Oposição tenta mudar foco de manifestações em São Luís

vem_pra_ruaIncrível o desespero da oposição maranhense com a manifestação programada para amanhã (19) em São Luís. Nas redes sociais e em blogs ligados principalmente à Prefeitura de São Luís, o objetivo é tentar fazer parecer que o movimento é contra a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o grupo dela.

Nada disso.

O próprio cartaz da manifestação (veja ao lado) não deixa mentir: a causa é a mobilidade urbana e, portanto, o foco dos protestos será mesmo a péssima qualidade do transporte público da capital – e também mais pressão para mostrar que a população não aceitará passivamente qualquer reajuste de passagem -, por isso tanta mobilização do pessoal ligado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Mobilização, aliás, que envolve até movimentos partidários. A União da Juventude Socialista (UJS), por exemplo, entidade estudantil vinculada ao PCdoB, está sendo acusada por organizadores do movimento de tentar politizar a manifestação.

A intenção, denunciaram hoje pela manhã (18) fontes do blog na Assembleia Legislativa, é infiltrar militantes na passeata – que tem concentração marcada para as 17h40 na Prça Deodoro – e evitar que ela chegue à frente do Palácio de La Ravardière, sede do Executivo Municipal. Até carros de som já foram oferecidos pelos “manifestantes” comunistas.

A organização, no entanto, é taxativa: não quer envolver política partidária e, no mesmo cartaz em que destaca o objetivo do movimento, informa que não serão aceitas “bandeiras partidárias”.

É provável que, devido à reação, a turma ligada ao PCdoB acabe realizando uma manifestação paralela.

SET começa a cobrar da Prefeitura reajuste de passagens

SET-SLZQuase um mês após o acordo que garantiu reajuste de 8% aos rodoviários da capital, o sindicato dos empregadores do setor, o SET, já cobra da Prefeitura de São Luís o aumento do valor das passgens de ônibus.

A defasagem do sistema com o aumento dos salários já chega a 38%, afirma o superintendente financeiro do sindicato, Luís Cláudio Siqueira, em entrevista a O Estado. Segundo contabiliza o dirigente, os empresários já acumulam prejuízo superior a R$ 8 milhões por mês e o subsídio pago pelo Município é de R$ 2 milhões.

“O repasse que está sendo feito pela Prefeitura às empresas reduz apenas um quarto desse prejuízo”, afirma, garantindo que, no caso de realinhamento tarifário, apenas 28% dos usuários do sistema seriam diretamente atingidos. “São estes que, de fato, pagam passagem inteira no transporte na capital maranhense. O restante usufrui de gratuidades, paga meia-tarifa, no caso dos estudantes, ou conta com vales-transportes pagos pelos patrões”, afirma.

O valor médio da passagem em São Luís, diz o sindicalista, é de R$ 1,98 (se considerada a razão entre as três tarifas). “Mas, se considerarmos o excesso de gratuidades e as fraudes, tanto na gratuidade quanto na meia-passagem, a receita média do sistema é de R$ 1,30 para cada passageiro. Só para se ter uma ideia, Imperatriz, no sul do Maranhão, opera com uma tarifa média de R$ 2,50”, observa.

Quando fechou acordo para garantir o reajuste dos rodoviários, o SET recebeu da Prefeitura a garantia de que a compensação pelas perdas do sistema também seria ampliada.

Pelo visto…

Passageira da Guanabara relata abuso e constrangimento em viagem

guanabaraUma cliente da empresa Expresso Guanabara relatou em redes sociais ter passado por uma situação extremamente constrangedora numa viagem entre Parnaíba (PI) e São Luís (MA).

No relato, Ana Paula Rodrigues conta que é moradora do Piauí, mas que estuda na capital maranhense. Como é casada, passa os fins de semana com o marido. Numa dessas ocasiões, em 19 de maio, segundo a cliente, ao tentar embarcar ela percebeu que havia esquecido o bilhete de embarque.

É a partir disso que se desenrola um enredo de abuso, desrespeito e constrangimento. leia abaixo o que contou a cliente sobre o fato.

Por Ana Paula Rodrigues

Moro em Parnaíba-PI e sou cliente dessa empresa desde sua criação em 1992, portanto há mais de 20 anos. Sempre fiz viagens pela Guanabara para Fortaleza, Teresina e, nos últimos dois anos, tenho ido com regularidade para São Luís-MA, pois faço um curso superior lá. Como sou casada e meu marido continua morando em Parnaíba; durante o período letivo, venho às sextas-feiras à noite e volto no domingo à noite, no ônibus que saí às 20:15h.

