R$ 2 milhões e R$ 2 milhões: questão de ponto de vista

suplementoAo apresentar recurso para tirar o pequeno Dudu – que nasceu com um problema cardíaco – do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo (SP), onde está internado desde o nascimento, o Governo do Maranhão usou dois argumentos principais.

O primeiro é o de que o dinheiro gasto com o tratamento está servindo para “financiar riqueza sem justa causa para uma pessoa só”.

O segundo: um tratamento parecido com esse, em caso recente, rendeu uma “conta para o poder público” da ordem de R$ 2 milhões.

Para ser usado como justificativa para tentar reverter a decisão liminar, o valor só poder ser considerado muito alto pelo Governo do Estado.

O problema é que, por outro lado, não se viu ninguém do mesmo Executivo reclamar quando, em abril, abriu-se crédito suplementar de (veja só!) R$ 2 milhões para a Secretaria de Estado de Assuntos Políticos e Federativos (Seap), comandada por Márcio Jerry (PCdoB).

O repasse foi autorizado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Nesse caso, é claro, ninguém reclamou da chamada “conta para o poder público”.

Questão de ponto de vista.

Porque R$ 2 milhões para um aliado políticao são uma mixaria.

Já para tratar de uma criança indefesa…

Estado recorre de decisão porque tratamento de bebê com problema cardíaco é muito caro

Para o Governo do Maranhão, bancar tratamento da criança é “financiar riqueza sem justa causa”

Do G1 MaranhãomiranteOs pais do recém-nascido que aguarda cirurgia cardíaca no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, não imaginavam que viveriam o drama de ver o filho lutar pela vida. Com um mês de vida, o pequeno “Dudu” foi diagnosticado com Tetralogia de Fallot (T4F), doença caracterizada pela má-formação cardíaca. Como não há tratamento no Maranhão, os pais ajuizaram ação na Justiça pedindo que o Estado pagasse o tratamento em outro lugar.

Antes de sair a decisão, o casal viajou com o filho para o Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo (SP), que é especialista em casos do tipo. “A criança nasce só o lado direito do coração. Fica faltando então o lado esquerdo com as válvulas. Ele passou pela primeira etapa, está numa situação que nós consideramos ainda muito grave. Mas depois ela vai ter que passar por outras duas cirurgias, uma com quatro meses e outra com dois anos de idade”, explica o médico José Pedro da Silva.

“Cada dia aqui é uma vitória. Cada dia que nosso filho fica vivo, lutando, é uma vitória”, desabafa o pai.

Neste mês, o juiz Marco Adriano Ramos Fonsêca, titular da 1ª Vara da Comarca de Pedreiras (MA), condenou o Estado ao pagamento das despesas referentes à cirurgia cardíaca à qual a criança deve ser submetida.

O bebê já está no hospital há 20 dias. Passou pela primeira cirurgia, mas vai precisar ficar pelo menos mais dois meses internado para se recuperar. Os médicos dizem que se a criança tiver que ser transferida, as chances de morte aumentarão.

“Se ele for transferido, se for uma viagem longe, ele corre o risco de morrer na viagem. Até de pegar uma ambulância porque as condições que estão hoje, qualquer modificação pode desequilibrar e a chance de morrer é muito grande”, garante o médico.

Estado quer transferência para o SUS

Mesmo com o parecer do médico sobre o risco, o Estado do Maranhão recorreu à Justiça para tirar a criança do hospital onde está e transferi-la para a rede pública. Na ação, o governo diz que o custo do tratamento é alto e que o dinheiro estaria servindo para “financiar riqueza sem justa causa para uma pessoa só”.

Entre os argumentos, está o caso recente de um bebê com o mesmo problema que foi tratado no mesmo hospital e que rendeu o que foi chamado de uma “conta para o poder público” que teria ultrapassado os R$ 2 milhões.

Os procuradores do Estado pedem que a liminar que garante o tratamento ao bebê seja derrubada porque classificam a situação como “de extremo gasto público”.

