“Eu sou pré-candidato em São Luís”, confirma Flávio Dino

Dino quebra o silêncio e confirma pré-candidatura

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense – reproduzida em O Imparcial no último sábado (13) –, o deputado federal Flávio Dino (PC do B) acabou com o mistério. Declarou que deve mesmo ser candidato a prefeito de São Luís e que as discussões sobre o assunto devem se iniciar em abril de 2011.

“É uma tendência que eu seja candidato a prefeito. Acabamos de sair das eleições, vamos esperar decantar um pouco e compor um arco de alianças. Começaremos a discutir isso em abril”, afirmou.

A expressiva votação na capital – onde o comunista atingiu cerca de 40% dos votos válidos – e o fato de ter crescido bastante na reta final da disputa para o Governo do Estado o estimulam a tentar mais uma vez chegar ao comando da cidade mais importante do Maranhão.

“Eu tive quase 40% dos votos na capital, tenho um ativo eleitoral. Eu sou pré-candidato em São Luís”, adiantou Flávio Dino.

Rumores

As declarações do deputado devem servir para acabar com os rumores sobre o seu futuro político. Desde que terminou a disputa pelo Governo – quando acabou vendo frustrado o sonho de ir para o segundo turno com a governadora reeleita Roseana Sar5ney (PMDB) – muito se especulou sobre o futuro de Flávio Dino.

Era quase consenso entre aliados e adversários que tentar a Prefeitura novamente será ruim para o comunista, seja qual for o resultado.

Com a confirmação de que é pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PC doB, Dino joga por terra as especulações e deixa claro que não entende como declínio na sua trajetória política mais uma disputa municipal.

Flávio Dino apresenta emendas de reajuste do mínimo e saúde

Dino defende mínimo de R$ 580

O deputado federal Flávio Dino (PCdoB/MA) apresentou duas emendas ao Orçamento da União para 2011. As emendas prevêem o reajuste do salário mínino para o valor de R$ 580,00 e mais recursos para a área da saúde na região Nordeste, especialmente o estado do Maranhão.

O parlamentar informou que, com essa iniciativa, visa corrigir duas distorções. Em relação ao salário mínimo, a emenda tem por objetivo assegurar reajuste real para os trabalhadores. No que diz respeito à saúde, Flávio Dino defende a transferência equânime dos recursos da saúde para todos os estado e municípios, independe da região

Sobre o salário mínimo, Flávio Dino defende a concessão de reajuste real equivalente a 7,4%. Para o deputado, o índice “é plenamente absorvido pelas contas públicas e a sua definição atende ao projeto de manutenção da política de ampliação do valor do salário mínimo, um dos principais instrumentos para a distribuição de renda em nosso país e para a valorização do trabalho”.

Para o parlamentar, a economia brasileira e as contas públicas têm plena condição de absorver o reajuste real de 7,4%. Flávio Dino lembra que o reajuste será inferior à expansão do PIB de 2010 e será aplicado em 2011, quando o PIB deve novamente crescer pelo menos 4,5%.

A outra emenda do deputado visa assegurar mais recursos para a área da saúde da região Nordeste. De acordo com o parlamentar, a proposta orçamentária anual quando discrimina os valores a serem transferidos pelo SUS para estados e municípios, para atenção à saúde de média e alta complexidade, não o faz de forma igualitária. A proposta do parlamentar tem por objetivo corrigir essa falha, assegurando a destinação igualitária de recursos independente da região.

Pelo critério atual, as regiões Sul e Sudeste recebem mais recursos do que as demais. Segundo o parlamentar, ao fixar repasse diferenciado para essas regiões, fere-se o artigo 196 da Constituição Federal segundo o qual a saúde é direito de todos e dever do estado.

“Não é possível, portanto, que a lei orçamentária descumpra esse mandamento constitucional, que textualmente, prevê acesso universal e igualitário”, justifica.

Para o parlamentar, é inaceitável permitir a continuidade da disrcriminação desses brasileiros. Flávio lembrou que cabe à União assegurar recursos suficientes para o repasse igualitário dos recursos, bem como exercer o poder controlador e fiscalizador para garantir a prestação dos serviços de forma igualitária para todas as regiões.

Campanha de Flávio não foi “pobre”, como defendem aliados

Marcelo Tavares argumetna que campanha de Dino foi "do tostão"

É apenas meia-verdade o que diz deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) quando defende que o deputado federal Flávio Dino (PC do B) pode-se considerar um vencedor nas eleições deste ano porque “conseguiu 30% dos votos fazendo campanha com pouquíssimo dinheiro”.

“Foi uma eleição do tostão contra o milhão”, disse o presidente da Assembléia Legislativa, em conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira (11).

