As mordomias que querem os líderes da greve

Tem sido pouco explorado pela imprensa local o verdadeiro motivo da greve dos professores. No post abaixo, relatei em linhas gerais “a verdade por trás do movimento”, onde defendo que os líderes do movimento querem, de fato, fazer política partidária, mordomias e controlar a educação estadual via sindicatos.

Vamos, então, aos fatos.

Você sabia, caro leitor, que o novo Estatuto que os “educadores” querem aprovar prevê aumento anual de 1% para todos os professores? Independentemente de qualquer coisa?

Pode o mundo acabar, a pior crise se abater sobre o país, mas os professores seriam agraciados com um aumento. Em qual outra classe isso ocorre?

Prevê ainda aumentos de 5% (praticamente automáticos) a cada 3 anos para todos os professores. Mesma situação. Não importa o que aconteça, o aumento será concedido.

E mais: prevê uma série de licenças, afastamentos e um tal custeio ilimitado de capacitações. Ou seja, quantos cursos o professor quiser fazer – seja lá de que qualidade for – poderá fazer, sem prejuízo do salário, e ainda sendo bancado pelo Estado.

Qual outra categoria tem esse privilégio?

Mas isso não é o mais absurdo de tudo – e ainda tem gente que não concorda quando digo que querem mordomia: o Estatuto que os sindicalistas defendem estabelece que o professor só precisa completar 66% da carga horária que é obrigado a cumprir em sala de aula. Os 34% restantes, é ele quem decide como cumpre.

Ou seja, se é contratado por 20 horas semanais, só precisa dar 13,2 horas de aulas. Nas 6,8 horas restantes, os alunos farão o quê?

Para atender a essa reivindicação, o estado precisaria contratar quatro professores para cada três turmas. É inviável.

Isso tudo, fora a falta de compromisso com a qualidade: ou quer qualidade quem defende a contratação apenas por provas e não por provas e títulos, como funciona o sistema atual?

Difícil explicar…