Maranhão não alcança meta de vacinação contra a gripe

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Imagem do reporter-fotográfico Biaman Prado

O Maranhão não atingiu a meta de vacinação contra a gripe estabelecida pelo Ministério da Saúde. A recomendação era que 80% do público-­alvo ­ idosos, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, indígenas e mulheres que tenham feito parto em até 45 dias ­ fosse vacinado, mas no estado o índice não atingiu 75%.

A Campanha de Vacinação contra gripe terminou na sexta-­feira, dia 5, e não será prorrogada. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda a continuidade da vacinação aos estados e municípios que não atingiram a meta.

 No Maranhão, um total de 1.384.208 de pessoas deveriam ser vacinadas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, mas apenas pouco mais de 1 milhão de pessoas receberam uma dose da vacina. No estado, a cobertura vacinal foi de 74,45%.

O Maranhão segue a tendência da região Nordeste, onde apenas 66,48% das 11.137.022 pessoas que deveriam ser vacinadas foram imunizadas. Em todo o país, balanço parcial do Ministério da Saúde mostra que 35,9 milhões de pessoas já foram vacinadas, o que corresponde a 73% do público-­alvo.

A meta era vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

As informações são de O Estado do Maranhão

Por causa de problemas com a Oi, SAMU atende pelo 190 em São Luís

samuA Prefeitura de São Luís comunicou a imprensa por meio de nota, que o atendimento por telefone do SAMU na capital está temporariamente sendo realizado por meio do número 190, que é administrado pelo Ciops.

A medida ocorre como uma alternativa à impossibilidade de a população utilizar o tradicional 192. O número 192 não está recebendo chamadas externas por causa de problemas coma operadora de telefonia Oi.

Portanto, aquele que precisar de qualquer tipo de atendimento de urgência oferecido pelo SAMU, deve ligar para o 190.

Bernardo do Mearim que se vire com hospital

bernardo_mearimA Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu nesta semana uma nota oficial após o prefeito Fred Maia, de Trizidela do Vale, dizer que não aguenta mais atender pacientes de Bernardo do Mearim porque o hospital da cidade vizinha está fechado em virtude do corte de uma ajuda de R$ 100 mil que o Governo do Maranhão repassava ao município (reveja).

No comunicado, a SES joga a responsabilidade da gestão para a prefeitura, diz que, se quiser, que ela vá procurar recursos no Ministério da Saúde e que não voltará mesmo a repassar os R$ 100 mil mensais.

“O recurso de R$ 100 mil não existe. O MS não reconhece financiamento para hospitais de 20 leitos que foram construídos sem nenhum critério técnico de regionalização do MS pela gestão passada. Não há recurso nem do MS nem da SES para suprir esta demanda”, diz a nota.

Foi como se dissesse: “Bernardo do Mearim que se vire com seu hospital”.

O que a SES esquece é que não é de hoje que o Ministério da Saúde não reconhece esses hospitais. Já não reconhecia antes, e, mesmo assim, o Estado ajudava a mantê-los, porque existia uma política de valorização da saúde.

O que, agora, parece ter deixado de existir.

Maranhense é conferencista no Congresso Espanhol de Dor

joaoO médico anestesiologista maranhense João Batista Garcia foi o primeiro nordestino a realizar conferência no Congresso Espanhol de Dor. O evento, um dos maiores da Europa, ocorreu ma semana passada.

Durante o congresso, João Batista falou sobre problemas com o uso de analgésicos, como vício e abuso.

“Esse é um problema grande nos EUA e em alguns países da Europa, o que ainda não acontece desta maneira em nosso pais. Usamos poucos analgésicos potentes como a morfina.

Especialista em dor, ele diz que há no Brasil poucos profissionais dedicados à área.

“Temos poucos especialistas em dor, e faltam políticas para um problema que é de saúde pública”, completou.

Segundo ele, só em São Luís chega a 42% o contingente da população que sofre de dor crônica.

