Um dia depois de anunciar a indicação do deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) como futuro secretário de Estado de Desenvolvimento Social (reveja), o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comunicou, que tirará poderes da pasta a ser comandada pelo tucano.
Por meio de nota publicada no Portal Vermelho – site de notícias mantido em convênio com o PCdoB -, o comunista informou que a condução de políticas sociais para melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos municípios será repassada à Secretaria de Direitos Humanos, que será ampliada e transformada em Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular.
“A pasta de Direitos Humanos será responsável por promover as políticas transversais que enfrentarão o problema do IDH do Maranhão. Hoje, o estado possui o segundo pior desempenho em qualidade de vida, segundo dados do Atlas do Desenvolvimento divulgado pelo PNUD em 2013. No quesito ‘renda per capita’, o Maranhão fica na última colocação”, diz o texto, publicado ontem.
Esse tipo de ação compete, atualmente, à Sedes, que será comandada pelos tucanos O anúncio do governador eleito, feito um dia depois da confirmação de Evangelista como titular da pasta, foi visto como uma resposta de Flávio Dino aos movimentos sociais, que protestaram depois da notícia da entrega da Sedes ao PSDB.
“Quanto vale um [Rafael] Leitoa e um Neto [Evangelista] candidatíssimo a prefeito de São Luís? O Condomínio FD [Flávio Dino] responde: as políticas sociais! É muita ‘mudança’”, criticou o historiador e professor da UFMA Wagner Cabral, por meio de redes sociais, na terça-feira.