Depois de contextualizar a situação, começo o relato do episódio de maior constrangimento por que passei em toda minha vida.

Adquiri um bilhete em 11 de maio de 2013, no guichê da agência na rodoviária de Parnaíba para viajar no dia 19 de maio de 2013. Sempre adquiro os bilhetes com antecedência. Entretanto, ao chegar à rodoviária, percebi que não estava com o bilhete. Dirigi-me ao guichê, apresentei meu documento de identificação e solicitei uma 2ª via, certa de que não haveria empecilho algum. Até porque antes certifiquei-me de que meu nome encontrava-se na lista de passageiros, em poder do motorista.

Para minha surpresa, fui informada pelo funcionário da empresa que teria de efetuar a compra de um novo bilhete. Argumentei que isso não poderia acontecer, pois o bilhete já havia sido adquirido. Se ele consultasse o computador (que está conectado a todos os outros da empresa espalhados por onde ela presta serviços, verificaria isso), portanto não haveria motivos para a não emissão de uma 2ª via. O que se sucedeu a partir daí foi uma série de atitudes desrespeitosas por parte de todos os funcionários que estavam presentes no momento.

Eu argumentei que viajaria de qualquer forma, pois tinha compromissos inadiáveis em São Luís às 7h da manhã de segunda-feira, além de provas que eu deveria fazer naquele mesmo dia. Eles, já com bastante desdém em relação à situação, disseram que eu deveria comprar outra passagem e se recusaram a me fornecer um motivo plausível para a não emissão de 2ª via. Eu recusei-me a comprar, óbvio. para minha completa indignação, do rapaz do guichê ao motorista, todos foram bastante grossos comigo.

Dirigi-me ao ônibus. O motorista então foi para a porta dizendo que eu não entraria e quando eu disse que embarcaria de qualquer jeito, ele abriu os braços na tentativa de me empurrar. Só não conseguiu porque meu marido foi mais rápido e impediu-o.

O certo é que entrei, sentei-me no assento que já estava no meu nome. E começou uma sequência de fatos que jamais imaginei vivenciar. Os funcionários começaram a agir com ironia, inclusive deram sugestão para que os demais passageiros fizessem “uma vaquinha” para comprar uma nova passagem para mim. Depois ameaçaram chamar a polícia caso eu não saísse do ônibus. E já perto das 21h, o motorista subiu para dizer que a viagem atrasaria ainda mais, já que havia no ônibus uma moça que não podia viajar porque não tinha passagem. Avisou que o ônibus ia sair, mas ia direto para a garagem, onde os demais passageiros seriam transferidos para outro ônibus e eu ficaria lá dentro daquele até cansar.
Desci para argumentar mais uma vez que eu tinha o direito de viajar. Foi aí que vi os bagageiros fechados e minha mala jogada no calçamento molhado (havia chovido bastante minutos antes), fiquei muito indignada neste momento, porque em minha bagagem havia livros do curso, além de trabalhos que eu deveria entregar na segunda-feira.
Constrangida, indignada e preocupada com os demais passageiros, inclusive com uma criança de colo que já estava impaciente, e com o fato de ter de chegar a São Luís antes das 7h da manhã, acabei adquirindo uma nova passagem. Eles ainda disseram: “viu, como é fácil resolver o problema? Agora se achou ruim, entra na justiça!”
Esse episódio demonstra a total falta de respeito dessa empresa e a total falta de preparo dos funcionários para lidar com situações como essa.

Passei a noite viajando acordada, sem conseguir dormir, pensando no constrangimento pelo qual passei. Meu marido, no dia seguinte, relatou-me que, depois de finalmente eu embarcar, sentiu-se mal, teve uma crise de pressão alta.

Venho deixar público isso, porque quero que o maior número de pessoas possível fique ciente das práticas dessa empresa e do desrespeito com que trata o consumidor.

O triste é que sou obrigada a continuar viajando com eles, já que não há outras empresas que façam a linha Parnaíba-São Luís-Parnaíba nos horários em que eu preciso viajar. E talvez aí esteja o X da questão. Se houvesse concorrência, o tratamento aos passageiros seria outro.

E informo que já estou tomando as medidas legais cabíveis contra a Expresso Guanabara.

Agradeço aos passageiros, que ficaram do meu lado, inclusive aos que se dispuseram a servir de testemunha.

Outro lado

Por meio de sua conta no Twitter, a Guanabara informou que ainda averigua o caso antes de emitir um posicionamento oficial: “Estamos averiguando o ocorrido para podermos nos posicionar a respeito. Solicitamos que aguardem”.

Licitação das linhas de ônibus ocorre até novembro em São Luís

onibusCom o objetivo de estabelecer um marco regulatório para o tranporte de passageiros, em São Luís, o Ministério Público firmou, nesta quinta-feira, 16, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET).

O documento foi assinado pela promotora de justiça de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti; pela secretária municipal de Trânsito e Transporte, Myrian Santos Aguiar; e pelo presidente do SET, José Luiz Medeiros.

Pelo TAC, o Município de São Luís se compromete a deflagrar o processo licitário até o dia 30 de agosto de 2013, a fim de contratar empresa habilitada para prestação do serviço de bilhetagem automática, incluindo os módulos de biometria e bilhete único. A gestão e controle do sistema será realizada pela prefeitura. A licitação das novas linhas dever ser feita até o dia 30 de novembro.

Para evitar o aumento das passagens, enquanto o marco regulatório não é votado pela Câmara de Vereadores, o Município de São Luís se compromete a repassar, em caráter indenizatório, o percentual de 6,60% do custo total do sistema de transporte rodoviário municipal. O valor será apurado mediante Termo de Ajuste de Contas, a ser elaborado pela SMTT.

O acordo prevê que o valor será pago, durante três meses, até o dia 30 de cada mês, ao SET. A primeira parcela deverá ser repassada em junho. Caberá ao sindicato dividir o montante entre as empresas do sistema de transporte urbano da capital.

“O propósito do Ministério Público é evitar que o transporte continue decadente e os consumidores sejam penalizados com o aumento da tarifa e uma nova greve. Se o acordo for cumprido, o transporte será revitalizado, permitindo um tratamento adequado e digno aos usuários do transporte público”, destacou Lítia Cavalcanti.

O Município de São Luís se comprometeu, ainda, a encaminhar Projeto de Lei à Câmara de Vereadores disciplinando o novo marco regulatório do serviço de tranporte público até 30 de julho. Também é obrigação da prefeitura realizar auditoria financeira no sistema de transporte.

(Com informações do MPMA)

Os milhões aos empresários dos transportes

onibusDesde que se confirmou o acordo entre o SET e os rodoviários – que garantiu 8% de reajuste aos trabalhadores (reveja) – não se fala em outra coisa: a compensação que a Prefeitura de São Luís pagará aos empresários para evitar aumento de passagem.

A maioria das fontes cita algo em torno de R$ 2 milhões mensais. Uma outra, bem próxima do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), fala em R$ 6 milhões em uma única parcela.

O dinheiro teria sido a fórmula encontrada para garantir o aumento dos rodoviários – vale lembrar que o reajuste dos auxílios deve ocorrer em patamar maior -, sem necessidade de greve e, ainda, sem aumento de passagem.

Se realmente confirmar o pagamento, o Município volta, então, a cumprir o que determina um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado ainda na gestão passada no Ministério Público, que visava justamente à garantia de subsídio aos empresários diante dos reajustas salariais anuais dos empregados, mesmo com o congelamento dos preços das passagens.

Grande jogada da Prefeitura para garantir a melhor solução para um problema que, há apenas algumas semanas atrás, mostrava-se crônico. Mas foi resolvido como nunca antes na capital.

Acordo entre SET e rodoviários pode evitar greve

set-rodoviarios-acordoO SET e Sindicato acabam de selar um acordo e possibilidade de greve está descartada.

Pelo que ficou acertado em reunião na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), a categoria receberá 8% de reajuste salarial – os rodoviários ainda lutam por reajuste maior no valor do tíquete-alimentação e seguro de vida.

A Prefeitura de São Luís participou da negociação, e comprometeu-se a compensar alguns dos déficits financeiros dos empresários. A proposta agora será levada à categoria  dos rodoviários, que devem aceitá-la em assembleia geral.