Faltam medicamentos no Hospital do Câncer, diz promotora

gloria mafraA promotora Glória Mafra, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de São Luís, revelou no sábado (30), durante entrevista ao programa “Estação Ministério Público”, produzido e apresentado pela Coordenação de Comunicação do órgão, que medicamentos que deveriam ser fornecidos a pacientes em tratamento de Câncer estão em falta no Hospital Geral, unidade estadual especializada em oncologia.

A falta de medicamentos foi constatada em visita in loco da promotora à unidade de saúde. Segundo ela, a direção do hospital comprometeu-se a atualizar o estoque do almoxarifado e informar hoje (1º) ou amanhã (2) se ainda faltam medicamentos.

Ela garantiu que, caso ainda haja desabastecimento, o MP atuará em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para garantir um processo de compra rápido, mas legal.

“Nós fizemos um trabalho dentro da unidade do Hospital do Câncer, para que o gestor pudesse garantir o atendimento. E ainda estamos aguardando, para segunda ou terça-feira, uma posição atualizada se ainda estamos sem medicamentos quimioterápicos”, declarou.

Glória Mafra disse que ainda apura ha quanto tempo o Governo do Estado não fornece os remédios. Ela acrescentou que “grande parte” deles estão em falta no Hospital do Câncer.

“Sim [houve uma interrupção do fornecimento dos medicamentos de quimioterapia]. Isso é real. Estamos apurando essa questão do tempo, de quanto tempo ficou sem. Mas o que nós constatamos, até com uma visita in loco, é que vários e vários quimioterápicos, grande parte dos quimioterápicos, ficaram um período sem ser dispensados. Estamos aguardando o batimento do almoxarifado do hospital para verificar se ainda há quimioterápicos sem ser dispensados”, revelou.

Durante a entrevista, a promotora informou, ainda, que também já descobriu que faltam medicamentos na Farmácia Estadual de Medicamentos Especiais (Feme).

“O que a gente percebeu e constatou nesses últimos meses é um desabastecimento. É evidente que nós temos uma transição, é evidente que nós temos uma mudança de lógica de gestão, mas o paciente que está doente, internado, em casa, precisando de um medicamente para melhorar ou para não adoecer mais, ele e o seu familiar não quer saber dessa questão de ser transição ou não”, completou.

Clique aqui e ouça a íntegra da entrevista.

Prefeito revela que hospitais estão fechando por falta de ajuda do governo

“Eu não aguento mais! O povo vai morrer”, desabafa Fred Maia, em encontro com Carlos Brandão, em Brasília

O prefeito de Trizidela do Vale, Fred Maia, comentou no fim da semana passada – em reunião de gestores com o vice-governador do Marahão, Carlos Brandão (PSDB), em Brasília –  uma situação que tem ocorrido em praticamente todo o estado, mas que o governo Flávio Dino (PCdoB) insiste em escamotear.

fred_maiaSegundo ele, o seu município tem sido sobrecarregado com pacientes de Bernardo do Mearim, porque a cidade vizinha tem um hospital pronto, com equipamentos novos, mas está fechado porque o governo parou de repassar à Prefeitura uma ajuda mensal de R$ 100 mil que era enviada no governo Rosena Sarney.

“Nós não temos culpa se o secretário de Saúde fez hospital de 20 leitos, de 100 leitos, de 500 leitos, e aí não tem quem bote aquele hospital para funcionar. Eu acho que o que não pode acontecer é o que está acontecendo. Por exemplo: eu estou na UTI e meu oxigênio está acabando, porque em Bernardo do Mearim tem um hospital que está fechado porque não tem mais ajuda do governo, que era uma ajuda de R$ 100 mil, para poder a prefeita trabalhar. Resultado: tá fechado, é 15 quilômetros [de distância de Trizidela], e tá todo mundo em Trizidela do Vale, eu recebendo R$ 49 mil de AIH. Eu não aguento mais! O povo vai morrer”, desabafou (veja no vídeo acima, retirado do Blog do Carlinhos).

Durante a sua fala, Fred Maia citou um caso curioso. Ele lembrou que o marido da prefeita Eudina Costa, conhecido como Totoca, foi um dos atendidos recentemente em Trizidela do Vale por conta do fechamento do hospital de Bernando do Mearim.

