Com Flávio Dino em queda, José Reinaldo agora não quer saber de pesquisas

ze_reinaldoO ex-governador José Reinaldo (PSB), um dos principais entusiastas da pré-candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), ao Governo do Estado, acusou o golpe.

Depois de ver o pupilo cair seguidamente em pesquisas de intenções de voto no estado – ele já teve 62% das intenções de voto, e, mais recentemente, 54% -, o socialista agora prega que não se deve confiar nas pesquisas realizadas mais de um ano antes das eleições.

“Pesquisas eleitorais podem ser facilmente manipuladas para dar o resultado que o comprador quer. Nem sempre são, mas podem ser. Elas só ficam mais semelhantes à realidade quando feitas em período próximos à eleição, quando precisam ser confrontadas com a realidade da apuração”, argumentou, em artigo publicado terça-feira (18) em seu blog (veja).

Para ele, como o candidato da oposição mostra dificuldades de manter o fôlego eleitoral que tinha até o início deste ano, “o melhor é não dar muita importância a essas pesquisas”. “São apenas indicadores do momento que podem mudar muito até a eleição. Trabalhar com inteligência é sem dúvidas mais importante e produtivo”, defendeu.

José Reinaldo chama também de “tosca” o que considera manipulação de dados quando não há exigências da Justiça Eleitoral sobre os métodos de apuração e divulgação dos números pesquisados.

“Outra forma mais tosca, que é usada somente fora do período eleitoral, quando não há exigência de registro no tribunal eleitoral, é realizada dando pesos excessivos aos locais em que o comprador da pesquisa é mais forte e também escolhendo municípios favoráveis a dedo. Assim é claro que ele aparecerá bem mais forte do que é”, completou.

Mas isso é porque Flávio Dina começa a “desinchar”. Se daqui a pouco ele aparece melhor em uma nova pesquisa, aí elas começam a valer de novo, não é, José Reinaldo?

Sem apoio de Flávio Dino para o Senado, Roberto Rocha deve ser candidato a governador

Dino e Rocha: aliança desfeita?

Dino e Rocha: aliança desfeita?

Um nota oficial e um depoimento do prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), confirmam: Roberto Rocha deve ser mesmo o candidato do PSB ao Governo do Estado em 2014 e a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) está descartada pelos socialistas. O movimento é uma espécie de retaliação do vice-prefeito da capital, que tentou, por meses, tirar do comunista uma declaração de apoio a seu projeto de candidatura ao Senado.

Na nota oficial em que comunica a nova composição do comando partidário, o PSB ressalta que o objetivo do lançamento de candidatura própria visa à garantia da formação de um palanque para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que deve disputar a Presidência da República.

“A nova Comissão tem o desafio de, em sintonia com a Executiva Nacional, reafirmar os rumos de crescimento e consolidação que permitiram ao partido crescer a ponto de tornar-se uma alternativa nacional de poder […]. Autoriza-nos a crescente confiança que o eleitorado brasileiro tem depositado em nossas propostas, mercê da reconhecida capacidade gerencial que temos demonstrado em municípios e estados”, diz a nota.

O texto acrescenta, também, que é mesmo o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, o provável candidato a governador. “Entendemos que estaremos […] aptos a oferecer opções a todos os cargos em disputa, notadamente o Governo estadual, para o qual temos excelentes, quadros como é o caso do vice-prefeito de São Luis, Roberto Rocha”, completa.

O que parece uma insinuação no comunicado oficial, é reforçado por Alves. “O PSB, como qualquer partido, almeja o pode. Hoje a nossa prioridade é eleger o Eduardo Campos presidente e, para isso, a gente precisa ter palanques nos estados, o que não é diferente no Maranhão. Portanto, essa nova comissão, além de reorganizar o partido no estado, servirá também para buscar abrir um palanque para o Eduardo Campos”, declarou.

Segundo Alves, a escolha de Roberto Rocha como pré-candidato tem o aval de toda a cúpula nacional do partido. “O Roberto Rocha inclusive é o nome que nos passaram na sexta-feira, numa reunião em Brasília. O Carlos Siqueira inclusive já disse que vem ao Maranhão lançar o nome dele como candidato a governador”, acrescentou.

