Em meio ao debate sobre a falta de ciclovias em grandes avenidas de São Luís – que voltou à tona após o atropelamento de morte de mais um ciclista na capital maranhense -, chama atenção o fato de que nem mesmo as novas obras do chamado “Trânsito Livre” contemplem espaços específicos para o tráfego de bicicletas.

Esse fato, por sinal, motivou diversas críticas à gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) nas redes sociais (saiba mais).

Ocorre que, da forma como foi apresentado para a população pela Prefeitura, o projeto de mobilidade urbana deveria ter inclusas ciclovias, ou ciclofaixas.

Pelo menos é o que mostra uma maquete digital que foi divulgada pelo perfil da gestão municipal no dia 6 de agosto de 2022 – dias após o anúncio da primeira obra do “Trânsito Livre”, no retorno do Caolho (veja aqui).

No projeto anunciado havia várias marcações em vermelho, indicando a existência (ou a intenção de construção) de uma ciclovia/ciclofaixa – que simplesmente “sumiu” quando da finalização da obra.

Alvo de pesadas críticas na ocasião, a gestão Braide acabou não incluindo mais as faixas exclusivas para ciclistas nem nos projetos, nem nas obras seguintes.

No país inteiro, quase 9 mil obras que usam dinheiro federal estão paralisadas ou inacabadas. Um desperdício de dinheiro que o Tribunal de Contas da União atribuí à falta de coordenação entre as autoridades públicas.

Segundo o TCU das pouco mais de 21 mil obras com dinheiro da União existentes hoje no país, 8.603 estão paralisadas ou inacabadas. A maioria na educação básica. Juntas, todas essas construções paralisadas somam mais de R$ 8,2 bilhões, dinheiro público que já foi investido, mas que ainda não gerou o retorno que população esperava.

“Esses recursos não voltaram para o povo. Recursos como na saúde, recursos na educação, por exemplo, para construção de creches. Também é um prejuízo social muito grande. Escolas, hospitais, açudes, barragens e outras áreas também”, afirma o ministro do TCU Vital do Rêgo.

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MA é recordista de obras financiadas pelo FNDE paradas

É mais ou menos como quando a gente vai construir ou reformar uma casa. Para a obra andar no tempo certo e não estourar o orçamento, tem que planejar direitinho, pesquisar preços e escolher os fornecedores, conseguir as licenças e permissões, definir prazos para a entrega de cada etapa. E sempre tem alguém que toca tudo isso.

Mas quando a gente está falando de governo, esse planejamento fica espalhado por diversos órgãos, ministérios, secretarias federais, estaduais e municipais. E, segundo o TCU, muitas vezes, ninguém sabe direito em que pé estão as coisas. Uma situação que piora quando a obra se arrasta por mais de uma gestão, e mudam os responsáveis.

“É impressionante, independente do governo, as constatações são as mesmas: falta de comando central que possa determinar as mesmas ações para os diversos ministérios. O ministério tenta resolver de um jeito, o outro tenta resolver do outro. Não há nenhuma ação que seja vertical e que possa na transversalidade atingir a todos os ministérios”, diz Vital do Rêgo.

O levantamento do TCU mostra que o Maranhão é o estado recordista em obras paradas – contratadas ao longo de várias gestões. Depois vem Bahia, Pará, Minas Gerais, Ceará e Goiás.

“O TCU identificou que não há ainda no país um plano nacional para poder atacar esse problema das obras paralisadas e fez uma série de recomendações para os órgãos centrais para poder criar um plano nacional, criar uma estratégia de priorização, de retomada dessas obras paralisadas”, explica Keyla Araújo Boaventura, auditora-chefe da AudUrbana do TCU.

Mas a falta de centralização prejudica até a contagem de obras paradas. Uma, no Maranhão, não está na lista. Mas tem recursos federais do braço do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, destinado para cidades históricas. O dinheiro foi liberado em 2014, quando a Universidade Federal do Maranhão começou a reforma de um prédio do início do século XIX – e que abrigou duas faculdades até meados da década de 1990. A obra está paralisada desde 2018 e do antigo Palácio das Lágrimas sobraram as ruínas.

