiada no plano federal.

E Flávio Dino tem a exata noção disso.

Por isso, tem passado os últimos dias a elaborar teses nas redes sociais sobre golpes e afins, sobre a legitimidade do mandato de Dilma e sobre a suposta ilegalidade de uma queda, neste momento.

Assim, além de avaliar estar ajudando a presidente, ele ainda ganha pontos com ela, por aceitar defendê-la num momento em que o que mais se quer é distância.

Flávio Dino defende Dilma Rousseff; mas é desmentido por Alckmin em BSB

dinoO governador Flávio Dino (PCdoB) foi o único dos representantes dos estados a comentar ontem (30), após reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), a possibilidade de impeachment da petista.

Em entrevista coletiva após o evento, ele afirmou que os governadores concordaram em fazer a defesa da “estabilidade institucional” do mandato da presidente. Mas foi desmentido pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

“Existe uma preocupação conjunta, em primeiro lugar, com a agenda política. Primeiro, a defesa clara e inequívoca da estabilidade institucional, da ordem democrática, do Estado de Direito e contra qualquer tipo de interrupção das regras constitucionais vigentes. Portanto, defendemos a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff”, declarou o comunista (leia mais).

alckminAlckmin, no entanto, também em coletiva, garantiu que “isso [a defesa institucional do mandato da presidente] não foi tema da reunião nem está em discussão”.

O tucano negou, a existência de suposta “preocupação conjunta”.

“Não há nenhuma discussão em relação a isso [o mandato da presidente]. Nós defendemos o quê? Investigação, investigação, investigação e cumprir a Constituição. Nosso dever é cumprir a Constituição”, ressaltou.

Desde a reunião de governadores do Nordeste com Dilma, Dino vem-se manifestando contra qualquer possibilidade de impeachmant (reveja).

Também ontem, nas redes sociais, ele já havia postado: “Ninguém é obrigado a gostar do governo. Mas é esse que foi eleito, é legítimo e tem um mandato de 4 anos, até novo julgamento nas urnas”.

Fábio Gondim será secretário de Saúde do DF, diz jornal

Fabio-Gondim-110211Ex-secretário de Planejamento e ex-secretário de Gestão e Previdência do Governo do Maranhão, na gestão Roseana Sarney (PMDB), Fábio Gondim (PT) será anunciado hoje (23), às 15h, como novo secretário de Saúde do Distrito Federal.

A informação é do Correio Braziliense.

Segundo a publicação, a escolha de Fábio Gondim passa por uma tentativa de Rollemberg de apostar na melhora dos processos de compra da secretaria de Saúde e de combater o corporativismo na pasta.

Será a primeira vez que a secretaria de Saúde do DF será comandada por alguém que não é médico.

ALÔ, JEAN WYLLYS! Assaltante é atropelado e espancado no Paraná

O deputado federal Jean Wyllys bem que poderia se manifestar sobre os “psicopatas” paranaenses também.

Na sexta-feira (10), uma turba deles se reuniu para espancar um assaltante que tentou fugir do local do crime numa moto.

Repare nas imagens que ele foi, inicialmente, atropelado por uma testemunha do assalto. O atropelador era um frentista do posto, que acabara de ser assaltado. O funcionário pegou o carro de um cliente para atingir o bandido.

Depois que o assaltante caiu no chão, várias pessoas se aglomeram e o agridem com socos e pontapés.

O caso ocorreu em Maringá.

Eleitores de municípios maranhenses que deram mais de 80% dos votos à presidente se dizem arrependidos

De O Globo

globoA popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou em povoados pobres do Maranhão, onde, há apenas oito meses, ela obteve mais de 80% dos votos válidos no segundo turno da eleição. A crise econômica, o descumprimento de promessas de campanha e a corrupção na Petrobras revelada pela Operação Lava-Jato são criticados por moradores em conversas em frente a casebres de barro e telhados de palha.

O descontentamento é explicitado também nas casas de produção artesanal de farinha, onde famílias e pequenos produtores tiram da mandioca seu alimento básico.

Reações de decepção e revolta foram registradas em cinco municípios: Igarapé do Meio, Pindaré-Mirim, Alto Alegre do Maranhão, Rosário e Olho D’Agua das Cunhãs. Em todos, Dilma obteve votação avassaladora no segundo turno: 89,06%, 87,22%, 85,44%, 87,58% e 88,23%, respectivamente.

Basta abordar os moradores para ouvir as críticas. Jerônimo Nogueira, de 53 anos, pequeno produtor rural de Alto Alegre do Maranhão, a 250 quilômetros de São Luís, diz-se “arrasado” com a situação do país. Em sua propriedade de 50 hectares, ele produz mandioca, milho, feijão e arroz e tem um pequeno rebanho de 15 vacas.