“Na realidade, nós não recorremos para abandonar ou para que seja feito um retorno à causa inicial. Na realidade, o Estado, ele existe para servir às pessoas e essa é nossa missão aqui. Exatamento por isso é que nós estamos recorrendo apenas para que a criança, logo após ela estar estável depois da cirurgia, ela passe para o leito do SUS, porque aí você teria uma economia dos recursos que são muito grandes e que estão sendo dispensados para o Beneficência. O custo é muito e hoje, no Brasil, nós, do sistema público de saúde, temos que fazer uma ‘para-economia’ para essa questão da judicialização”, argumenta o secretário de saúde do Maranhão, Marcos Pacheco.

O advogado da família, que também é tio da criança, tem dedicado as últimas semanas exclusivamente para tentar manter o atendimento em São Paulo. “Se a liminar for derrubada, se perde o objeto da ação, que é a vida da criança”, explica Ruterran Martins.

“Ninguém aqui tá pendido um favor. Isso é um direito que é assegurando a nós. É um direito constitucional”, diz o pai. “Eu sei que ele sendo transferido, só Deus sabe o que pode acontecer”, lamenta a mãe. “Nós estamos falando de uma vida. A constituição garante que a vida, independente de qualquer coisa tem que ser priorizada”, acrescenta Luís Eduardo.

Na casa da família em São Luís, os avós torcem pela recuperação do bebê apreensivos e revelam o medo medo do resultado da “briga judicial”.

“Quem é humano jamais deixaria que um bebê desse que está lutando pela vida dele, sair de onde ele está. Tendo todos os procedimentos cabíveis para ele tentar viver. Eu apelo às autoridades que dêem a chance ao meu neto de viver”, pede a avó.

Veja aqui a reportagem completa.

Derrota da transparência

IMG_0148.JPGDa coluna Estado Maior

O Governo do Estado comemora hoje um direito de resposta obtido judicialmente contra O Estado, por matéria absolutamente correta, jornalística e eticamente, envolvendo mortes no Hospital Macrorregional de Coroatá, em 18 de abril. A decisão judicial soa como uma vitória retumbante do “governo da transparência” contra a imprensa. Acrescente-se às comemorações, a vitória da mordaça palaciana, do cerceamento da liberdade de informação, da prepotência e do autoritarismo.

Rememoremos os fatos. Ao receber a denúncia, O Estado tomou o devido cuidado de ir à cidade de Coroatá, para ouvir as partes envolvidas. Entrevistou familiares e funcionários – que não quiseram se identificar por medo de represálias. Além disso, conforme procedimento obrigatório da Redação, buscou esclarecimentos da outra parte, no caso a Secretaria de Estado da Saúde. Feito isso, tratou de publicar na íntegra a nota enviada pela SES na qual foram negados os problemas apontados pelos funcionários do hospital e pelas famílias dos pacientes mortos.

Em toda a reportagem, em nenhum momento o jornal apontou responsabilidade da direção do hospital sobre os óbitos, mas considerou a possibilidade ante os relatos das fontes. Assim como também considerou a negativa apresentada pela SES. Tanto que – repita-se – publicou na íntegra a nota encaminhada pelo órgão.

Mas o governo Flávio Dino não ficou satisfeito com isso. Não queria – e não quer – ser confrontado ou questionado na “sua perfeição”. Precisava dar provas de força, de que tem poder para obter até mesmo absurdo direito de resposta por uma matéria que, em rigor, já havia dado o devido posicionamento oficial.

O Departamento Jurídico de O Estado estranhou a decisão. Mas, por hora, coube ao jornal cumprir a determinação judicial sem precedentes na história do jornalismo maranhense – um direito de resposta por uma reportagem que ouve os dois lados e segue todos os preceitos do bom jornalismo. Enfim…

Essa é a forma de agir do nosso “governo da transparência”. Para bom entendedor… E o Maranhão tem bons entendedores, meus caros. Estejam certos disso.