A professora de gestão pública da FGV Cibele Franzese diz que, nas urgências e emergências do dia-a-dia, muitas obras acabam ficando de lado. É por isso que a gestão eficiente é tão importante.

“Em alguns governos, isso pode ficar na Secretaria de Governo, pode ficar na Casa Civil ou você pode criar uma unidade diretamente ligada ao chefe do Executivo que faz o monitoramento das prioridades de governo. Aqueles projetos vão ser licitados, aqueles projetos vão ter parecer jurídico, aqueles projetos vão ter orçamento e aqueles projetos vão ser monitorados com a presença do chefe do Executivo. E aí você garante que a população vai receber aquelas entregas no final do governo”, explica Cibele Franzese, coordenadora de graduação de administração pública da FGV.

A Universidade Federal do Maranhão declarou que a obra atrasou por motivos logísticos, como a necessidade de demolição feita de forma manual e a dificuldade de recebimento do material. A universidade afirma que houve uma revisão de todos os projetos em 2022; e que pretende reformar o Palácio das Lágrimas para instalar a escola de música da universidade.

A Casa Civil declarou que o governo federal está determinado a retomar as obras paradas; que trabalha para cumprir as recomendações do TCU, que incluiu essas obras no Novo PAC; e que já publicou no Diário Oficial a lei que instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas.

Com informações do Jornal Nacional

Parlamentares da Comissão de Orçamento da Câmara Municipal de São Luís reuniram-se com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Joel Nunes, nesta quarta-feira (3), para discutir sobre a contratação de médicos para o Hospital da Criança ‘Dr. Odorico Amaral de Matos’. A unidade, que recentemente foi entregue reformada e ampliada, está com déficit destes profissionais.

Na ocasião, os vereadores cobraram urgência na solução do problema, sugerindo um seletivo para algumas especialidades mais demandadas.  A reunião foi conduzida pelo vereador Raimundo Penha (PDT), que preside a comissão, e teve participações de Concita Pinto (PCdoB), Nato Júnior (PDT) e Marquinhos (PSC). 

O Hospital da Criança está com demandas por médicos nas áreas de fonoaudiologia, pediatria e cirurgia pediátrica, entre outras. Durante as conversas, o titular da Semus, Joel Nunes, informou que a instituição realiza levantamento dos profissionais contratados de todas as unidades de saúde do município, a fim de identificar perfis, competências e funções desempenhadas. A ideia é que possam ser feitas transferências, a fim de atender, de maneira mais breve, as necessidades do Hospital da Criança. 

“Foi uma reunião muito produtiva. Vamos dar os devidos encaminhamentos e aguardar o relatório da Semus para que possamos entender como está a estrutura de pessoal do Hospital da Criança e da rede municipal de saúde. Há demandas por várias especialidades médicas, uma vez que o Hospital da Criança foi totalmente ampliado e a procura pelos serviços também cresceu. Vamos acompanhar essa situação para que seja solucionada”, destacou o vereador Raimundo Penha.   

A comissão de vereadores solicitou relatório do total de servidores da unidade hospitalar infantil e sugeriu realização de seletivo para algumas especialidades, a exemplo de fonoaudiologia. “O seletivo é uma medida mais imediata, a fim de sanar a questão, até que possa ser realizado concurso público. Desde quando o hospital estava em obras, cobrávamos a contratação de mais profissionais médicos, pois, sabíamos que, com a ampliação da estrutura, essa seria uma demanda latente”, ressalta o vereador Nato Júnior. 

O relatório da Semus deve apresentar nomes e funções de profissionais contatados no Hospital da Criança, no período de 2021 até 2023. A comissão deu prazo até dia 10 de janeiro, para que o documento seja encaminhado à casa legislativa. 

Diversas unidades da Prefeitura de São Luís ficaram sem água nesta quarta-feira, 3.

Motivo?

A Caema está cortando o fornecimento por falta de pagamento.

