Weverton defende taxação de compras de até 50 dólares

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O senador maranhense Weverton Rocha (PDT) defendeu, nesta quarta-feira (5), durante pronunciamento em sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado a aprovação do projeto para a chamada “taxação das blusinhas”. A proposta seria apreciada na terça-feira (4), mas teve a votação adiada para hoje.

O texto prevê o fim da isenção para compras de até US$ 50, item inserido pela Câmara dos Deputados no PL 914/2024, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), com incentivos financeiros para pesquisa e produção de veículos menos poluentes. O relator da matéria no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), no entanto, retirou esse trecho do seu relatório.

Para Weverton, o debate está sendo feito com desonestidade quando opositores da proposta afirmam que, na prática, o governo do presidente Luiz Inácio Luila da Silva (PT) estaria ampliando a carga de impostos para os consumidores brasileiros.

“Há muita falta de honestidade em alguns debates aqui nesse país, como o que vai acontecer hoje à tarde: essa história da taxação [de compras internacionais de até US$ 50]. Vir falar que taxar esses site internacionais é querer colocar ou aumentar imposto no Brasil é desleal, é covarde, e nós não podemos, de maneira alguma, baixar a cabeça para esse tipo de intimidação”, declarou.

Ao anunciar que votará a favor do fim da isenção, o pedetista argumentou que a proposta, na verdade, protege o empreendedor nacional. “Hoje, no Brasil, quem de verdade gera emprego, quem faz com que chegue a carteira assinada lá na ponta é justamente o empregador e o empresário brasileiro. O que nós temos que ter é paridade de armas: se é para liberar, libera para todo mundo, se cobra de todo mundo. É simples assim.  Não dá é para ter dois pesos e duas medidas, e passar a mão na cabeça justamente para quem é de fora, que não mora nesse país, não gera riqueza aqui e, muito menos, gera emprego aqui nesse país”, completou.

Deputado do MA votou para livrar Janones de processo por ‘rachadinha’

O deputado federal Junior Lourenço, do PL do Maranhão, foi o único membro do partido no Conselho de Ética da Câmara a votar a favor do arquivamento da representação formuladas contra o deputado André Janones (Avante-MG) por suposta prática de “rachadinha”.

A ação foi protocolada pelo próprio PL, que orientou sua bancada a votar pelo prosseguimento da apuração.

Foram 12 votos a favor e 5 contra o relatório de Guilherme Boulos (PSOL-SP), que defendeu o arquivamento do caso.

As suspeitas contra Janones vieram a público após o site Metrópoles revelar áudio de 2019 em que ele, em seu primeiro mandato como deputado, informou a assessores que eles teriam que devolver parte dos salários para ajudar a recompor seu patrimônio dilapidado na fracassada eleição de 2016.

Segundo a Folha de S. Paulo, Boulos deturpou em seu voto uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e usou como prova afirmação do próprio Janones para sugerir o arquivamento do processo contra o colega.

No seu parecer, o deputado do PSOL afirma que Janones não era parlamentar no dia em que foi gravado, portanto não se pode falar em quebra de decoro parlamentar.

Ao contrário do que disse o relator, contudo, o STF não disse que as suspeitas de rachadinha se referem a 2016, mas sim a 2019, já no exercício do mandato. A íntegra do áudio da reunião em que o deputado do Avate foi gravado também indica que ele já havia tomado posse.

No áudio, ele reclama com assessores que vários colegas já haviam apresentado projetos de lei e ele não —só um deputado pode apresentar projeto— e que estaria também desamparado sobre como proceder na sessão plenária que ocorreria naquela tarde.

Conselho de Ética arquiva processo contra Janones por “rachadinha”

Mario Agra / Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta-feira (5), por 12 votos a 5, um processo contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposta quebra de decoro parlamentar.

Janones é acusado por suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete. Ele nega as acusações.

Desde 2021, o caso é alvo de apuração da Polícia Federal (PF). A ação também tramita no Supremo Tribunal Federal (STF)

Segundo as investigações, centradas sobre o período de 2019 – o primeiro ano de Janones como deputado federal -, assessores e ex-assessores do parlamentar tiveram que começar a devolver a ele parte dos salários que recebiam.

