Já não bastasse a manipulação das informações no site da Assembléia Legislativa – como muito bem expôs o blog do Jorge Aragão –, os balaios do setor de Comunicação da Casa querem, também, ter controle sobre o Comitê de Imprensa.
Desde o ano passado, é consenso que a nova direção da entidade – responsável pelas questões administrativas relacionadas ao trabalho da imprensa no Legislativo – deveria estar sob o comando de profissionais sem vínculo empregatício com a AL.
A intenção era justamente dar mais autonomia e liberdade ao Comitê, para que pudesse bater de frente com a direção da Casa na busca pela melhoria e valorização dos profissionais que cobrem as atividades parlamentares.
Se um funcionário da Assessoria de Comunicação da Assembléia assumir o posto, ele terá coragem o suficiente para peitar o presidente numa disputa pela classe – principalmente levando-se em conta que todos são servidores comissionados?
Foi essa a lógica que embasou o entendimento.
Mas os balaios não querem largar o osso.
Uma chapa única foi lançada semana passada. Trabalhou-se o consenso. Não deu certo. Os balaios querem ter controle total e já lançaram o colega Cunha Santos – outro balaio de marca maior – candidato a presidente.
Nada contra Cunha, um dos mais renomados jornalistas do estado.
Mas ele é funcionário da Casa, escreve para o site da Assembléia. Foge, portanto, do perfil admitido como o ideal desde que as discussões sobre o assunto se iniciaram, ano passado.
Mas, como eu disse, os balaios não querem largar o osso.
E, como são maioria, devem levar mais essa. A soldo de quê, saberemos apenas daqui a alguns meses.
A menos que Dulce Brito aja como deveria, e proíba servidores de se envolver na disputa – como foi acertado. Mas ela parece já estar sem controle algum sobre seus “comandados”.