A demora do deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA) em apresentar relatório sobre um pedido do governo Jair Bolsonaro para aprovar um crédito suplementar de R$ 248 bilhões pode inviabilizar o pagamento de programas dependentes dos recursos.
Reportagem da Folha de S. Paulo aponta que pelo menos 2 milhões de idosos pobres serão os primeiros prejudicados sem aval do Congresso.
Segundo a publicação, Rocha estuda dar aval apenas parcial. Para ele, serão necessários só R$ 70 bilhões, pois ainda há a possibilidade de os cofres públicos arrecadarem dinheiro com concessões no setor de petróleo e gás até o fim do ano.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, diz que o Congresso precisa chancelar o montante em até 15 dias para que ações do Executivo, como o Plano Safra, não sejam prejudicadas.
A partir de 20 de junho, já faltará dinheiro, segundo o Ministério da Cidadania, para pagar aos 2 milhões de idosos pobres do BPC (Benefício da Prestação Continuada). Deficientes pobres, que somam outros 2,5 milhões de beneficiados pelo programa, seriam afetados a partir de julho.
No governo, há quem veja na manobra uma tentativa de forçar o presidente da República a autorizar gastos sem lastro orçamentário, repetindo as pedaladas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT),