Sousa Neto aciona direção nacional por saída do PTN de bloco de apoio a Coutinho

De O Estado

sousaO deputado estadual eleito Sousa Neto (PTN) informou ontem, em entrevista a O Estado, que deu uma espécie de ultimato à direção nacional do partido: ou o comando determina a saída da legenda de um bloco formado com PSDC, PSC, PV e DEM – em apoio à candidatura de Humberto Coutinho (PDT) à presidência da Assembleia Legislativa – ou ele pedirá desfiliação.

“Espero até sábado para receber uma decisão final da Diretório Nacional sobre isso”, anunciou.

Neto reclama que não foi consultado sobre a formação do bloco e acusa o deputado reeleito Alexandre Almeida de haver confirmado a presença do PTN sem a sua anuência.

“Criaram um bloco, e eu digo criaram porque eu não fui consultado, apesar de ser do PTN, com PSDC, PSC, PV, PTN e DEM. Nesse quesito de composição de bloco eu não fui consultado em nada. Só fui comunicado, depois de confirmada a composição”, garantiu.

A O Estado, o deputado Alexandre Almeida disse, por telefone, estar em uma reunião quando acionado. Até o fechamento desta edição ele não havia retornado a ligação.

Sousa Neto acrescenta que ele e Almeida foram eleitos na base da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) – que apoiou o senador Edison Lobão Filho (PMDB) na campanha para o Governo do Estado – e que, portanto, o PTN deve fazer parte da oposição.

“O posicionamento do PTN hoje, em relação ao governo é de oposição. Não podemos, então, chancelar a candidatura a presidente do indicado pelo governador Flávio Dino”, completou.

Ele afirmou que formalizou uma manifestação de protesto à direção nacional da sigla.

“Comuniquei a direção nacional do PTN do meu protesto sobre essa atitude que o deputado tomou, sem me consultar, de colocar o partido num bloco de governo, se chamando de bloco independente, e me colocando numa situação desagradável porque eu sou oposição e não compactuo com isso”, finalizou.

Sousa Neto declara voto em Andrea Murad

sousaO deputado estadual eleito Sousa Neto (PTN) quebrou o silêncio hoje (27) e, por meio de postagem em sua página pessoal no Facebook, declarou que votará em Andrea Murad (PMDB) para presidente da Assembleia Legislativa.

A peemedebista lançou-se candidata na semana passada, como forma de protesto à debandada de parlamentares eleitos pelo grupo da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), mas que já aderiram a Humberto Coutinho (PDT), candidato do governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo comando da Casa.

Sousa Neto justificou seu posicionamento alegando que o modelo de Flávio Dino é o mesmo do seu principal opositor na cidade de Santa Inês, o prefeito Ribamar Alves (PSB).

“Posicionei-me publicamente contra o projeto político liderado por Flávio Dino, pois é o mesmo pregado pelo PSB e que fracassou em Santa Inês, minha principal base eleitoral”, escreveu.

Ele citou, ainda, o “simbolismo” da candidatura de Andrea Murad.

“Em respeito aos 48.118 eleitores que confiaram nas minhas propostas, serei um parlamentar de oposição a partir de 1º de fevereiro. E como tal, também defendo o fortalecimento da Assembléia Legislativa como poder independente e atuante, como fiscalizador dos atos do Executivo e sempre em defesa dos interesses da população. E é com esse posicionamento que votarei em Andrea Murad para a presidência da Assembléia, pelo simbolismo da sua candidatura”, completou.

Veja acima a íntegra da declaração do deputado.

Em resposta a Joaquim Haickel, Andrea Murad se diz vítima de machismo

Política ultrapassada, reações enérgicas

Por Andrea Murad

Caro Joaquim,

Tenho em você uma referência importante e sempre estou atenta às suas declarações opinando sobre os passos que tenho dado neste início da minha carreira como parlamentar. Confesso que, quando anunciei essa candidatura, já imaginava que viria algum comentário seu. Respeito a sua opinião, mas penso diferente. Agradeço a sua preocupação, mas vou aproveitar pra falar à todos que pensam que, por eu ser mulher e filha de político, sempre vou tomar decisões influenciadas pelo meu pai, Ricardo Murad. Está na hora da nossa classe política parar com esse pensamento machista de achar que uma política, por ser mulher, sempre tem um homem mandando por trás. Isso é um engano, eu, por exemplo, tomo as minhas decisões de acordo com as minhas vontades. De fato, tenho muito respeito e admiração pelo meu pai. Ele sempre viu em mim características para ser uma grande política, acredita em mim, mas o meu mandato e o meu desempenho não dependem de Ricardo Murad. Aliás, ele ficaria profundamente decepcionado se minha atuação dependesse dele. Este pensamento é ultrapassado e uma fuga para não admitirem que precisamos fazer o que é certo.

andreaConstrangimento? A minha ‘anticandidatura’ foi uma escolha minha e jamais será motivo de constrangimento para mim. Nem estou preocupada se terei apenas o meu voto. Mais uma vez, a classe política se mostra cada vez mais amedrontada com a nova política que se forma. Lancei uma candidatura pra marcar posição diante desse cenário porque nenhum outro teve a coragem de tomar a frente do que realmente nós representamos para o nosso eleitorado. Não é vergonha alguma ser oposição, defender uma causa, uma ideia e manter um posicionamento. Quem entra na política sabe muito bem que ela tem dois lados e que em algum momento terá que ser oposição e isso é natural. A alternância de poder é fundamental para a democracia e temos que respeitar a vontade do povo. Mas esse mesmo povo escolheu que eu ficasse na oposição e eu escolhi seguir e ser fiel aos compromissos assumidos com meus eleitores. E se meu amigo Joaquim me observar um pouco mais, verá que não sou mulher de ser comandada porque na política, acima de tudo, precisamos ter personalidade, caráter e palavra.

Exposição? Não estou expondo o meu grupo a uma derrota desnecessária até porque o meu grupo já se expôs o suficiente. Agora, se faz muito necessário o partido se posicionar onde realmente é o seu lugar, na oposição e, infelizmente, alguns acham que ainda não é o momento de enfrentar a realidade. Prova disso é o PMDB nunca pedir a minha opinião sobre a presidência da AL. Apenas decidiram sem levar em conta o meu pensamento e só se manifestaram porque eu fui à imprensa protestar pela candidatura única. Eu fui rebatida, prontamente, pelo meu próprio grupo. Nem assim, diante das divergências, fui chamada para opinar a respeito e quando fui chamada já estava tudo praticamente definido. Desde o início desse debate venho dizendo que o partido precisa se alinhar e dialogar. Não sou arrogante, não sou prepotente, não sou autoritária, respeito opiniões contrárias às minhas e acho o diálogo fundamental para resolver qualquer questão. Fui eleita como todos os outros, fui a deputada mais votada do partido, não acredito que o meu posicionamento não tenha que ser levado em conta, assim como o de qualquer outro membro.

Respeito a opinião de cada um, na política aliados também divergem, mas quero que o respeito seja recíproco. Ninguém vai mandar por mandar, achando que eu devo obediência pq comigo não irá funcionar assim. O partido agiu da mesma forma que o governo, impondo. Por isso, a minha candidatura é uma forma de protesto também contra o meu próprio grupo político e contra Flávio Dino, que quer calar a oposição atraindo todos os deputados com acordos pessoais para não ter oposição na AL. Agora, nem que seja apenas um deputado, a AL terá oposição. E na minha posição de candidata terei voz e atitude para dizer o que realmente penso sobre o que está acontecendo no cenário atual da nossa política.

Adriano Sarney e as condições para apoiar Humberto Coutinho

humbertoO deputado eleito Adriano Sarney (PV) atrelou seu apoio a Humberto Coutinho (PDT) na disputa à presidência da Assembleia a duas condições.

A primeira foi obter de Coutinho a palavra de que a Assembleia manterá uma posição de independência em relação ao Governo do Estado.

A segunda foi a de que caberá ao PV a vaga de 1º Secretário, segundo posto mais importante da Mesa Diretora. Para o lugar, o partido indicou o deputado reeleito Edilázio Júnior.

Apesar do apoio declarado a Humberto Coutinho, Adriano Sarney e Edilázio Júnior ressaltaram em reunião, ontem, com o pedetista que empunharão a bandeira da oposição na Assembleia.

O PV deverá compor com PSC, PTN e DEM aquele que pode se tornar o maior bloco do Legislativo estadual, com 10 parlamentares.

Existe a possibilidade de que outras legendas se juntem ao bloco, com a perspectiva de sacramentar três assentos na Mesa Diretora.

(As informações são da coluna Estado Maior, de O Estado)

Joaquim Haickel critica Ricardo Murad por “anticandidatura” de Andrea

joaquimO ex-secretário de Estado dos Esportes, imortal Joaquim Haickel, criticou hoje (23) o deputado estadual Ricardo Murad (PMDB), a quem acusou de expor a filha, a deputada eleita Andrea Murad (PMDB), a constrangimento por sua autoproclamada “anticandidatura” a presidente da Assembleia Legislativa.

O anúncio da candidatura peemedebista foi feito ontem (22) – releia.

Para Haickel, a entrada de Andrea o jogo sucessório da AL, declaradamente “para perder”, é “bravata” de Murad, o pai.

“Essa atitude nada tem de bravura, mas sim de bravata de seu pai, que deveria ter juízo e não expor sua filha, que tem tudo para ser uma excelente parlamentar, a um constrangimento desses. Mais que isso, expor o comando de seu grupo a uma derrota desnecessária”, escreveu.

Pode apostar que haverá volta.

Até Adriano Sarney fecha com Humberto Coutinho

humbertoO deputado estadual eleito Humberto Coutinho (PDT) garantiu hoje (23) o apoio até do neto do senador José Sarney (PMDB), o deputado eleito Adriano Sarney (PV), na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa.

Depois de ter confirmado o apoio de nove deputados que não se elegeram ela base do governador Flávio Dino (PCdoB) – reveja – o pedetista recebeu neta sexta-feira, em sua residência, além de Adriano, outros nove futuros colegas – Edilázio Júnior (PV), inclusive.

São 19 votos, fora o seu próprio e o dos aliados de Flávio Dino, em apenas dois dias.

Pelo visto, a eleição de Humberto será praticamente por consenso.

Rigo Teles comandará eleição na Assembleia

Rigo disse que Bacelar não passa de suplente

Caberá ao deputado Rigo Teles (PV) comandar os trabalhos da sessão solene de posse dos deputados eleitos em 2014 e, ainda, a sessão preparatória para a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Junto com Stênio Rezende (PRTB), Teles é o parlamentar com mais mandatos na Casa – seis ao todo.

No entanto, como ele é quatro meses mais velho que o colega, terá a incumbência, como decano, de presidir as duas sessões.

Assessoria de Arnaldo liga para deputados para marcar sessão de posse

A assessoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), liga desde ontem (9) para outros parlamentares, para prefeitos e até lideranças políticas convidando para uma sessão extraordinária a ser realizada hoje (10), às 9h.

A sessão deve marcar a leitura de uma carta de renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB), a substituição imediata dela pelo próprio Arnaldo – que, por sua vez, será substituído pelo vice-presidente da Casa, deputado Max Barros (PMDB).

Também ontem, em contato com o blog, Melo disse apenas que aguardava para esta quarta-feira a renúncia da peemedebista. Mas não falou em horário.

Roseana e seus auxiliares mais próximos também já não falam mais no assunto.

Volta

Também hoje retorna ao Legislativo estadual o deputado Ricardo Murad (PMDB), ele estava licenciado do cargo desde janeiro de 2011, quando reassumiu a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Arnaldo Melo articula com Roseana detalhes sobre a finalização do governo

302segO presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), revelou ontem (7), em entrevista ao titular do blog que tem mantido conversas com com a governadora Roseana Sarney (PMDB) sobre obras que ela deixará a ponto de serem concluídas após sua renúncia.

Segundo Melo, ele e Roseana Sarney estão “fazendo um ajuste” antes da oficialização da renúncia.

“Nós estamos fazendo um ajuste dos projetos que estão executados, que estão em fase de conclusão, para que a gente possa concluir tudo até o dia 31 de dezembro”, declarou o presidente da Assembleia.

Ontem, logo a pós a cerimônia de inauguração da nova avenida, os dois saíram em carros separados, mas rumaram para o mesmo destino: a residência da governadora no Calhau.

Sarney diz que renúncia de Roseana é homenagem a Arnaldo Melo

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(Foto: Domingos Costa)

O senador José Sarney (PMDB-AP), declarou ontem (7), em entrevista ao titular do blog, que a saída da governadora Roseana Sarney (PMDB) a 23 dias do fim do mandato – se a renúncia for mesmo oficializada amanhã (9), como ela já antecipou na semana passada – é uma forma de todo o grupo político homenagear o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).

Ao comentar o assunto, o peemedebista fez questão de citar a candidatura de Arnaldo a vice-governador – na chapa de Edinho Lobão (PMDB) -, dando a entender que o “sacrifício” feito por ele – abdicando de uma reeleição tranquila para a AL – merece recompensa.

“Ela tinha que prestar essa homenagem ao deputado Arnaldo Melo, que foi um grande companheiro. Foi candidato a governador e nós devíamos, todos, prestar essa homenagem. E ela, em nome de todos nós, está fazendo isso”, declarou.

Ainda segundo o senadora, a saída precoce de Roseana não tem qualquer relação com a passagem de governo para Flávio Dino (PCdoB).

“Não se trata de outra coisa, nem se relaciona com política, nem com o seu sucessor a quem todos nós desejamos que tenha êxito”, completou.