— A situação está muito difícil. A gente produz e não consegue vender. A presidente poderia cuidar da população, mas fica brigando por poder — afirmou Jerônimo.

O GLOBO localizou dois empregados diaristas na casa de farinha do agricultor Luiz Pinto, de 68 anos. Todos os elos da cadeia produtiva reclamavam da situação do país. Um dos empregados, Manoel Rodrigo do Nascimento, de 32, que recebe R$ 15 por saco produzido, queixou-se da conta de luz. Disse que tem uma geladeira pequena, uma TV “que só pega na pancada” e ventilador, e que pagou R$ 88 este mês:

— Quem trabalha não tem valor — deduziu.

O dono da casa de farinha, que fica com 10% da produção, afirmou ter mais de 20 sacos estocados sem comprador.

Raimundo Alves, de 64, tem uma casa de farinha em Igarapé do Meio (a 162 quilômetros de São Luís) também usada por pequenos produtores locais. Ao mostrar seu estoque de farinha sem comprador, disse que começou a vender fiado. Em relação à presidente avalia que ela “se perdeu” e que a corrupção é a principal causa dos problemas.

No pequeno povoado de Telêmaco, no município de Olho Dágua das Cunhãs, a 287 quilômetros de São Luís, o vaqueiro Raimundo Nonato Rodrigues, de 42 anos, acompanha as notícias pela TV. Ele disse que não entende por que tudo desandou de repente:

— Eu me sinto traído. Dilma apontou um rumo durante a campanha e mudou tudo depois que ganhou a eleição. (…) Se a presidente se candidatar outra vez vai sofrer uma derrota muito grande no Maranhão.

Segundo o vaqueiro, Dilma é vista no povoado como corresponsável pelo desvio de dinheiro da Petrobras, por não ter impedido o desvio.

— O roubo na Petrobras foi uma falta de vergonha dos políticos. Sou pai de família e meus filhos ficariam envergonhados se eu fizesse algo errado. O país está envergonhado — disse o lavrador Antônio Ferreira Cruz, de 37 anos, do povoado de Telêmaco.

Continue lendo aqui.

Lava-Jato: Roseana ofereceu dados telefônicos à Polícia Federal

depoimentoO Bom Dia Brasil de hoje (8) informou em reportagem sobre a Operação Lava-Jato que  “a Polícia Federal quer ainda acesso a dados telefônicos de [Edison] Lobão e Roseana [Sarney]”.

Ex-diretora da Petrobras, Paulo Roberto Costa afirma ter destinado R$ 2 milhões à campanha da ex-governadora, em 2010, por meio de Lobão. E diz que o doleiro Alberto Youssef teria entregue o dinheiro, embora o próprio doleiro negue.

Ocorre que, especificamente no caso de Roseana, se quiser mesmo acesso aos dados telefônicos da peemedebista, a PF sequer precisa oficiar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 19 de maio, ao prestar depoimento aos federais, em Brasília, a ex-governadora ofereceu acesso irrestrito aos seus extratos telefônicos referentes ao período das investigações.

Declarou Roseana Sarney “que autoriza o acesso aos extratos telefônicos dos terminais em seu nome, no período de 2009 a 2011, ou por ela utilizado enquanto governadora”.

Durante o depoimento, ela forneceu o número do telefone usado nesse período…

Políticos do MA recebem R$ 160 mil de aposentadoria parlamentar

O Congresso em Foco divulgou hoje uma lista de todos os deputados (ou ex-deputados) e senadores (ou ex-senadores) que recebem aposentadoria parlamentar.

Na lista do site, há 11 representantes (ou ex-representantes) do Maranhão, entre eles João Castelo, Nan Souza, Jaime Santana, Freitas Diniz e Costa Ferreira.

No total, o contribuinte paga a estes maranhenses, todo mês, mais de R$ 160 mil a título de aposentadoria.

Veja abaixo a lista completa dos maranhenses.

Clique aqui para ver a lista integral do Congresso em Foco e entenda por que essa turma toda recebe o benefício.

João Castelo28.766,13PDS-MA
Magno Bacelar26.740,34PDT-MA
José Ribamar Machado17.556,79PDS-MA
Jayme Santana17.556,79PSDB-MA
Costa Ferreira17.556,79PSC-MA
Freitas Diniz13.167,60PT-MA
Enoc Vieira13.167,60PFL-MA
Haroldo Saboia12.070,29PT-MA
José Carlos Saboia9.875,69PSB-MA
João Rodolfo8.778,39PPR-MA
Nan Souza8.778,39PFL-MA

Em tempo: Por um descuido, o blog deixou de incluir na lista três representantes do Maranhão. São eles Luis Fernando Freire (R$ 10.972,99), Remi Trinta (R$ 8.778,39) e Wagner Lago (R$ 8.778,39)

Lava Jato: investigação contra Roseana é “escândalo”, aponta advogado

E MONÓLOGO JÁ É PROVA?