“Tá lá o registro, o primeiro-damo, o Totoca [marido da prefeita de Bernanrdo do Mearim] passou mal, teve que vir ser atendido em Trizidela do Vale. Se uma pessoa cortar o pé em Bernardo, de noite, não tem onde costurar. Tem que amanhecer o dia com o pé aberto, para vir em Trizidela ou Pedreiras, para poder costurar. Então, tem um hospital montado, tudo novo, vamos acabar com isso. Dá R$ 100 mil, dá o que puder dá, para ver bota ao menos o hospital para funcionar”, destacou.

Bem Viver diz que tem “propósito real” de pagar rescisões

nota1 nota2No dia em que servidores terceirizados da Saúde do Estado fizeram um protesto pelas ruas do Centro de São Luís, o Instituto Bem Viver, umas Oscips que trabalhavam para a SES, emitiu nota (veja acima) dizendo que  “há um propósito real da entidade em saldar todas as obrigações trabalhistas junto aos seus empregados”.

O contrato entre a Bem Viver e o Governo terminou no dia 11 de maio. Desde então, trabalhadores que ainda não receberam seus salários reclamam da possibilidade de calote.

Hoje (22) eles estiveram na porta do Palácio dos Leões, e conseguiram uma audiência com membros do governo.

No comunicado à imprensa, o instituto informa que tem mantido diálogos com o secretário de Saúde, Marcos Pacheco (PDT), para o “cumprimento das obrigações contratuais assumidas”.

despachoAlém da nota, a Bem Viver divulgou também um despacho do Ministério Público do Trabalho (leia ao lado), marcando para o dia 27 de maio uma audiência de conciliação, com a participação da entidade, dos sindicatos e do Governo do Estado.

Segundo eles, o pagamento dos salários depende, agora, “tão somente […] do entendimento que será firmado […] quando da realização da citada audiência”.

PCdoB tem lista de indicados para hospital do Estado, revela Murad

listaoO ex-deputado estadual Ricardo Murad (PMDB) denunciou hoje (21), em sua página pessoal no Facebook, o que pode ser uma prova do loteamento de cargos na estrutura do Governo do Estado pelo PCdoB, partido do governador Flávio Dino.

O peemedebista publicou uma lista com nomes de várias pessoas e os cargos que eles supostamente ocupariam no Hospital Geral de Peritoró (HGP).

O documento tem o timbre do PCdoB local e a inscrição: “RELAÇÃO NOMINAL DE PESSOAS INDICADAS PELO PCdoB DE PERITORÓ PARA AS VAGAS DE EMPREGO NO HOSPITAL GERAL DE PERITORÓ”.

São 24 os supostamente indicados, para cargos desde diretoria, até maqueiros.

“Vergonha. Saúde violentada. Emprego nos hospitais só para quem entrar na lista do PCdoB. Olhem a esculhambação em que se transformou o governo Flávio Dino”, escreveu Murad.

O governo ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto, mas alguns dos seus membros argumentam que a lista sequer tem assinatura e que, portanto, não seria verídica.

No Twitter, sem citar diretamente o caso, o titular da Seap, Marcio Jerry, comentou o caso.

“Não há contra o governo Flávio Dino uma acusação que se possa levar a sério. Factóides e mais factóides, mentiras e mais mentiras”, disse.

HCM suspende atendimentos em várias especialidades

Hospital-Carlos-MacieiraA nova direção do Hospital Carlos Macieira (HCM) comunicou no fim da semana passada que a unidade deixará de fornecer atendimento em pelo menos quatro especialidades médicas.

Estão suspensos os atendimentos de cirurgia torácica, cirurgia plástica reparadora, protctologia e clínica de dor.

Alguns médicos foram comunicados da decisão por mensagem de texto.

A alegação é a falta de recursos, já que o orçamento da unidade foi reduzido em relação ao ano passado.

O blog entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e ainda hoje aguarda posicionamento oficial sobre o assunto.

Nova greve

Além da dispensa de especialidades médicas, o HCM enfrentou mais uma paralisação de médicos residentes.