Há três semanas, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), relator da ação contra Janones, apresentou parecer que reforçou a posição pelo arquivamento na reunião desta quarta.

Segundo Boulos, “não há justa causa” que justifique o prosseguimento do processo.

Em seu voto, o relator argumentou que as supostas denúncias começaram antes do mandato de Janones na Câmara, que teve início em 2023.

“Em suma, vamos à tese esposada: não há justa causa, pois não há decoro parlamentar, se não havia mandato à época — o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar”, escreveu Boulos.

O que diz Janones

André Janones compareceu à reunião do Conselho de Ética desta quarta. Em sua fala, ele reforçou o relatório de Boulos.

“Deputado pode ser julgado por um ato anterior ao mandato? É isso que está sendo discutido aqui”, disse.

Confusão e bate-boca

A sessão do Conselho de Ética desta quarta ainda foi marcada por uma confusão e bate-boca entre deputados da base e da oposição.

O momento ocorreu durante a análise de um processo contra Janones.

A confusão começou quando a deputada Jack Rocha (PT-ES) defendia o arquivamento da ação contra Janones, como também defende o relator do caso.

Em determinado momento, Jack citou o caso de Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve um processo arquivado no Conselho de Ética após uma fala transfóbica.

A partir deste momento, o bate-boca aumentou. Os deputados Delegado Caveira (PL-PA) e Juliana Cardoso (PT-SP) começaram a discutir dentro do plenário.

Com a confusão, o presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), pediu o esvaziamento do plenário, com exceção de deputados.

Assessores parlamentares, jornalistas credenciados e visitantes tiveram que deixar o local. (CNN Brasil)

Família recorrerá por pena maior a assassino do dono do Tio Tomate

A família do empresário Eduardo Viégas, dono da pizzaria Tio Tomarte que foi morto a tiros pelo médico veterinário Daniel Leite, em 2020, anunciou nesta quarta-feira, 5, que recorrerá da decisão do juiz Gilberto de Moura Lima, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que fixou a pena do atirador em 14 anos.

Por meio do advogado Jonilton Lemos Júnior, contratado para atuar como assistente de acusação, eles devem pedirão ao Tribunal de Justiça que aumente a pena do condenado.

Ao Blog do Gilberto Léda, Lemos Júnior destacou que o acusado recebeu uma “condenação cheia” porque nenhuma tese da defesa se sustentou, mas que, mesmo assim, a pena fixada foi a mínima possível.

“O acusado foi condenado por homicídio qualificado consumado, por motivo fútil e por meio que dificultou a defesa da vítima. E também foi condenado por lesão corporal gravíssima”, destacou o advogado.

No primeiro caso, a pena pode varias de 12 a 30 anos de reclusão; já em relação à lesão, a pena pode variar de 2 a 8 anos.

“Para perplexidade da família, ele [o juiz do caso] fixou a pena no mínimo, do mínimo, possível. Mínimo legal”, relatou o assistente de acusação.

Ou seja: Daniel Leite foi condenado a 12 anos pelo homicídio, mais 2 anos pela lesão corporal, o que causou indignação entre os familiares de Viégas.

Em São Luís, Samu conseguiu atender só 10% das chamadas em 2023

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Um relatório do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Luís mostra um dado preocupante: 90% das chamadas para o serviço não foram atendidas em 2023. Foram mais de 200 mil chamadas e pouco mais de 20 mil foram atendidas de janeiro a dezembro do ano passado.

Após este relatório, o Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais (Sinfusp) fez vistoria na sede do Samu. Segundo o vice-presidente da entidade, Dennison Sodré, na conferência foram verificadas 11 ambulâncias do Samu sendo 10 em funcionamento e uma em manutenção. Ainda segundo o sindicato, das viaturas que estão funcionando, três estão sucateadas.

