A coordenadora-geral da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) no Maranhão, Berenice Gomes, explicitou no fim de semana, em entrevista ao blog, o que pode ser uma crise na disputa por espaços na base aliada da petista no estado.

Líder da campanha da Dilma desde o 1º turno, ela classifica o grupo encabeçado pelo PT local como o único “legitimado” pela coordenação nacional, para aturar na linha de frente da campanha da presidente.

“São duas coordenações: a do [Márcio] Jerry e a que foi legitimada pela Coordenação Nacional da Dilma”, alfinetou.

A declaração veio exatamente na semana em que o PCdoB – que esteve aliado do PSDB, de Aécio Neves, durante todo o 1º turno – também declarou apoio a Dilma, de cuja base aliada o partido faz parte, e iniciou reuniões para tratar da agenda de mobilização em São Luís e no interior.

Entre os petistas que se mantiveram fieis à determinação nacional de apoiar, no Maranhão, o candidato do PMDB ao Governo do Estado, senador Edison Lobão Filho (PMDB), o recente posicionamento dos comunistas foi visto como oportunismo.

Segundo apurou o blog, petistas reclamam do fato de que a única ação do PCdoB pró-Dilma são reuniões e plenárias com líderes partidários. O governador eleito, Flávio Dino (PCdoB), mantém neutralidade, mas tem aliados e até parentes no palanque tucano.

O presidente estadual do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, rebateu a alfinetada da petista.

“Temos canal direto com a coordenação nacional. Não precisamos da senhora Berenice para defender nossa candidatura à Presidência”, declarou.

Enquanto isso, Aécio nada de braçadas…

O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), um dos mais entusiasmados apoiadores da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, está desde a manhã desta quinta-feira (9) em São Luís.

Veio com a missão de arregimentar o maior número de aliados possível para o primeiro ato oficial de apoio à candidatura do tucano no Maranhão, que ocorrerá amanhã (10), em Imperatriz, com a presença confirmada do senador José Agripino Maia (DEM-RN), coordenador nacional da campanha.

Entre os procurados por Madeira estão os deputados estaduais César Pires e Antônio Pereira, ambos do DEM. A legenda fez parte da base de apoio ao senador Edison Lobão Filho (PMDB), que declarou voto na presidente Dilma Rousseff (PT).

Embora o diretório estadual democrata não tenha se posicionado ainda sobre a sucessão presidencial, Pires e Pereira já informaram: vão de Aécio no 2º turno.

E, assim, devem desembarcar amanhã na Princesa do Tocantins…

Conversa

O prefeito Sebastião Madeira conversou, também, com o presidente estadual do DEM, ex-deputado Clóvis Fecury, num restaurante de São Luís.

Quem acompanhou de perto a articulação foi o secretário de Estado de Esportes, Joaquim Haickel.

O TSE indeferiu hoje (18) recurso do petista Marcio Jardim e manteve decisão do TRE-MA confirmando a permanência do PV na coligação “Pra Frente, Maranhão”.

A decisão foi unânime e com isso, o PV seguirá ao lado de outros 17 partidos apoiando as candidaturas de Lobão Filho ao Governo do Maranhão e Gastão Vieira ao Senado Federal.

Vale lembrar que o TRE-MA já havia se posicionado contrário a proposição do petista ligado ao candidato Flávio Dino (PCdoB). Além do TRE-MA, as procuradorias dos  tribunais eleitorais e o Ministério Público Eleitoral também já haviam tido o mesmo entendimento.

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, candidata a presidente pelo PSB, não gravará mensagem de apoio ao candidato a governador Flávio Dino (PCdoB), como era esperado pelos comunistas.

A socialista já confirmou que gravará inserções apenas em apoio ao candidato a senador da oposição, Roberto Rocha (PSB), e à deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que este ano disputa uma vaga na Câmara dos Deputados.

Marina também não deve vir ao Maranhão no primeiro turno, em virtude dos compromissos já agendados.

Pressão

Apesar da confirmação de que não haverá gravação de mensagem favorável a Dino, setores do comunismo local seguem pressionando tanto Rocha, quanto Gama, para que Marina mude de opinião.

A última tentativa deve ocorrer amanhã (10), quando Eliziane tem nova  reunião com a presidenciável.

O vereador Chico Carvalho, presidente estadual do PSL, rechaçou, em comentário publicado no blog, a possibilidade de o partido sair da base governista e declarar apoio ao candidato a governador do PCdoB, Flávio Dino.

Mesmo reclamando de “tratamento diferenciado” dispensado a candidatos da coligação encabeçada por Edison Lobão Filho (PMDB), ele garante que nunca sequer cogitou mudar de lado.

“Nunca fui procurado por ninguém da oposição. Sempre fui fiel e leal ao grupo do senador José Sarney. Acontece que estou sofrendo pressão dos candidatos do nosso partido, que estão sento tratados com diferença. Não sou homem de negociar apoio, sempre tive um lado, o lado do Zé Sarney. Tenho feito de tudo para manter o partido na posição em que está .O inconformismo dos nossos candidatos deve-se aos privilégios que vêm sendo dados a alguns da base do governo!”, explicou, na área de comentários.