GREVE À VISTA! SET e rodoviários não chegam a acordo

Rodoviários pedem novo reajuste

Rodoviários pedem novo reajuste

O SET e os representantes dos rodoviários de São Luís não chegaram a um acordo hoje (10), na segunda reunião intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), e ainda há possibilidade de greve dos trabalhadores do transporte público da capital.

Na rodada desta sexta, discutiu-se basicamente o reajuste salarial. Os rodoviários pediram 10% de reajuste salarial. O SET ofereceu, no máximo, 6%.

O procurador Maurício Lima, então, deve formular uma proposta entre as duas apresentadas, e levá-las individualmente a cada uma das categorias. Nova reunião, novamente na sede do MPT, só na segunda-feira (13), às 15h.

VÍDEO! Grave acidente deixa um morto em Bacabeira

Um grave deixou um morto e um engarrafamento quilométrico hoje (10) à tarde na BR-135, na altura do entroncamento com a MA-402, em Bacabeira.

Segundo testemunhas, um caminhão-tanque precisou fazer uma parada. O condutor de um Fiat Uno que vinha em seguida não conseguiu frear a tempo e colidiu contra a traseira do auto-carga e acabou imprensado por uma Scania, que vinha logo atrás. O acidente não foi mais grave porque o caminhão-tanque não transportava carga no momento da colisão.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAO motorista, identificado como Fernando Sousa Filho, 20, ficou preso nas ferragens, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Outro passageiro do veículo, Marciel Alves, 23, sobreviveu e foi encaminhado, de helicóptero, a um hospital em São Luís.

O vídeo acima é do leitor do blog Daniel. A foto é do portal Rosário em Foco.

Gratuidades no transporte público e a responsabilidade da Câmara

onibusO blog do jornalista Marco D’Eça trouxe hoje uma informação impressionante: apenas 28,65% das pessoas que usam o transporte coletivo em São Luís pagam efetivamente a sua passagem. Todos os demais usuários são beneficiados pela Prefeitura de São Luís com algum tipo de subsídio ou compensação (veja aqui).

Segundo o jornalista, dados do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) revelam que só os passageiros que andam de graça – cerca de 100 mil – representam 20,95% do total de usuários. “Além deles, há benefícios para estudantes (23,46%); e para o trabalhador que usa vale-transporte (26,94%)”, diz na postagem.

Mas há um detalhe que precisa ser levado em consideração: os maiores responsáveis por esse absurdo que é o abuso das gratuidades são nossos excelentíssimos vereadores.

São deles, em larga escala, os projetos de lei aprovados na Câmara Municipal que culminam com, cada vez mais, grupos de beneficiários do transporte público de graça.

O problema é que, ao apresentar projetos dessa natureza, nenhum vereador pensa no sistema com o todo. Pensa tão somente em votos. E, para garantir o apoio de uma camada qualquer do eleitorado, lá se vão mais passagens de graça.

Quando a Câmara parar de fazer proselitismo político com o transporte público e a Prefeitura estabelecer uma relação mais institucional e ética do que política com o SET, talvez então haja transporte público barato e de qualidade em São Luís.

SET x Rodoviários: sem acordo, cresce a possibilidade de greve

Greve de 2012: cena deve se repetir

Greve de 2012: cena deve se repetir

Não deu em nada uma reunião realizada hoje (6) entre membros do SET e dos Rodoviários na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Motoristas e cobradores exigem aumento salarial na casa dos 15%, mais reajuste no auxílio-alimentação, de R$ 365 para R$ 450, inclusão de um novo dependente nos planos de saúde e odontológico, melhores condições de trabalho e seguro de vida.

Os empresários não vêem como conceder qualquer reajuste. Alegam, para isso, o alto custo de manutenção da frota, a falta de reajuste das tarifas e o elevado índice de gratuidades.

“Não há como, no atual sistema, garantir anualmente um reajuste aos rodoviários. Só o fato de as garantias do ano anterior terem sido mantidas para o ano seguinte já pode ser considerado um ganho para a categoria”, disse presidente do SET, José Luiz Medeiros.

Dorival Silva, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Maranhão, (STTREMA), acha que as reivindicações são justas. “Não estamos pedindo nada demais”, disse.

Ou seja: o usuário de São Luís pode começar a se preparar que vem aumento de passagem por aí. A questão é saber se ele virá com, ou sem greve.