Ou seja: Rocha, que só queria o apoio de Dino para ser candidato a senador, agora pode ser adversário do comunista.

Eduardo Campos reforça Roberto Rocha no PSB e manda recado a Flávio Dino

dinoeeduardoFoi um verdadeiro recado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), a confirmação da nova direção estadual do PSB no Maranhão.

Com o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, como presidente, e o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, vice, o presidente nacional da legenda quer dizer ao comunista que o partido formará uma palanque para sua candidatura à Presidência da República e, para isso, terá um candidato a governador.

Caberá a Dino, então, escolher se quer sair do PCdoB para ser o candidato do PSB em 2014; ou se fica onde está, apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) – ou nova eleição de Lula (PT), por que não? – e enfrenta, além do candidato do Governo do Estado, mais um da oposição, que pode acabar sendo o próprio Roberto Rocha.

Enfraquecimento

Além do recado a Flávio Dino, a nova composição do PSB mostra que os Tavares estão cada vez mais enfraquecidos. Hoje pela manhã (18), o deputado Marcelo Tavares preferiu não se aprofundar nos comentários sobre o assunto.

Disse que o processo de definição da diretoria deve ser explicado pelo novo presidente e que tem candidato a governador independentemente das articulações que têm sido feitas na oposição.

“Eu acredito que essa pergunta tem que ser feita ao prefeito Luciano Leitoa que é o novo presidente do partido no estado. Há algum tempo atrás, quando conversei sobre esse assunto com o partido, deixei clara a minha posição: tenho candidato a governador, todo mundo sabe disso”, declarou.

Para ele, no entanto, estão criadas as condições para que o tio, o ex-governador José Reinaldo, dispute a eleição para o Senado por qualquer dos partidos que já o convidaram para filiar-se. Atualmente, ele ainda mantém uma queda de braço interna com Roberto Rocha pela vaga de candidato a senador. Com o enfraquecimento do seu grupo – e o fortalecimento do vice-prefeito da capital -, parece claro ao ex-governador que ele não teria chances num embate pela vaga.

“Entendo que agora estão criadas as condições para que o José Reinaldo dispute o cargo de senador por qualquer um desses partidos que já fizeram convite a ele”, destacou.

Veja a nova composição local do PSB

•Presidente: Luciano Leitoa

•Vice-Presidente de articulação majoritária: Roberto Rocha

•Vice-Presidente de articulação institucional: Ribamar Alves

•Secretario Geral: João Bento Neto

•Primeiro Secretario: Zé Carlos Reis

•Secretaria de Finanças: Rosa Amelia Costa

•Secretario de movimentos Sociais: Daniel Lindoso

Edinho Lobão acaba com a empolgação da oposição

O senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA) acabou rápido com a empolgação da oposição, que já comemorava como um “recado” ao grupo Sarney a visita do peemedebista ao prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), na segunda-feira (10).

edinhoEm entrevista a O Imparcial, já na terça (11), Edinho foi provocado a falar sobre o assunto e questionado sobre se a visita poderia avançar para o campo político.

O senador foi curto e grosso. “Não existe a menor possibilidade. Ele tem o grupo dele e eu, o meu. Foi uma visita institucional”, disse.

E a turma que andou insinuando algo mais que um encontro institucional ficou tão sem graça que sequer repercutiu a entrevista.

Que pesquisa Escutec, PCdoB?

vermelhoO pessoal que comanda o perfil do PCdoB de São Luís nas redes sociais andou se apressando e ontem (11) chegou a publicar no Twitter um link para uma suposta pesquisa da Escutec de intenções de votos no Maranhão.

O tal link direcionava os seguidores para a página do Portal Vermelho, mantido com apoio dos comunistas (veja foto acima). Mas a página estava em branco, provavelmente porque se deram conta do equívoco após disparar o tuíte.

Na verdade, a pesquisa Escutec a que se referia o perfil do PCdoB foi feita em maio, a pedido do grupo do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), mas nunca divulgada.