Oscips que venceram licitação da Saúde relutam em assumir serviços

Redução do valor do custeio tem sido empecilho para que entidades aceitem assumir unidades de saúde no Maranhão

O clima é de apreensão, mais uma vez, entre servidores do sistema de Saúde do Maranhão.

Praticamente um mês após a divulgação do resultado da licitação de Organizações Sociais (OSs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para gestão das unidades de saúde, algumas das vencedoras do certame relutam em assumir os serviços.

Em Carutapera, por exemplo, o Governo do Estado teve que prorrogar por mais três meses o contrato com o IDAC. A empresa foi uma das que acionaram a Justiça contra a licitação das Oscips.

Lá, até agora ninguém se dispôs a assumir o hospital porque o valor para custeio da unidade foi reduzido em aproximadamente 30%. O serviço deveria ser tocado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), uma estatal.

Em São Luís, o mesmo ocorre no Hospital Geral.

Por enquanto, o ICN deve ficar por mais três meses, já que não houve vencedor na licitação e o Aldenora Belo, que estava em estágio avançado de negociação para tocar a unidade, não chegou a firmar acordo com o Governo.

Em todos os casos, o servidores temem pela demora – ou mesmo calote – no recebimento dos salários referentes ao mês de abril.

Após atrasos em dezembro de 2014 e janeiro de 2015, o pagamento foi regularizado em fevereiro e março. Mas voltou a atrasar agora.

No MA, Oscip realiza seletivo para hospitais sem ninguém saber

oscipO Instituto Vida e Saúde (Invisa), que venceu licitação de R$ 4,6 milhões por mês para administrar dez unidades de saúde no Maranhão – entre elas o Hospital Nina Rodrigues e os de Monção e Lago dos Rodrigues – realizou o processo seletivo de pessoal “pra inglês ver”.

Ninguém soube de nada.

Segundo nota publicada unica e exclusivamente no site da Oscip (veja aqui), a entrega de currículos deveria ter ocorrido entre os dias 29 de abril e 6 de maio.

editalOcorre que mesmo os que, por obra de algum milagre, conseguiram descobrir que havia essa seleção, não conseguiram baixar o edital com as regras.

Resultado: as inscrições foram finalizadas e não se soube notícia de alguém que tenha conseguido, efetivamente, habilitar-se no processo.

Estranho.

Outro caso

Já nas maternidades Benedito Leite e Marly Sarney o caso foi diferente.

O Instituto Acua, que venceu a licitação, anunciou em comunicado afixada num mural da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que faria, inicialmente, apenas seleção interna.

Ou seja: escolheria entre os que já trabalhavam na unidade aqueles com capacidade para permanecer prestando serviços.

Um funcionário que trabalha na Benedito Leito, no entanto, garantiu ao blog que a direção da unidade estava jogando no lixo os currículos dos fncionários.

Coroatá: Andrea Murad representa contra secretário de Saúde e diretor de hospital

Funcionário do hospital de Coroatá  que desmentiu o governo deve ser ouvido pelo Ministério Público

andreaA deputada estadual Andrea Murad (PMDB) entrou com uma representação no Ministério Público contra o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco (PDT), e o diretor do Hospital Macrorregional de Coroatá, Francisco Brandão, para que seja instaurado inquérito e investigado o caso das mortes na UTI da unidade por queda no fornecimento de oxigênio (releia).

Em discurso na sessão plenária desta quinta-feira (07), a deputada frisou a importância do MP também ouvir o Daniel de Sousa, funcionário da unidade e autor de relatório interno onde ele confirma o pane nos equipamentos de oxigênio e a negligência para resolver o problema.

“Não podemos fechar os olhos para um relatório interno do hospital, de um funcionário do quadro da atual gestão, onde ele afirma que houve queda no oxigênio e com certeza isso que causou a morte de tantas pessoas em um só dia naquele horário no hospital. E é com esse forte argumento que eu foco minha representação e espero que o funcionário seja ouvido pelo MP”, disse Andrea Murad.

