Ainda não foi totalmente digerido pelo núcleo duro do Governo o desenrolar da história envolvendo a convocação e posterior “desconvocação” da secretária Olga Simão (Educação) para falar na Assembléia Legislativa sobre a greve dos professores.
Muitas reuniões e telefonemas depois da fatídica segunda-feira (28), está claro para setores do Executivo que houve uma tentativa de boicote à secretária.
Mas isso é velado.
Oficialmente só se fala que houve desatenção.
O fato é que a emenda acabou saindo pior do que o soneto. O Governo não definiu que atitude tomar e exigiu apenas que houvesse um meio de reparar o dano. Exigiu do presidente Arnaldo Melo (PMDB) que definisse, em atos, de que lado está.
Inúmeras seriam as formas de fazer as duas coisas, mas com um presidente pressionado e com líderes como Manoel Ribeiro (PTB) e Stênio Rezende (PMDB), deu no que deu.
Uma medida arbitrária, que, se vai impedir Olga de falar na Casa, também expôs quão frágil é a secretária de Educação.