Com tão poucas ambulâncias, o atendimento está prejudicado. De janeiro a dezembro do ano passado, foram feitas 204.549 chamadas para pedido de atendimento do Samu. Destas, somente 20.443 foram atendidas. Isto representa cerca de 10% de atendimentos em 2023. 

Se for feita uma média de atendimento por mês, o Samu atendeu cerca de 1,7 mil chamadas. Se for colocar a média diária, são somente quase 57 atendimentos.

para ter o atendimento do Samu recebe a contrapartida do estado não somente para a manutenção as ambulâncias, mas também para manter o funcionamento do serviço.

Atualmente, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) repassa cerca de R$ 1,8 milhão por mês para os municípios conveniados. Somente São Luís, recebe cerca de R$ 193,6 mil a cada mês.

Do que estava previsto na Lei de Orçamentária Anual (LOA), em 2023, o Samu deveria receber do Estado cerca de R$ 6 milhões, do Fundo Municipal de Saúde, cerca de R$ 6,8 milhões previsto. Já para a manutenção das ambulâncias, a previsão de despesa era de R$ 19,8 milhões.

Pesquisa em capitais vê Bolsonaro mais influente que Lula; São Luís fora

A influência de Jair Bolsonaro nas eleições municipais de 2024 é maior do que a de Lula em Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Vitória. O petista influencia mais o voto em São Paulo. Os achados são de uma pesquisa inédita do Instituto Futura Inteligência em parceria com a Apex Partners.

As capitais onde a pesquisa foi feita foram Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória.

Individualizando os resultados, Lula só levou vantagem sobre Jair Bolsonaro em São Paulo, mas os dados se mostraram próximos, dentro da margem de erro de 3,1 pontos percentuais. O apoio do atual presidente influencia 17,9% do eleitorado paulistano a votar em seu candidato. Já o apoio de Bolsonaro influencia 16,9%.

Na disputa em São Paulo, Lula apoia o deputado federal Guilherme Boulos, do PSol, que terá a petista Marta Suplicy como vice, enquanto Bolsonaro indicou adesão ao atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB.

A cidade com maior diferença numérica nesse aspecto é Goiânia, que se mostra a mais inclinada a apoiar um candidato bolsonarista. Por lá, 28% dos eleitores votariam com certeza no candidato do ex-presidente, enquanto apenas 13,4% optariam pelo escolhido de Lula.

A influência de Bolsonaro também se sobressai com folga sobre a de Lula, acima da margem de erro, em Florianópolis (23,4% a 11,3%); Rio de Janeiro (23,8% a 15,2%); Curitiba (20,8% a 11,9%); e Belo Horizonte (20,8% a 12,8%).

Em Porto Alegre (17,6% a 11,3%) e Vitória (17,9% a 15,2%), a maioria respondeu que votaria em um candidato indicado pelo ex-presidente, mas, consideradas as margens de erro, há possibilidade de que Lula supere Bolsonaro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para a capital gaúcha e 4 pontos percentuais para a capital capixaba. (Metrópoles)

Amarante do MA: MP quer que prefeito exonere secretária de Saúde fake

O Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio da Promotoria de Justiça de Amarante do Maranhão, recomendou, em 28 de maio, que o prefeito Vanderly Miranda exonere, imediatamente, a secretária municipal de Saúde, Delane Miranda. O gestor também não deve nomeá-la ou contratá-la para outro cargo na administração municipal. Sobrinha do prefeito, Delane Miranda é esposa do ex-secretário municipal de Saúde, Homero Segundo.

No documento, o promotor de justiça Tiago Quintanilha Nogueira (que responde temporariamente pela comarca) requer, ainda, que Vanderly Miranda abstenha-se de nomear qualquer outro parente de Homero Segundo, para a pasta de Saúde no Município.

Segundo o MP, atualmente Segundo está lotado no cargo de técnico em enfermagem no Hospital Municipal de Amarante, mas exerce extraoficialmente o cargo de secretário municipal de Saúde e continua firmando compromissos junto aos usuários no que se refere a questões relacionadas da pasta.