Na segunda-feira, logo após a divulgação dos números da pesquisa Econométrica, que apontavam Flávio Dino (PCdoB) em queda e Luis Fernando (PMDB) crescendo (reveja), os números da Escutec foram publicados em blogs oposicionistas, mas sem a citação do instituto, como uma forma de contrapor os índices mais atuais .

Num ato falho, o pessoal do PCdoB chegou a produzir material sobre o assunto para o site, mas percebeu que não era de bom tom inflar assim o comunista sem dados mais concretos e a matéria acabou sendo retirada do ar.

Só não deu tempo de avisar ao colunista Ilimar Franco, de O Globo, que já de posse dos números repassados a dedo, publicou hoje a seguinte nota:

O presidente da Embratur, Flávio Dino, lidera a corrida para o governo. Ele tem de 56% a 62%, nas pesquisas Escutec e IPOP. O ministro Edison Lobão tem 27% e Luiz Fernando, candidato da governadora Roseana Sarney, tem de 15% a 17%.

Note que Ilimar cita a pesquisa Escutec, mais antiga, mas não dá uma linha sobre a pesquisa Econométrica, divulgada no domingo (9). Culpa dele? Não. Culpa de quem plantou a nota por lá.

O mito da rejeição de Luis Fernando

luis_fernandoInteressante como setores da oposição comemoraram a suposta “rejeição” do secretário de Estado da Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), na última pesquisa Econométrica de intenção de votos. O peemedebista é pré-candidato ao Governo do Estado pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Em primeiro lugar porque revela que, apesar de repetirem como um mantra que a fama de Luis Fernando não passa do Estreito dos Mosquitos, os oposicionistas se preocupam, sim, com o desempenho dele. E muito. Por isso tentam massificar a ideia de um politico rejeitado.

Em segundo, vêm os fatos. Segundo a Econométrica, o pré-candidato governista teria 33,5% de rejeição no Maranhão. Contra 25% de intenções de voto. E é nesse ponto que mora a contradição.

Como pode um candidato que sequer é conhecido no estado ser rejeitado dessa forma? Outros levantamentos já apontaram, por exemplo, que pelo menos 60% do eleitorado não sabe de quem se trata Luis Fernando.

Se 60 em cada 100 eleitores não o conhecem e algo em torno de 20 ou 25 em cada 100 votam nele, como outros 30, nesse mesmo universo, poderiam não votar “de jeito nenhum” no peemedebista? A conta não bate.

Mas faz todo o sentido do mundo se o caro leitor trocar o nome de Luis Fernando pela forma como ele é apresentado nessas pesquisas: Luis Fernando, o candidato do grupo Sarney.

Aí, não se pode negar, a rejeição cresce, porque a imagem do grupo – essa sim muito conhecida em todo o Maranhão – já tem o desgaste natural do tempo. E, ao ser apresentado assim, Luis Fernando atrai pra ele a rejeição de quem historicamente já não vota na situação.

Ocorre que essa é uma estratégia que só funciona em pesquisa, porque na eleição pra valer é que o candidato se apresenta tal e qual o eleitor o enxergará. E o esforço da oposição para tentar desqualificar o adversário – criando-se até um mito de rejeição – só mostra o quanto o desempenho de Luis Fernando os tem preocupado.

Hilton Gonçalo só fica no PDT se for para ser candidato

hiltonO ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo garantiu ontem (9) ao titular do blog, via assessoria, que só fica no PDT se o partido lhe der condições de ser o candiato a governador.

Em nota encaminhada após a postagem sobre a pesquisa Econométrica (reveja os números), quando se questionou aqui o fato e Eliziane Gama (MD) não haver sido incluída e Gonçalo sim, mesmo diante da determinação do PDT de indicar um candidato a vice na chapa de Flávio Dino (PCdoB), o ainda pedetista garante que será candidato.

“Hilton Gonçalo não vai permanecer no PDT, a menos que o partido lhe dê condições para disputar o governo”, diz o comunicado, que revela, ainda, uma séria de partidos para onde Gonçalo poderia ir, muitos deles já com a garantia de que chegaria para assumir a cabeça da chapa majoritária.