A investigação contra Roseana na “lava jato” é que é um escândalo

Marcos Coutinho Lobo, advogado

Vi – e acho que estão muito boas – as peças produzidas pelo Kakay em defesa do arquivamento da investigação contra Roseana Sarney na “Lava Jato”.

roseanaNão obstante, arranjei um tempo para ver e ouvir com mais atenção e cuidado o vídeo e ler a última peça do Kakay.

Encontrei algo – para mim – ABSOLUTAMENTE ESCANDALOSO.

É que em determinada parte do arremedo de depoimento o Paulo Roberto afirma que – sem ser chamado – foi até onde Roseana se encontrava e “(…) TEVE ESSE DIÁLOGO MONÓLOGO (…)”.

Veja-se a transcrição do depoimento do Paulo Roberto feita pelo pessoal do Kakay: “– Eu… Agora que tô, tô tentando me lembrar aqui. Acho que foi num determinado momento do almoço que ela tava lá num canto, eu fui lá e teve esse diálogo “monólogo”, praticamente, aí com ela. Não foi na frente de todo mundo não.”.

Friso: foi exatamente isso que também ouvi, com todas as letras, quando assisti ao vídeo.

Ora, se Paulo Roberto fez o monólogo “tá tudo certo, tá tudo certo?”, parece claro que falou sozinho, ou simplesmente ele não sabe o que é um monólogo.

Mais: Paulo Roberto demonstra na fala que naquele momento é que teve lembrança de detalhes, a saber: deslocou-se até onde estava Roseana sem ser chamado e fez o tal monólogo.

O que eu entendi – e essas são as palavras do Paulo Roberto – é que ele foi até onde não foi chamado – “lá num canto” – e indagou “ta tudo certo?”, não ouviu nem sim nem não, e por ai encerrou o monólogo, a “conversa sozinha”.

Diante dessa afirmação, o mínimo que o procurador que interrogava deveria ter indagado era se Paulo Roberto sabia o significado da palavra monólogo. Como não o fez, ou não sabe o significado, ou simplesmente ignorou porque o objetivo do interrogatório era incluir Roseana na “Lava Jato”.

Além de todas as manifestas provas de desvirtuamento feito pelo Ministério Público do depoimento errático de Paulo Roberto – como bem apresentadas pelo Kakay – este fato que ora apresento é a prova escandalosa de interesse de incriminar Roseana de qualquer jeito.

Diz-se isso porque é de se presumir que os procuradores da “Lava Jato” têm suficiente instrução para conhecer o significado da palavra monólogo e, Paulo Roberto, pelas demonstrações de erudição que tem demonstrado quando trata de gestão pública, reforma política e tantos outros assuntos, certamente, também sabe o significado da palavra monólogo.

Entendo que isso deve ser “denunciado” nos autos, sobretudo porque vejo ai indícios contundentes de uma trama que deve ser denunciada e investigada. Basta recordar que o Juiz Moro – antes mesmo de compartilhar provas com CPI e dar acesso a parte das provas da investigação aos advogados de defesa – compartilhou com o Governo do Estado do Maranhão, atualmente na gestão de adversários políticos de Roseana, e “fez de tudo” para que o relator devolvesse para ele o processo que chegou a tramitar no STJ contra Roseana.

O que pode estar por traz disso? Eis uma boa pergunta republicana.

E a investigação deve continuar? Segundo a Constituição da República – tão desmerecida nesses tempos de “Lava Jato” – e a considerar o tal “monólogo”, sequer deveria existir. É que a presunção de inocência ainda não foi extirpada da Constituição, embora pareça ser a regra nos processos da “Lava Jato”.

Ainda há juízes no Brasil? Quando existiam, e ainda acho que há, não se abria investigação criminal quando ausente indício cabal de autoria ou prova da materialidade do delito e, monólogo, não preenche esses requisitos legais.

Quiçá o monólogo já é prova e eu não sei.

Bem, mas isso aqui é só um monólogo de um advogado que deve estar desatualizado das novas regras vigentes na República Federativa do Brasil.

E, antes que eu esqueça, no meu tempo – que não é mesmo tempo da “Lava Jato” – habeas corpus era o remédio para esses males.