A informação foi confirmada ao Blog do Gilberto Léda pelo presidente do órgão, Marco Aurélio Freitas. “Está em corte o fornecimento de alguns prédios administrativos. Hoje foram alguns. Amanhã terão outros”, disse.

Segundo o diretor, a Caema tentou negociar um acordo por dez meses, mas não obteve sucesso. No total, a Prefeitura deve R$ 170 milhões, mas a proposta de acordo era para pagamento de apenas R$ 36 milhões, de forma parcelada.

“Estávamos há 10 meses negociando com a Prefeitura e infelizmente não assinamos o acordo. Olhe a vantagem: encontro de contas das dívidas de ambas as partes, depois se chegou ao valor da dívida. Em cima desse valor foi retirado juros e multa, depois um desconto de 70%, o saldo parcelado em 12 vezes com entrada de 10%. Arredondando, a Prefeitura teria que pagar 36 milhões”, declarou.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Luís ainda não se posicionou sobre o assunto.

Imirante

A morte de Claudiomar Silva, de 43 anos, atropelado enquanto praticava ciclismo em trecho da Avenida dos Holandeses, em São Luís, na manhã desta quarta-feira (3), levou um programa da gestão Eduardo Braide (PSD), o “Trânsito Livre”, ao centro do debate nas redes sociais.

A iniciativa, que inaugurada em 2022, teve a maioria das obras – cujo objetivo é garantir melhor fluidez no trânsito por meio da remoção de rotatórias – concentradas justamente na avenida em que hoje ocorreu a tragédia com o ciclista.

Os projetos, no entanto, não contemplam ciclovias, o que foi lembrado por lideranças políticas e moradores da cidade após o acidente no local.

“Quantos mais precisarão morrer para termos ciclovias e uma política de mobilidade que considere a segurança dos ciclistas de São Luís?”, questionou o jornalista, professore e advogado Franklin Douglas, ao compartilhar trecho de reportagem da TV Mirante sobre o caso desta quarta.

O deputado estadual Carlos Lula (PSB) expressou pesar pela morte da vítima e também reforçou críticas à falta de ciclovias na cidade. “Mais um ciclista que perde a vida. Enquanto não tivermos uma política que considere a bicicleta como um meio de transporte da cidade e não como algo exótico ou excepcional, assistiremos a cenas como essa. Que Deus conforte mais essa família”, afirmou.

Questionado por um seguidor sobre a culpa do motorista no caso, ele rebateu: “Bem, não posso dizer o que aconteceu, mas uma pessoa está morta. Se há culpa do motorista, há também um problema maior em nossa cidade: a bicicleta não é considerada como meio de transporte. Não há espaço pra ela”.

Adversário político de Braide, o deputado federal Duarte Júnior (PSB) – também pré-candidato a prefeito da capital, engrossou o coro.

“Em São Luís, em menos de duas semanas, dois ciclistas perderam a vida. Expresso minha profunda solidariedade às famílias”, pontuou.

Sem respostas – Ativo nas redes sociais, o prefeito Eduardo Braide ainda não se manifestou no debate. Até a publicação desta reportagem, a mais recente postagem do gestor havia sido sobre a construção de um hospital veterinário.

O Imirante questionou a Prefeitura de São Luís, por email, sobre a implantação de ciclovias em avenidas da capital, e aguarda retorno.

Outro caso – Na madrugada do dia 29 de agosto de 2023 um outro ciclista morreu atropelado por um carro enquanto treinava na Avenida Litorânea, em São Luís. A vítima foi o médico Édson Soares, de 54 anos. 

Após ser atropelado, o médico foi arrastado pelo carro por cerca de 30 metros, quando transitava no sentido Calhau-Olho d’Água, na parte do prolongamento da Avenida Litorânea.

O homemsuspeito de atropelar, arrastar e matar o médico Édson Soares foi preso na própria noite do atropelamento, em São Luís. De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito é um empresário baiano que mora na capital e trabalha com aluguel de veículos. 

Ele foi encaminhado à delegacia, onde foi autuado em flagrante e prestou depoimento.

Circula nos grupos de WhatsApp uma foto do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, com o pré-candidato a prefeito João Batista Segundo.

