O cartel vai falar?

Termina hoje (25) o prazo para que o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (SINDCOMB-MA) dê explicações ao Ministério Público sobre a alta de 15% nos preços da gasolina e álcool combustível em São Luís.

A ação foi proposta pelo promotor de Defesa da Ordem Tributária e Econômica, José Osmar Alves.

O aumento foi repassado aos consumidores semana passada. Em praticamente todas as bombas o preço da gasolina, por exemplo, é quase o mesmo: R$ 2,79. A variação máxima é de R$ 0,06. Os revendedores são apontados por muitos como um cartel.

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis, Dileno da Silva, diz que parte do aumento veio em função da retirada de descontos entre 8% e 12% dados pelas distribuidoras.

É dele, também, uma declaração no mínimo temerária: a de que o aumento deveu-se a possibilidade de desabastecimento.

Mentira!

O diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis (ANP), Alan Kardec Duailibe, já rechaçou a hipótese.

“Não há risco de desabastecimento de combustiveis no Maranhão”, declarou, em recente entrevista ao jornal O Estado do Maranhão.

Ele informa, ainda, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também será acionado.

E agora? O cartel vai falar?

Deputados fogem do plenário para não votar reajuste a servidores do MP

Onde estão os deputados? Ninguém sabe, ninguém viu.

Mais da metade dos parlamentares que estavam presentes no plenário da Assembléia Legislativa desapareceu assim que iria começar a votação do projeto de lei 206/2010, que garante a revisão geral anual da remuneração dos servidores do quadro de apoio técnico-administrativo do Ministério Público do Maranhão.

Quem ficou no plenário se viu pressionado a pedir que os parlamentares voltassem. Chegou-se a cogitar até que os seguranças da Casa fossem aos gabinetes “resgatar” os “fugitivos”. Os servidores acompanhavam tudo da galeria.

Com as voltas de Stênio Rezende (PMDB) e de Rubens Pereira Júnior (PC do B), houve quórum, pelo menos, para que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final votasse o relatório. Que foi aprovado.

A sessão chegou a ser suspensa por quinze minutos, quando então retornaram Victor Mendes (PV), João Batista (PP) e Camilo Figueiredo (PDT).

Com quórum, o projeto foi aprovado, garantindo reajuste de 4% aos servidores, retroativo a janeiro deste ano. O Natal está garantido.