Na opinião de Carvalho, mesmo que não dêem condições para os seus candidatos a deputados federais e estaduais, o máximo que pode acontecer é o PSL parar suas atividades de rua. “Pular para o lado de lá, nunca”, declarou, em contato por telefone, hoje (1º) mais cedo com o titular do blog.

Repercutiu muito no PSDB o lançamento das candidaturas do ex-prefeito de São Luís João Castelo a deputado federal e da sua filha, a deputada estadual Gardênia Castelo, à reeleição.

Em evento realizado no salão de eventos do Hotel Luzeiros, em São Luís, o tucano reuniu, por baixo, algo em torno de 700 pessoas.

Uma multidão, se imaginarmos que o evento era de dois candidatos apenas e que, bem recentemente, o presidente do PSDB, deputado federal Carlos Brandão, e o prefeito de Imperatriz, o tucano Sebastião Madeira, não conseguiram colocar nem 250 militantes na convenção estadual do partido (veja abaixo ou relembre aqui).

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Dirigentes do PT e do PMDB, em reunião realizada ontem com lideranças de todos os partidos da coligação “Pra Frente, Maranhão”, definiram detalhes para a intensificação de uma campanha “casada” entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o candidato peemedebista ao Governo do Estado, senador Edison Lobão Filho (PMDB).

Segundo o presidente do PMDB, ex-senador Remi Ribeiro, o objetivo do encontro foi afinar o discurso dos dois principais partidos da chapa para o início efetivo da campanha e reforçar a imagem da presidente ao lado de Lobão Filho e do deputado federal Gastão Veira (PMDB), candidato a senador da coligação governista.

“Há ainda uma certa dúvida sobre quem a presidente Dilma apoia no Maranhão em virtude desse movimento de parte da militância do PT em direção ao nosso adversário. Mas isso acabará com a intensificação dessa agenda conjunta. Não haverá mais dúvidas sobre o fato de que o senador Lobão é o único candidato a governador da presidente Dilma no Maranhão, assim como ela é a nossa única candidata a presidente”, destacou Ribeiro, citando a criação de um comitê de militantes petistas em apoio a Flávio Dino (PCdoB), candidato da coligação “Todos pelo Maranhão”.

De acordo com a coordenadora-geral da campanha de Dilma Rousseff no Maranhão, Berenice Gomes (PT), todos os partidos da coligação deram sugestões para a atuação do comitê de Lula/Dilma/Lobão Filho.

“Essa reunião foi definidora dos próximos passos para a campanha da presidente Dilma Rousseff no Maranhão. A partir de agora, teremos a intensificação das agendas e um ‘casamento’ maior das imagens da presidente com a dos candidatos do PMDB ao Governo, o senador Lobão Filho, e ao Senado, o deputado federal Gastão Vieira”, declarou.

Observação

Assim como o presidente do PMDB, o estabelecimento de ações conjuntas entre o PT e o PMDB se encarregarão de dirimir as dúvidas sobre com quem os petistas estão efetivamente coligados.

“Nossa coligação formal é com o PMDB, e isso ficará cada vez mais claro a partir de agora. Não rejeitamos nenhum partido que faça parte da coligação nacional de apoio à presidente Dilma, mas trabalharemos para que a realidade local também seja respeitada”, completou.

Berenice Gomes anunciou, ainda, que medidas administrativas podem ser tomadas contra os militantes que se voltaram contra a aliança com os peemdebistas e formalizaram a criação de um comitê pró-Flávio Dino.

“Esse é um assunto sobre o qual não há muito o que se discutir: o partido tem instâncias e um estatuto que precisa ser respeitado. Nós, em âmbito estadual não tomaremos nenhuma decisão sem a anuência da direção nacional, que já nos informou de que um dirigente vem ao Maranhão atuar como observador dessa situação”, completou.

Além do estabelecimento de agendas conjuntas e do “casamento” das imagens da presidente Dilma Rousseff (PT) com a do senador Edison Lobão Filho (PMDB), lideranças do PT e do PMDB definiram nas reuniões de ontem a criação de um comitê conjunto de campanha, para traçar estratégias comuns entre os candidatos a presidente, governador e senador. Dirigentes nacionais do PT devem integrar o grupo de trabalho.

(Foto: De Jesus/O Estado)

“Tratamento diferenciado”

A coordenadora-geral da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) no Maranhão, Berenice Gomes, defendeu, ontem, em entrevista a O Estado, que o PMDB tenha “tratamento diferenciado” por parte da petista quando estiver no estado em campanha.

Segundo ela, o PMDB tem sido leal ao projeto de reeleição de Dilma e isso deve ser levado em consideração na hora da definição das agendas.

“Tenho dito que não podemos despotencializar nenhum dos partidos que fazem parte da aliança nacional pela reeleição da presidente Dilma. Mas não podemos esquecer, também, que o PMDB tem como única candidata a presidente, enquanto o candidato do PCdoB apoia três candidatos a presidente”, disse, lembrando o apoio de Flávio Dino, além de Dilma, a Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Para Gomes, essa lealdade precisa ser compensada. “É claro que, nesse contexto, defendo um tratamento diferenciado ao PMDB e ao candidato Edison Lobão Filho por parte da presidente Dilma e do PT”, pontuou.