No dia 18 de abril, ocorreram 5 mortes na UTI do hospital macrorregional de Coroatá que, segundo o relatório do funcionário, houve pane nos aparelhos que fornecem oxigênio aos pacientes. Há quase um mês, a deputada Andrea Murad vem cobrando providências e a investigação do caso. Ainda nesta quinta-feira, ela teve seu requerimento aprovado pela mesa diretora da Assembleia Legislativa, onde ela pede a ida da comissão de saúde ao município de Coroatá para uma visita à unidade e às famílias das vítimas.

“A mesa aprovou o requerimento e creio que a Comissão de Saúde desta casa não será contra à nossa visita ao hospital macrorregional de Coroatá. É importante que acompanhemos de perto o caso e ouvir dos funcionários e famílias, os relatos sobre esta tragédia que vitimou 2 crianças e 3 adultos por falta no fornecimento de oxigênio aos pacientes” disse a parlamentar.

Coroatá: funcionário de hospital confirma “queda de oxigênio” no dia em que ocorreram mortes

Versão de funcionário que estava de plantão desmente nota oficial do Governo do Estado e relato de diretores ao Ministério Público

Um funcionário do Hospital Macrorregional de Coroatá confirmou, em depoimento por escrito, denúncia feita por O Estado na semana passada sobre a morte de pacientes por falta de oxigênio, no dia 18 de abril.

Daniel Sousa da Silva estava de plantão na madrugada em que morreram quatro pessoas que estavam internadas na UTI da unidade.

E foi categórico: houve, sim, “queda de oxigênio” naquela ocasião.

Essa teria sido a causa das mortes.

No documento, o colaborador relata que recebeu a informação de duas funcionárias que estavam na UTI no momento em que um alarme disparou acusando o problema, pouco antes das 5h da manhã.

Momentos depois, um médico de plantão, identificado apenas como Dr.Vismar, informou que duas pacientes haviam “parado” – o que significa que houve parada cardíaca – por conta disso.

Daniel tentou, então, sem sucesso, acionar funcionários da empresa RD Tecnologia, que presta serviço de manutenção nas UTIs do Macrorregional de Coroatá. Mas houve, ainda de acordo com o depoente, pouco empenho dos contratados.

O problema só foi resolvido quase duas horas depois, quando quatro pessoas já estavam mortas.

O caso foi denunciado incialmente por O Estado. Em nota, o Governo contestou a informação,  “posto que não ocorreu nenhum problema no fornecimento de oxigênio para a UTI do Hospital Macrorregional de Coroatá Alexandre Mamede Trovão, no dia 18 de abril”.

O Ministério Público apura o caso. Aos promotores a direção do hospital também garantiu não houve qualquer tipo de interrupção ou diminuição no fornecimento de oxigênio aos pacientes no dia 18 de abril. Eles negaram, também, que tenha havido falha no fornecimento de energia elétrica, ressaltando que o hospital possui gerador de energia sobressalente para esses casos.

Ainda segundo eles, a empresa responsável pelo fornecimento do oxigênio mantém quatro técnicos para o acompanhamento do serviço, em regime de revezamento.

A versão oficial, no entanto, conflita com o relato formal do funcionário.

Cururupu: funcionários da Santa Casa param atividades por falta de pagamento

santa2Funcionários da Santa Casa de Misericórida de Cururupu paralisaram hoje (28) as atividades na unidade em protesto contra o atraso de pagamento de salários pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Segundo eles, já são três meses sem receber.

O movimento é, inicialmente, de advertência, com paralisações diárias, priorizando apenas atendimentos de emergência.

Os servidores garantem, contudo, que se o pagamento não ocorrer até o dia 30 de abril farão greve geral.