“A nomeação de Delane Miranda viola diretamente determinações legais, além de configurar manobra política para manutenção de Homero Segundo no cargo”, enfatiza o promotor de justiça. “A manutenção de Delane Miranda, em qualquer cargo ou função de livre provimento, em comissão ou de confiança, ofende aos princípios da administração pública”.

Para a Promotoria de Justiça de Amarante do Maranhão, a falta de razoabilidade na nomeação é evidenciada pela falta de qualificação técnica de Delane Miranda para o cargo de secretária municipal de Saúde.

Flávio Dino reclama de comparações com Kim Jong-un: ‘Desbordante’

O ministro do STF Flávio Dino reclamou, nesta terça-feira, 4, durante sessão da 1ª Turma da Corte, das comparações que eram feitas entre ele e o diretor Kim Jong-un, da Coreia do Norte quando do seu mandato de governador do Maranhão.

Numa de suas passagens pelo Maranhão, por exemplo, quando ainda era presidente, Jair Bolsonaro (PL) chamou o hoje ministro de “gordinho ditador”, numa referência ao norte-coreano (relembre).

Dino usou o dissabor pessoal para justificar seu voto contra a configuração de calúnia, injúria ou difamação para o uso dos termos “nazista” e “fascista”, num caso envolvendo o deputado federal Gustavo Gayer.

O ministro disse que nunca processou ninguém por ser comparado a um ditador porque via nisso uma crítica dentro do debate político.

“Obviamente eu nunca processei ninguém por isso [ser comparado ao ditador norte-coreano], embora achasse desbordante do que eu procuro ser. Talvez pelo fato de eu e ele pesarmos um pouco mais do que a média”, alegou.

Veterinário que matou dono do Tio Tomate é condenado a 14 anos de prisão

O médico veterinário Daniel Leite, que matou a tiros o empresário Eduardo Viégas, então dono da pizzaria Tio Tomarte, após uma discussão sobre valores de serviços e fornecimento de nota fiscal numa clínica em que trabalhava (saiba mais), foi condenado a 14 anos de prisão.

O julgamento aconteceu nesta terça-feira (4), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís. A sessão foi presidida pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima.

Durante o julgamento, foram ouvidas seis testemunhas, incluindo Josievelyn Cutrim Mendes, namorada da vítima, que também foi atingida pelos tiros disparados por Daniel Leite.

Relembre o caso

À época dos fatos, o delegado George Marques, da Superintendência de Homicídios, confirmou que o crime foi motivado por uma discussão a respeito do valor cobrado por serviços veterinários.

De acordo com a autoridade policial, essa questão chegou a ser superada, mas houve novo bate boca quando Eduardo Viégas pediu a nota fiscal. Daniel Leite disse que só entregaria um dia depois.

O empresário não concordou e passou a filmar o médico veterinário com seu celular.

Nesse momento, Leite tentou tomar o aparelho e levou um soco. Ele, então, sacou uma pistola e fez os disparos, acertando a maioria na cabeça.

Maternidade de São José de Ribamar é referência nacional

A Maternidade de São José de Ribamar está ganhando cada dia mais, reconhecimento nacional com seu acolhimento, gestão de qualidade e inovação no atendimento a gestantes e parturientes. Este destaque tem servido de exemplo para outras maternidades no Brasil, como demonstrado pela visita de uma equipe do Hospital e Maternidade São Camilo, de Aracruz, Espírito Santo.

A visita realizada para compreender a organização da rede municipal e os protocolos utilizados em São José de Ribamar contou com a presença de quatro médicos obstetras, dois enfermeiros, dois técnicos, um assistente social e o presidente da Comissão de Humanização do hospital. O objetivo era absorver as boas práticas adotadas pela maternidade ribamarense.

Impressionada com a excelência dos trabalhos realizados, a equipe visitante decidiu implementar práticas similares em Aracruz. Uma das primeiras ações foi o treinamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), um passo inédito para o município capixaba.

Essa visita reforça a importância de compartilhar experiências na área da saúde. A maternidade de São José de Ribamar prova que, em vez de reinventar processos, a adoção de boas práticas pode trazer grandes benefícios para a saúde pública.