A procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, representou junto à OAB e apresentou notícia crime junto à Procuradoria da República no Maranhão contra o advogado Gustavo Zanelli Ferreira, pela prática de ofensas de caráter racial e discriminatório contra a cultura e a população nordestina e maranhense.
Gustavo Zanelli, que afirmou que só falará em juízo [terá oportunidade para isso pelo visto] havia dito que não encontra qualidade alguma “nesse povo”:
“Quando eu digo que o Brasil não vai para frente em razão do nordeste vocês ficam nervosos, mas infelizmente é assim. Eu nessa minha vinda para cá, tento constantemente ver alguma qualidade nesse povo, mas vejo que de fato é impossível infelizmente! E de fato não adianta querer misturar as culturas norte/nordeste X sul/ sudeste. É por isso que há tão poucos sulistas no nordeste (nós não aguentamos isso aqui).”
À OAB/MA, por outro lado, o advogado negou a autoria dos textos e disse que seu perfil havia sido invadido. No entanto, entra em contradição com as próprias postagens que sucederam a polêmica.
Antes de excluir a sua conta no Facebook, ele apenas retirou a foto e em seguida disse: “Queridos amigos facebookianos, estou excluindo a minha foto do perfil, tendo em vista que estão utilizando indevidamente a minha imagem nas redes sociais, utilizando minha foto com postagens distorcidas.”
Terá de provar então que o seu perfil já havia sido invadido há algum tempo, pois foram inúmeras as postagens racistas e que atacavam a família Sarney em seu perfil, antes de iniciada a polêmica. Havia também comentários de amigos e respostas aos seus posts. Lá, ele explicava porque estava vindo ao Maranhão, quanto tempo ficaria e os motivos que o levavam a “odiar” a Região Nordeste.
Vale ressaltar que Gustavo já havia confirmado por telefone ao jornalista Zeca Soares, do G1 Maranhão, a autoria dos textos. Disse apenas que não iria comentar o assunto e pediu para desligar o telefone.
Por tanto, é no mínimo difícil de acreditar, justamente agora, após a representação da Procuradoria-geral de Justiça, que ele teve a conta invadida.