“Atualmente o ex-prefeito tem avaliado qual rumo irá tomar, inúmeros convites já foram feitos: PP, PV, PHS, PSDC, todos estes com exceção do do PV, lhe oferecem a legenda para que ele dispute o governo do estado. Inclusive no convite feito pelo Waldir Maranhão, está lhe sendo oferecida a presidência municipal da legenda em São Luís (sic)”, completa a nota.

Apesar disso, Hilton Gonçalo ainda espera o resultado de uma última conversa com o presidente estadual do PDT, Julião Amim, para decidir sobre sua saída ou permanência. “Hilton ainda discute e seguindo a orientação do presidente do PDT-MA, Julião Amim, colocará nas próximas semanas a sua candidatura em debate interno no partido”, finaliza.

Flávio Dino quer candidato a vice do Leste Maranhense

dinoO presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), pré-candidato a governador da oposição, e o grupo que gravita ao seu redor parecem haver definitivamente mudado de opinião quanto ao companheiro de chapa perfeito para a disputa da eleição de 2014.

Inicialmente, o plano era indicar um pedetista com estreitas ligações com o Sul do Maranhão, ou com a Região Tocantina.

Essa determinação, no entanto, mudou recentemente, após a análise de algumas pesquisas de intenção de votos realizadas pelos oposicionistas. E a turma do PDT – com quem Dino tem um acordo para que eles indiquem o candidato a vice-governador – já procurou pelo menos três lideranças do Leste Maranhense para oferecer a vaga.

A lógica é a seguinte: os números mostram que o comunista já está consolidado no Sul e entorno de Imperatriz. O Leste Maranhense – assim como a Baixada – é uma das regiões de maior poderio político do grupo comandado pela governadora Roseana Sarney (PMDB). Ao indicar um vice de lá, Flávio Dino pensa em minar um pouco dessa força.

A questão é saber como reagirão os companheiros do chamado “Maranhão do Sul”.

Flávio Dino e a estrutura de campanha no interior do estado

O movimento “Diálogos pelo Maranhão” segue percorrendo o estado, com o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB) – agora apenas nas sexta-feiras a noite e nos fins de semana, depois do episódio da fraude na agenda do órgão federal (relembre).

dino_aviaoE uma coisa tem chamado a atenção dos observadores da cena política maranhense: faltando mais de um ano para a eleição, o comunista já mobiliza uma estrutura de candidato a governador de fato para chegar às bases eleitorais.

Em Zé Doca, por exemplo, onde passou no sábado (1º), Dino chegou de avião (veja acima). Quem o tem acompanhado no périplo pelo interior garante que essa não é a exceção, mas a regra.

No seu discurso, ele mesmo deixa claro que, antes não tinha, mas agora tem estrutura de campanha. “Na eleição passada eu vim aqui muito rapidamente, porque a gente não tinha estrutura”, disse Flávio Dino no final do vídeo acima.

O que mudou? Quem banca a estrutura que existe hoje?

Não que o comunista não tenha direito de se viabilizar com qualquer estrutura que lhe garantam. Mas um pouco de transparência para quem se diz “o novo” não deve fazer mal.

Aguardando as respostas…

Depois de fraude em agenda, “Diálogos” de Flávio Dino especificam horários

Flávio Dino rindo à toa

O que não faz um bom puxão de orelha, hein? Depois de se flagrado por O Estado fraudando a agenda da Embratur para esconder visitas ao Maranhão em horário de expediente – veja em Flávio Dino gazeteiro?  Flávio Dino agora faz questão de deixar claro no material distribuído à imprensa que horas começam seus “Diálogos”.

“O Movimento Diálogos pelo Maranhão visitará neste fim de semana as cidades de Carutapera, Amapá do Maranhão, Buritirana e Zé Doca. Flávio Dino, acompanhado de deputados e lideranças estaduais e regionais, iniciará a nova edição do movimento a partir da noite desta sexta (30)“, diz release distribuído pela assessoria do comunista.

Isso ocorre porque, apesar de muita gente estar encostada hoje, o Governo Federal não decretou ponto facultativo. E Dino, como funcionário de Dilma que é, não pode mais “escorregar” com a agenda como fez em pelo menos três ocasiões no início do ano.