A procuradora-geral do Estado do Maranhão, Helena Maria Haickel (foto), negou hoje (12), por meio de nota, que tenha participado de “reunião clandestina” para discutir suborno ao Governo do Maranhão para pagamento de precatório de mais de R$ 100 milhões à empreiteira Constran.
A denúncia de pagamento de propina foi feita por Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef, um dos presos na Operação Lava a Jato, da Polícia Federal.
De acordo com reportagem divulgada ontem (11) no Jornal Nacional (veja aqui), a contadora realtou em depoimento que a Constran pediu que Alberto Youssef subornasse o Governo do Maranhão, oferecendo R$ 6 milhões. Em troca, a empresa furaria a fila dos pagamentos judiciais e receberia, antecipadamente, R$ 120 milhões em precatórios. Helena Haickel também nega que tenha havido preferência à empreiteira.
Segundo Poza, para combinar os detalhes da operação houve uma reunião no dia 10 de setembro do ano passado, da qual teriam participado o ex-secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu; um assessor identificado como Bringel; a presidente do Instituto de Previdência do Estado, Graça Cutrim; e a procuradora-geral.
“O Estado do Maranhão, através de seu órgão de representação jurídica, não realizou qualquer acordo com o senhor Alberto Youssef e […] não houve quebra da ordem cronológica de precatório já que todos os credores anteriores à CONSTRAN já haviam recebido os seus créditos. Nunca participei de nenhuma reunião clandestina ou cuja pauta envolvesse assuntos ilícitos ou negócios que pudessem de alguma forma comprometer os interesses do Estado do Maranhão, sendo que todos os encontros que participei foram realizados em horário de trabalho e em ambiente institucional”, diz a nota emitida pela PGE,