Por meio de nota a SES informou que pagou os meses de novembro e dezembro de 2015 com recursos do orçamento de 2015 e que acertou de pagar nesta quarta-feira (29) os meses de janeiro e fevereiro.

“Para realização dos pagamentos dos meses de março em diante, a SES aguarda da Santa Casa de Misericórdia de Cururupu um relatório de prestação de contas constando, detalhadamente, as aplicações de recursos do Governo já liberados. Constando em relatório, inclusive, a quantidade de médicos contratados e suas especialidades que prestam serviços para a referida casa de saúde”, diz o comunicado.

Falta de médicos

O atraso no pagamento dos salários não é o único problema da Santa Casa de Cururupu. Em fevereiro, o promotor Francisco de Assis Silva Filho, da 32ª Promotoria de Justiça Especializada da Infância e da Juventude da Comarca de São Luís, instaurou inquérito civil para apurar a falta de médicos na unidade.

Segundo a denúncia do Ministério Público, há indícios da inexistência de médicos com especialidades em ortopedia, anestesia e pediatria, para realização de procedimentos cirúrgicos.

A própria Santa Casa, a Comissão Intergestores Bipartite do Maranhão (CIB-MA) e a Secretaria de Estado da Saúde já foram instadas a prestar informações sobre providências adotadas para sanar ausência dos médicos.

Deputado proporá CPI para apurar mortes em maternidade de Caxias

O Maranhão assistiu atônito, ontem (27), a uma reportagem especial do Repórter Record Investigação, da TV Record, contando detalhes das mortes de aproximadamente 200 bebês na Maternidade Carmosina Coutinho, em Caxias, só em 2014.

As mortes, em sua maioria, ocorreram logo após o nascimento e já haviam chocado o Brasil inteiro no ano passado, quando o programa CQC, da Band, passou pela cidade mostrando o absurdo da saúde infantil local (relembre).

Baseado em relatório da Vigilância Sanitária Estadual, o Ministério Público protocolou Ação Civil Pública contra o Município de Caxias e conseguiu decisão favorável do juiz da Infância e da Juventude de Caxias, Antonio Manoel Araújo Velôzo, que determinou a imediata solução de todas as não conformidades detectadas pela. No documento, o magistrado estipula ainda multa pessoal diária de R$ 5 mil ao prefeito do município, Léo Coutinho (PSB), para o caso de descumprimento da decisão.

Mas isso não é tudo.

Em conversa com o titular do blog, ainda na tarde desta segunda-feira, o deputado estadual Wellington do Curso (PPS) informou que começará a colher assinaturas para protocolar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apure as circunstâncias das mortes dos bebês e a responsabilidade do prefeito Léo Coutinho no caso.

Ele disse saber da dificuldade de conseguir aprovar um requerimento como esse, mas acrescentou que tentará mesmo assim.

“Não podemos assistir calados e parados a essa tragédia”, declarou.

Governo mente para esconder greve no Carlos Macieira

nota timboUma médica residente do Hospital Carlos Macieira (HCM), em São Luís, desmentiu no fim de semana uma inverídica nota oficial emitida pelo Governo do Estado depois de este blog revelar uma greve na unidade de saúde (reveja).

“Governo soltou nota que não existe greve? Estamos em greve desde quinta-feira. Trabalhamos 60h semanais e não nos pagam”, relatou Renata Timbó, por meio da sua conta no Twitter, no sábado (25).

No dia em que se iniciou a greve, o assunto foi tema de um post aqui. Algumas cirurgias eletivas chegaram a ser suspensas.

Por conta disso, o blog solicitou, por e-mail, uma nota do Governo do Estado, que respondeu, via Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), garantindo que era “infundada” a notícia sobre a greve.

Não satisfeito, o Executivo ainda publicou o comunicado num dos seus sites oficiais, tentando desqualificar a informação.

Mas foi sumariamente desmentido por uma das próprias grevistas. Mostrando mais uma vez quem é que, de fato, trabalha com a verdade. E quem é que anda mentindo por aí.