O discurso não condiz com a realidade. É bem verdade que Dino não teve lá das campanhas mais caras, mas dizer que a campanha foi a do “tostão” também não é fato.
Observando-se as doações de campanha do comunista, vê-se que, no total, ele arrecadou quase R$ 3 milhões – em números exatos: R$ 2.825.671,00. Só de uma única empresa, a Alcana Destilaria de Álcool de Nanuque, ele recebeu R$ 500 mil.

Concordo que Flávio saiu fortalecido do processo. Mas não cola essa história de que a campanha foi pobre. Pobre não anda de helicóptero.

TRE mantém mandato de Castelo; Flávio Dino deve recorrer

Flávio Dino deve recorrer ao TSE

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou improcedente, nesta terça-feira (9), mais um recurso do deputado federal Flávio Dino (PC do B) pedindo a cassação do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB). O relator é o juiz Magno Linhares.

O julgamento ainda é referente às eleições de 2008 e foi paralisado com o placar em 5 a 0 a favor de Castelo devido a um pedido de vistas do juiz Sérgio Muniz. Além dele, falta votar o juiz Raimundo Barros.

A decisão acaba por confirmar o posicionamento do juízo de 1º Grau: o juiz responsável pela 1ª Zona Eleitoral, Eulálio Figueiredo, já havia considerado improcedente o pedido de cassação.

Na sessão de hoje, o Tribunal analisou quatro denúncias formalizadas pela coligação de Flávio: a utilização de um imóvel do Estado pelo comitê de campanha de Castelo; pagamento de R$ 250 mil, em espécie, com recursos retirados da conta de campanha; doações em dinheiro não contabilizadas, efetuadas através da utilização de ponto de apoio no Cohatrac e do Comitê da Juventude, no Marcos Center; além da doação de R$ 20 mil da Internacional Marítima.

Para os juízes, houve indícios de ilícito em todos os casos, mas nenhum com provas concretas o suficiente para acarretar a cassação. De todos os crimes apontados pela coligação dinista, o mais evidente, para o Pleno, foi a doação da Internacional Marítima.

Isso porque o serviço prestado pela empresa – qual seja, o transporte de passageiros via ferry boat – é realizado mediante concessão pública, e empresas detentoras de concessão pública são impedidas de fazer doações para campanhas eleitorais.

Apesar disso, o caso não foi aceito porque os juízes entenderam que o valor era irrisório frente ao montante arrecadado por Castelo – R$ 3,9 milhões –, sendo improvável que fizesse a diferença no pleito.

Avaliação positiva

Apesar da derrota, a defesa de Flávio Dino fez uma avaliação positiva do julgamento. “A avaliação foi positiva porque o TRE reconheceu que os ilícitos aconteceram em todos os casos”, afirmou o advogado Carlos Lula.

Segundo ele, é bem provável que a coligação decida por recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Mas isso”, ressaltou, “será um decisão do candidato. A princípio, a intenção é recorrer, mas é o Flávio Dino quem dá a palavra final”.

Lula acredita, também, que o caso do vereador Antônio Garcês (PRP) – que foi preso pela Polícia Federal no dia da eleição, com mais de R$ 5 mil em notas de R$ 20 e vários santinhos de Castelo – deva ser julgado até o fim do ano. Isso aceleraria o julgamento no TSE.

“Julgando isso [o caso de Garcês] até o fim deste ano, acredito que ainda no primeiro semestre do ano que vem tenhamos uma decisão do TSE”, completou.

Comunistas negam corpo mole de Flávio Dino no 2º Turno

Os aliados do deputado federal Flávio Dino (PC do B) encontraram um argumento para rebater as acusações dos roseanistas de que ele não fez campanha para a presidenta eleita Dilma Roussef (PT) no 2º Turno. Um forte argumento, diga-se de passagem.

O raciocínio dos dinistas, expresso nesta quarta-feira (3) pelo deputado estadual Rubens Junior (PC do B), passa pela análise dos números dos candidatos ao Governo do Estado do Maranhão e da petista.

Vejamos: Roseana obteve 50,08% dos votos; Flávio Dino, 29,49%. Somando-se os dois: 79,57% dos votos válidos. No 2º Turno, Dilma obteve exatos 79,09% dos votos válidos.

Não há como negar, os números são reveladores.
“O que não se pode afirmar é que os votos de Dilma, no Maranhão, sejam apenas de Roseana”, avaliou Junior.

Contraponto

O também deputado estadual Valdinar Barros (PT) ouviu os argumentos do comunista, e descordou. “Eu ainda vou falar isso pessoalmente para o deputado [Flávio Dino]: eu estou decepcionado com a atuação dele, que se escondeu da campanha no 2º Turno”.