Na segunda-feira, dia 28, durante reunião da coordenação nacional da campanha petista, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, já havia manifestado a preferência do PT pelo PMDB no Maranhão. “No Maranhão, nós somos PMDB desde criancinha”, disse o dirigente na ocasião.

De O Estado

(Foto: De Jesus /O Estado)

O presidente do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, Raimundo Monteiro, desautorizou Flávio Dino a utilizar o nome da sigla e as imagens da candidata do partido, presidente Dilma Rousseff (PT) em seu comitê de campanha.

Flávio Dino inaugurou ontem comitê na Avenida Beira-Mar que leva imagem e o nome da presidente da República. O PT está oficialmente coligado ao PMDB do senador Lobão Filho, candidato a governador da coligação “Pra Frente Maranhão”, que reúne 18 partidos políticos.

“O PT não reconhece aquele comitê de campanha e não autorizou Flávio Dino a se utilizar do nome do partido ou da imagem de nossa candidata. Aquele comitê não é do PT, não faz parte de nossa campanha e não tem a nossa identidade”, afirmou.

Ele explicou que a coligação “Pra Frente Maranhão” já ingressou com ação na Justiça Eleitoral para pleitear o desmonte do comitê de Flávio Dino que leva o nome do PT e de Dilma e afirmou que aguardará a decisão. “Estamos acompanhando esse processo e esperamos que o quanto antes seja resolvido. O PT está coligado ao PMDB e não ao PCdoB”, disse. Monteiro não descartou acionar a direção nacional do partido para desautorizar Flávio Dino a continuar se beneficiando da marca PT.

Prostituição política

No mês de maio o deputado estadual Edilázio Júnior (PV) classificou a postura de Flávio Dino em relação aos presidenciáveis de prostituição política. Constrangidos, líderes e membros do PDT, PCdoB, PSB e PSDB não se posicionaram sobre o assunto, e calaram diante da promiscuidade eleitoral.

Nos bastidores a justifica do silêncio destes partidos está na “expectativa de poder”, criada com base na candidatura do comunista ser uma das principais no estado. O PDT, por exemplo, é da base do governo Dilma. O PSB e o PSDB, no entanto, são de oposição e têm os seus próprios candidatos a presidente. Mesmo assim, todos aceitam o fato de Dino declarar apoio aos presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos, além de ainda tentar se beneficiar da imagem de Dilma Rousseff.

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Raimundo Monteiro, conclamou a militância petista do Maranhão, no domingo à noite, dia 20, a encampar a luta pela reeleição da presidente Dima Rousseff (PT) e pela eleição do senador Edison Lobão Filho (PMDB) ao cargo de governador e do deputado federal Gastão Vieira (PMDB) ao cargo de senador.

Ao discursar após a oficialização do resultado do 2º turno do Processo de Eleições Diretas (PED), que culminou com a eleição de Fernando Magalhães novo presidente do diretório do partido em São Luís, Monteiro destacou que, a partir de agora, os militantes podem-se dedicar integralmente à eleição de outubro deste ano.

“Agora, meus companheiros, é a eleição da Dilma. Todos juntos para reeleger Dilma presidente da República, Edison Lobão Filho governador, Gastão Vieira senador da República e os nossos deputados federais e estaduais”, declarou.

Segundo Monteiro, além de ampliar os esforços pela eleição aos cargos majoritários, os petistas devem também focar na eleição proporcional, para garantir apoio à presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e a Lobão Filho na Assembleia Legislativa.

“Dilma precisa do senador e dos deputados federais e o governador Edison Lobão precisa dos deputados estaduais. Agora é juntar todos, esquecer o processo eleitoral interno e partir agora para o principal que é reeleger nossa presidente, nosso governador, nosso senador e nossos deputados e deputadas”, completou.

Suplência

Monteiro é candidato a primeiro suplente de senador na chapa encabeçada pelo deputado federal Gastão Vieira. O candidato a segundo suplente é o presidente estadual em exercício do PMDB, ex-senador Remi Ribeiro.

Impugnado pela candidata a deputada estadual Valéria Braga (PSB) – ele aparece na lista de gestores com contas julgadas irregulares do Tribunal de Contas da União (TCU) – o petista diz já ter apresentado defesa para garantir a candidatura.

“Temos toda a defesa pronta agora é esperar a Justiça, na qual acreditamos”, disse, reforçando que tem em mãos declaração da Justiça Federal que o isentaria da inelegibilidade.

No início do mês, em virtude da possibilidade de impugnação e consequente declaração de inelegibilidade, o vereador Honorato Fernandes (PT) se disse “à disposição do partido” para substituir o colega.

“Eu estou à disposição do partido. Se for o desejo do Partido dos Trabalhadores que eu seja candidato a suplente de senador, cumprirei a missão. Mas que fique bem claro: o candidato é o companheiro Monteiro, que merece o nosso respeito, tem uma história dentro do PT, foi um dos seus fundadores e se a decisão é pela candidatura dele, terá nosso apoio”, afirmou.