No fim da semana passada, novamente com as bolsas atrasadas, eles decidiram parar.

Atraso

No caso dos funcionários do Hospital Juvêncio Matos, eles reclamam que o aviso prévio venceu no dia 15 de maio, mas até agora não foi pago.

A alegação do instituo Bem Viver é de que ainda não recebeu o pagamento de uma fatura do Governo do Estado.

Outro lado

Em nota, a SES jura de pés juntos que não houve suspensão de nenhuma das especialidades acima e que não houve paralisação de residentes.

Então, tá!

SES aluga prédio na Av. dos Holandeses por R$ 135 mil/mês

De O Estado

predioA deputada estadual Andrea Murad (PMDB) denunciou ontem um contrato entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Pereira de Sá Administração de Ativos Próprios Ltda. para aluguel de um prédio por R$ 135 mil por mês. Será R$ 1,6 milhão ao término de um ano de contrato.

O edifício fica localizado na Avenida dos Holandeses, área nobre de São Luís, conta com dois andares e ainda não está todo pronto, segundo imagens apresentadas pela parlamentar na tribuna da Assembleia, na tarde de segunda-feira.

De acordo com o extrato do contrato publicado no Diário Oficial, no local devem funcionar “setores da Secretaria Adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde”.

Em seu discurso, a deputada comparou os gastos com o aluguel do prédio e o argumento do Governo do Estado para tentar transferir para a rede pública uma criança maranhense que está recebendo tratamento em hospital particular em São Paulo, por conta do valor da conta a pagar.

contrato“O governo do Estado acha que o tratamento dessa criança que está em São Paulo com o risco de vida é financiar riqueza sem justa causa a uma pessoa só, mas alugou este prédio para a Vigilância Sanitária, na Avenida dos Holandeses, por R$ 135 mil mensais, inacabado por dentro. Então, ela [a SES] não tem dinheiro para arcar com o tratamento da criança, não tem dinheiro para manter as UPA’s e os hospitais do jeito que encontrou, mas tem dinheiro para alugar um prédio por R$ 135 mil mensais”, criticou.

A peemedebista também chamou atenção para o fato de que o prédio está localizado no metro quadrado mais caro da capital. “Eu quero saber o que o governador Flávio Dino tem a dizer aos maranhenses sobre ele pagar nessa crise toda que o Brasil está vivendo, R$ 135 mil mensais a um prédio para Vigilância Sanitária na Avenida dos Holandeses, a avenida mais cara de São Luís”, disse.

E lembrou que, no ano passado, os atuais governistas criticaram o aluguel de um prédio pertencente à Difusora Incorporação e Construção Ltda, por R$ 30 mil ao mês, para funcionamento do ambulatório de serviços oncológicos.

“Achavam um absurdo o prédio do Edinho Lobão, só porque era do Edinho Lobão. O prédio, lá no Turu, onde vários deputados foram lá na frente, foram dizer que aquilo era um absurdo, a Secretaria reformou todo o prédio onde estava tratando os pacientes com câncer, onde eram gastos R$ 30 mil mensais e o governador atual do Maranhão dizia que aquilo era um absurdo, aquilo era um vergonha e suspendeu o contrato”, destacou.

Revisão

Em discurso, o deputado Adriano Sarney (PV) também comparou a atual prática dos governistas, com o discurso proferido quando eles eram oposição. E cobrou do governador Flávio Dino que “repense” duas atitudes.

“No Governo passado a oposição aqui foi até o prédio do Edinho Lobão, um prédio de não sei quantos andares no Turú, que custava aos cofres públicos R$ 30 mil por mês. Agora, nós temos esse prédio na Avenida dos Holandeses de dois andares, porque eu vi a foto, que está custando R$ 135 mil”, completou.

Ao comentar o assunto, o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), vice-presidente da Assembleia e aliado do governador, afirmou que, além da Vigilância Sanitária e da Secretaria Adjunta de Atenção Primária, funcionarão no local a Vigilância Epidemiológica, a Central de Regulação de Transportes e a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).