Junto com a imagem, um texto sobre uma suposta aliança entre os dois. No entanto, a informação não passa de uma fake news. O prefeito descarta a aliança e deixa claro que sua pré-candidata é a Dra. Thaiza.

De acordo com Luciano Genésio, a foto e o texto que vem sendo espalhado nos grupos de WhatsApp tem a clara intenção de confundir o eleitorado de Pinheiro.

Genésio destaca que a foto que está circulando é da época que Segundo foi nomeado secretário de Infraestrutura e ele ainda estava sem barba na época.

A Prefeitura de São José de Ribamar lançou um informativo digital abrangente, detalhando as principais realizações da atual gestão nos mais de 1000 dias de administração municipal. O documento visa a informar e engajar os cidadãos, mostrando os avanços conquistados em diversas áreas.

O informativo destaca bem a pavimentação por toda a cidade. Além disso, 10 praças passaram por um processo completo de revitalização, incluindo melhorias no piso, acessibilidade, playground e academia ao ar livre.

A educação foi uma das prioridades, com a reforma de mais de 80% das escolas municipais. Programas como o Curiar e Busca Ativa foram implementados, buscando melhorar a qualidade do ensino e garantir a permanência dos alunos na escola.

A saúde também recebeu atenção especial, com a reforma de mais de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a revitalização do Hospital Municipal. Novos serviços e especialidades médicas foram incorporados, ampliando o atendimento à população.

A gestão focou em ações sociais, beneficiando mais de 1.800 famílias com a regularização fundiária. Além disso, programas como o Criança Feliz foram intensificados, fortalecendo os vínculos familiares e promovendo o desenvolvimento infantil.

O informativo também abordou ações de preservação ambiental, incluindo a limpeza de canais e praias. Na segurança, a instalação de 42 câmeras de monitoramento e a valorização salarial da Guarda Municipal foram destacadas como iniciativas que contribuíram para a tranquilidade da cidade.

A cultura ribamarense foi celebrada com eventos como o Carnaval, Lava-pratos, São João da Nossa Gente, Lava-bois, que buscaram valorizar e promover as tradições locais, além de oferecer oportunidades para os jovens do município.

O informativo traz uma mensagem de otimismo, reafirmando o compromisso da gestão em continuar trabalhando para fazer de São José de Ribamar uma cidade cada vez melhor para se viver. O documento completo pode ser acessado no site oficial da Prefeitura.

Veja aqui

O deputado estadual Carlos Lula (PSB) lamentou nas redes sociais a morte de mais um ciclistas em São Luís, vítima de atropelamento.

O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira, 3, e a vítima, de 43 anos, praticava o esporte na Avenida dos Holandeses.

Para o parlamentar, um dos grandes problemas da capital maranhense é que as obras de mobilidade parecem ignorar a existência de bicicletas.

“Enquanto não tivermos uma política que considere a bicicleta como um meio de transporte da cidade, e não como algo exótico ou excepcional, assistiremos a cenas como essa”, declarou.

A publicação gerou forte debate nas redes:

O helicóptero pilotado por José Rondinelle da Encarnação Rodrigues, 43, e que caiu nesta terça-feira, 2, entre Santa Luzia e Buriticupu, estava com a operação negada para táxi aéreo.

A informação é da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A aeronave, de prefixo PT-YGI, fabricada em 1998, também estava com o Certificado de Aeronavegabilidade do helicóptero suspenso e vencido desde agosto de 2020.

O documento, emitido pela ANAC, é exigido como comprovação de que a aeronave pode operar com segurança.

Um ciclista morreu na manhã desta quarta-feira, 3, em São Luís, enquanto treinava na Avenida dos Holandeses.

O acidente ocorreu nas proximidades do Shopping do Automóvel, sentido Olho d’Agua.

A vítima tinha 43 anos e foi atingida por trás pelo veículo conduzido pelo atropelador. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

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Este é o segundo acidente do tipo na capital maranhense em apenas quatro meses.

Em setembro do ano passado, um médico que também praticava ciclismo acabou morrendo após ser atropelado na Avenida Litorânea.